A opinião de Mick Jagger sobre as mudanças na indústria musical

Vocalista dos Rolling Stones entende que novas práticas são inevitáveis e é necessário abraçá-las

Aos 80 anos, Mick Jagger se mostra mais conectado com a realidade da indústria que muita gente mais nova. O frontman dos Rolling Stones foi questionado, durante entrevista à rádio canadense CBC, sobre como lida com o streaming.

Conforme descrição do Blabbermouth, o showman não apenas entende o movimento mercadológico como normal, mas também vê uma série de vantagens.

“Sendo o negócio fonográfico amparado pela tecnologia, ele nunca permanece o mesmo. Quando começamos, os singles eram o principal atrativo. Álbuns de artistas pop não vendiam, apenas os de shows como ‘South Pacific’. Não sei se isso faz sentido para grande parte do seu público, mas apenas Frank Sinatra conseguia vender álbuns. Até que, de repente, os Beatles apareceram e começaram a vender álbuns pop. Foi uma grande mudança. Um tanto tardiamente eles perceberam que poderiam vender milhões de vinis de artistas pop, e de repente isso foi uma grande mudança.”

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Os ciclos de mudança prosseguiram.

“Então veio a revolução do CD. Todo mundo jogou fora seus LPs e compram versões em CD. Então, sim, e eles tinham 8 faixas, e eles tinham fitas cassete, e isso mudava o tempo todo, e depois voltava para o vinil.”

Para Jagger, as gravadoras até demoraram para se dar conta de que a mais recente guinada estava acontecendo nos formatos digitais. Ele ainda defende o principal alvo de muitos contemporâneos.

“O streaming é muito difamado, mas o interessante é que pessoas de todas as gerações podem acessar músicas de todos os períodos. Antes, se eu quisesse comprar um disco de blues de 1955, era muito difícil. Tinha que fazer o pedido pelo correio ou ir a uma loja especializada, mesmo tendo muito dinheiro. Agora posso simplesmente acessar logo ali. Então, o que isso significa? Bem, isso significa que crianças de 16 anos podem acessar tudo o que quiserem.”

Rolling Stones e “Hackney Diamonds”

“Hackney Diamonds”, novo álbum dos Rolling Stones, sai dia 20 de outubro. É o 24º trabalho da discografia britânica da banda – 26º na americana. O disco foi produzido por Andrew Watt, que recentemente tem realizado trabalhos com vários gigantes do rock, como Iggy Pop, Ozzy Osbourne, Elton John e Pearl Jam.

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Charlie Watts, baterista falecido em 2021, gravou duas das doze faixas, com Steve Jordan – atual titular das baquetas – registrando o resto. O baixista Bill Wymann, ex-integrante da banda, também comparece em “Live by the Sword”. Outros convidados são Paul McCartney, Elton John, Stevie Wonder e Lady Gaga.

De acordo com informação do colunista social e apresentador Amaury Júnior, o grupo deve passar pelo Brasil em março de 2024. Será a quinta vinda ao país. Anteriormente, eles passaram por aqui nos anos de 1995, 1998, 2006 e 2016.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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