O álbum do Queen que mais deu confiança a Brian May

Trabalho aproximou a banda do glam e hard rock, deixando as influências épicas e progressivas de lado

Todo mundo tem aquele momento na vida conhecido como “agora vai”. Quando nos damos conta de que encontramos o caminho e as coisas podem começar a acontecer. Normalmente demora. Então, não se assuste caso venha a falhar inúmeras vezes até realmente as coisas entrarem nos eixos. Com o Queen não foi diferente.

Embora conte com muitos fãs, os dois primeiros álbuns cresceram de vez em vendas a partir do estouro posterior. Em entrevista à revista Vulture, o guitarrista Brian May ressaltou a importância do terceiro disco na trajetória do grupo.

“‘Sheer Heart Attack’ foi o trabalho que nos deu confiança. Estávamos lutando com o que éramos e para onde estávamos indo. Fizemos nosso primeiro álbum em uma situação difícil. Muito pouco tempo e dinheiro foram investidos nele. É muito bruto e reto, mas soa como um álbum de rock. Tivemos um bom tempo de estúdio para fazer o segundo e nos envolvemos bastante. Ele traz muitos arranjos mais complexos. Nunca vou esquecer as críticas que diziam: ‘Isso não é mais rock. O Queen decidiu abandonar o rock’. Foi perturbador.”

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A saída foi simplificar as coisas, mesmo que isso significasse sacrificar alguns traços da identidade.

“Nós pensamos: ‘Bem, talvez tenhamos que ser um pouco diretos com as pessoas. Em vez de dar a eles muita complexidade, que amamos e estamos morrendo de vontade de divulgar, talvez não devêssemos fazer algo em que tudo seja cristalino e você possa assimilar sem precisar ser intelectual’. Então, em ‘Sheer Heart Attack’ tudo era muito brilhante óbvio. Isso não significa que foi grosseiro, mas calculado. Foi organizado para ter um impacto em todos os pontos de maneiras diferentes. Talvez eu não esteja expressando isso muito bem. Mas suponho que era algo conscientemente que você poderia colocar e deixar cair a agulha em qualquer lugar – era uma agulha de vitrola naquela época – e levar um chute.”

A aposta se pagou, como recorda o músico.

“Assim que lançamos o ‘Sheer Heart Attack’, ele foi muito bem recebido, especialmente pela clientela do Queen. Foi bem comercialmente. Reforçou nossa sensação de que estávamos chegando a algum lugar e nos estabelecendo como uma banda de rock. E, claro, ‘Killer Queen’ se tornou nosso primeiro single de sucesso. ‘Now I’m Here’ também conseguiu ser um sucesso. Isso me fez sentir que tínhamos uma boa trajetória e sabíamos para onde estávamos indo.”

Queen e “Sheer Heart Atttack”

Lançado em 8 de novembro de 1974, “Sheer Heart Atttack” foi o terceiro álbum do Queen. Mostrava a banda deixando o lado épico e progressivo dos primeiros de lado, em prol de uma aproximação com a pegada mais glam e hard rock.

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O processo de composição aconteceu enquanto Brian May se recuperava de uma hepatite, o que fez a banda cancelar a turnê que faria com o Mott The Hoople. Quatro diferentes estúdios foram usados.

Foi o primeiro onde todos os membros tiveram créditos como autores. John Deacon contribuiu com “Misfire” e os quatro assinaram “Stone Cold Crazy”. O trabalho arrematou disco de ouro nos Estados Unidos e platina na Inglaterra.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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