O álbum que fez Ann Wilson querer se tornar cantora

Trabalho ao vivo de cantor, ator e ativista despertou a chama artística da vocalista do Heart

Nascida em San Diego, Califórnia, Ann Wilson começou a se aventurar pela música como uma forma de superar a timidez causada pela gagueira. Uma de suas primeiras inspirações foi um cantor, ator e ativista, falecido no último dia 25 de abril aos 96 anos, devido a insuficiência cardíaca congênita.

Em entrevista à revista Goldmine, a vocalista do Heart citou o álbum ao vivo “Belafonte at Carnegie Hall” (1959), de Harry Belafonte, como preponderante em sua história. Disse ela, de acordo com o Far Out Magazine:

“Esse é de quando eu era criança, uns sete, oito anos. Meus pais tinham o disco e o colocavam para tocar o tempo todo. O nível de canto penetrou no meu cérebro infantil e acho que foi uma das coisas que me fez querer ser cantora.”

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Sobre Harry Belafonte

Harry Belafonte fez história ao se tornar o primeiro artista solo a vender 1 milhão de cópias de um álbum, “Calypso” (1956). Popularizou a adição de elementos da música caribenha ao cotidiano pop da indústria. Entre seus maiores sucessos estão canções como “The Banana Boat Song”, “Jump in the Line” e “Jamaica Farewell”.

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Fez carreira como ator, se destacando no teatro e realizando aulas de arte dramática junto a Marlon Brando, Tony Curtis e Sidney Poitier. Também estrelou filmes como “Carmen Jones” (1954), “Island in the Sun” (1957) e “Odds Against Tomorrow: Homens em Fúria” (1959).

Ainda fez história como ativista político, envolvido em lutas pelos direitos civis e diversas causas humanitárias. Foi mentor, conselheiro e um dos melhores amigos de Martin Luther King Jr. A partir dos anos 1960, recusou se apresentar em estados que não haviam abolido a segregação racial. A ação o colocou em uma lista de boicotados na indústria.

Em 1985, foi um dos organizadores do projeto USA For Africa, ajudando a reunir o grupo de artistas que gravou a música “We Are the World”. Por conta disso, dois anos mais tarde foi nomeado embaixador da boa vontade da Unicef. Nesta função, foi a Ruanda e África do Sul, levantando fundos de ajuda e denunciando a miséria, exploração e racismo existente em grande escala no continente africano.

Paralelamente, era crítico da política externa dos Estados Unidos. Defendia o fim do embargo econômico contra Cuba, exaltando a resistência do governo de Fidel Castro. Também elogiava as iniciativas de paz buscadas pela União Soviética. No início do século, condenou publicamente a invasão americana ao Iraque, se referindo a George W. Bush como “o maior tirano e terrorista do mundo”.

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Sobre Ann Wilson

Ann Wilson iniciou sua carreira lançando dois singles com o Ann Wilson & The Daybreaks entre 1967 e 1969.

Em 1970 se juntou ao White Heart, posteriormente Hocus Pocus e finalmente Heart. Sua irmã, Nancy, entraria três anos depois. Até hoje, a banda vendeu mais de 35 milhões de discos em todo o mundo.

Desde o começo da carreira precisou lidar com pressões de empresários e gravadoras por conta do peso. Desenvolveu síndrome do pânico, além de travar uma luta de décadas contra o alcoolismo e cocaína. Mantém-se sóbria desde 2009.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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