Summer Breeze Brasil torna realidade modelo europeu para festival nacional; veja como foi

Evento de som pesado criado na Alemanha e realizado pela primeira vez em São Paulo trouxe atrações como Avantasia, Blind Guardian e Stone Temple Pilots

Avantasia afaga memória afetiva e capricha nos vocalistas

*Por André Luiz Fernandes

Apesar de não ser a última banda da noite, o Avantasia chegou ao Ice Stage com status de headliner. A quantidade de camisetas do projeto de Tobias Sammet (Edguy) era notória desde o início do domingo (30). O público só não foi maior porque muitos fãs de power metal perderam o show ou parte dele para conferir o Stratovarius no Sun Stage. Além de Sammet, a banda veio com Sascha Paeth (guitarra), Oliver Hartmann (guitarra/voz), Felix Bohnke (bateria), Michael “Miro” Rodenberg (teclados) e Chiara Tricarico e Adrienne Cowan nos vocais, com destaque para a última, que roubou a cena em vários momentos nas interpretações limpas e guturais.

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Entre os vocalistas convidados, estavam Ralf Scheepers (Primal Fear), Bob Catley (Magnum), Ronnie Atkins (Pretty Maids), Herbie Langhans (Firewind) e Eric Martin (Mr. Big). Cada um tem seu momento para brilhar, com destaque para Scheepers – o que mais aparece além de Sammet –, Atkins com sua voz característica e Martin, que contou até história de pescador.

Em alguns momentos, o “anfitrião” do projeto fala demais, enquanto em outros, sai para fazer xixi (segundo ele próprio), mas a confiança é tanta que convidados e banda seguram o show com tranquilidade. Não à toa o grupo escolheu um setlist que prioriza dois discos clássicos: “The Metal Opera” (2001) e “The Scarecrow” (2008). Como disse Tobias no início: não tem como dar errado.

Quem foi ao Summer Breeze para o show do Avantasia saiu satisfeito. Não era raro ver pessoas da organização do festival cantarolando as músicas enquanto andavam e cumpriam suas funções. Tobias Sammet pode ter ficado um pouco chateado com as pessoas que já se amontoavam no Hot Stage para ver o Parkway Drive, mas se ele focar no público que estava lá por causa dele, vai sair tão sorridente quanto os próprios.

Repertório – Avantasia:

1. Twisted Mind

2. Reach Out for the Light (com Ralf Scheepers)

3. The Wicked Rule the Night (com Ralf Scheepers)

4. The Scarecrow (com Ronnie Atkins)

5. Book of Shallows (com Ronnie Atkins; Adrienne Cowan faz guturais)

6. The Story Ain’t Over (com Bob Catley)

7. Dying For an Angel (com Eric Martin)

8. Avantasia (com Eric Martin)

9. Shelter from the Rain (com Ralf Scheepers, Herbie Langhans e Bob Catley)

10. Farewell (com Adrienne Cowan)

11. Lost in Space

12. Sign of the Cross / The Seven Angels (todos no palco)

Guia:

Voodoo Kiss – página 02
Brutal Brega – página 03
Benediction – página 04
Marc Martel – página 05
Crypta – página 06
Tributo a Andre Matos – página 07
Tuatha de Danann – página 08
Lord of the Lost – página 09
Skid Row – página 10
Bruce Dickinson (palestra) – página 11
Sepultura – página 12
Perturbator – página 13
Lamb of God – página 14
Stone Temple Pilots – página 15
Accept – página 16
Blind Guardian – página 17
Apocalyptica – página 18
Velvet Chains (início do segundo dia) – página 19
Krisiun – página 20
Grave Digger – página 21
Project46 – página 22
H.E.A.T – página 23
Bury Tomorrow – página 24
Vixen – página 25
Finntroll – página 26
Testament – página 27
The Winery Dogs – página 28
Beast in Black – página 29
Kreator – página 30
Electric Gypsy – página 31
Napalm Death – página 32
Avantasia – página 33
Sinistra – página 34
Parkway Drive – página 35
Stratovarius – página 36
Evergrey – página 37

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

5 COMENTÁRIOS

  1. Na verdade, eu fui pra ver o Marc Martel. Não só ele, claro. Mas ele era minha prioridade… E fiquei encantada com show. Amo o Queen e honestamente não gosto de outros cantores interpretando. Só o Marc.

  2. Excelente festival para uma primeira edição no Brasil, organização e estrutura nota 9/10, local agradável, espaçoso e de fácil acesso.

    Eu li no site do evento que a água seria potável, então imaginei que a água daquelas torneiras era potável e bebi várias vez. Inclusive vi muita gente bebendo. Acho que vou comprar um Annita, só por precaução.

    O cartão de alimentação deveria ser gratuito e entregue na entrada, ganharam 7,00 de cada um.

    O som estava realmente alto e isso afeta a audição, eu usei protetor de ouvidos de silicone, não atrapalha em nada e protege.
    Soube que a vizinhança reclamou do volume, mas pelo menos ouviram 40 bandas de graça.

    Notei algumas pessoas em cadeira de rodas e essas tiveram dificuldade de locomoção pelo evento.

    Colocaram o Stratovarius no palco errado, o Ice Stage foi pequeno para o tamanho da banda e houve congestionamento na passarela. Muita gente teve que assistir ao lado dos banheiros e atrás das palmeiras.

    Em relação aos banheiros, houve descaso da organização. Não tinha manutenção, nenhum funcionário colocando desinfetante ou lavando com água sanitária. Eu entrei com máscara, deixei a porta aberta e mesmo assim o mau cheiro de urina estava insuportável. As mulheres sofreram mais .

    Gostaria de ver bandas de black metal no Summer Breeze 2024.
    Minhas sugestões: Vader, And Oceans, Skyclad, Borknagar, In Flames, Amon Amarth, Rotting Christ, Acherontas, Dark Funeral, Melechesh, Dark Tranquility, Iced Earth, Solstafir, Anathema, Uganga, Arandu Arakuaa, Appalachian Winter, Eisregen, Enslaved, Satyricon, Taake, Ulver, Amorphis, Brujeria, Insomnium, Moonsorrow, Equilibrium, Einherjer, Possessed, Marauder, Iron Savior, Morgana Lefay, Arkona, Orphaned Land, Stille Volk, Sabaton, Arcturus, In Extremo, Agalloch, Mgla, Withim Temptation, Ad Infinitum, Pain Of Salvation, Vanden Plas, Royal Hunt, Limbonic Art, Rammstein.
    Behemoth, Dimmu Borgir, Cradle of Filth e Cannibal Corpse sempre tocam em SP, mas seria bom ver novamente.

  3. Creio que não teve mais gente por causa do Monsters, que foi uma semana antes e arrebenta o bolso do cidadão. Eu mesmo escolhi ir no Monsters, mas com grande vontade de ter ido ao Summer. No ano que vem, quem sabe.

      • Acho que os dois festivais já estavam com data definida quando foram anunciados. Não daria para um mudar por conta do outro. Os dois se beneficiaram por ter feriado próximo (Monsters na sexta, Summer na segunda), o que facilita para quem vem de fora.

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