Grave Digger exala heavy metal mesmo com problemas de som
*Por André Luiz Fernandes
O sol do meio-dia em São Paulo não deu trégua. O Grave Digger começou o show pontualmente, mas de início, parecia que o som no Ice Stage havia derretido – sem o perdão do trocadilho. Não se ouvia a voz de Chris Boltendahl, enquanto a bateria de Marcus Kniep soava estourada. Jens Becker (baixo) e Axel Ritt (guitarra) faziam o que podiam.
Assim foram executadas a paulada de introdução “Lawbreaker” (com o som de Boltendahl ainda variando), “Hell is My Purgatory e “Ballad of a Hangman”, as duas últimas com o vocalista inaudível. Após vários “elogios” feitos ao pessoal do som por parte do público e muita gesticulação, a coisa pareceu fluir melhor a partir da cadenciada “Dia de Los Muertos”, quase na metade do set.
Felizmente, estamos falando de uma banda veterana, especialmente em festivais do tipo na Europa. A partir dali, a coisa decolou, especialmente com “The Dark of the Sun”, do aclamado “Tunes of War” (1996). “Excalibur” foi cantada por todos e já nem fazia diferença se o microfone de Chris Boltendahl estava funcionando – e estava. O público já estava nas mãos da banda, cantando todos os refrãos, coros e gritando “Digger, Digger” a todo momento.
Apesar dos problemas técnicos e alguns solos estranhos de Axel Ritt, a performance foi de alto nível. Uma hora foi pouco para o tamanho da diversão que o Grave Digger proporcionou. Quem não curtiu, mentiu.
Repertório – Grave Digger:
1. Lawbreaker
2. Hell Is My Purgatory
3. Ballad of a Hangman
4. Dia de los Muertos
5. The House
6. The Dark of the Sun
7. Highland Farewell
8. Healed by Metal
9. Excalibur
10. Rebellion (The Clans Are Marching)
11. Heavy Metal Breakdown
Guia:
Voodoo Kiss – página 02
Brutal Brega – página 03
Benediction – página 04
Marc Martel – página 05
Crypta – página 06
Tributo a Andre Matos – página 07
Tuatha de Danann – página 08
Lord of the Lost – página 09
Skid Row – página 10
Bruce Dickinson (palestra) – página 11
Sepultura – página 12
Perturbator – página 13
Lamb of God – página 14
Stone Temple Pilots – página 15
Accept – página 16
Blind Guardian – página 17
Apocalyptica – página 18
Velvet Chains (início do segundo dia) – página 19
Krisiun – página 20
Grave Digger – página 21
Project46 – página 22
H.E.A.T – página 23
Bury Tomorrow – página 24
Vixen – página 25
Finntroll – página 26
Testament – página 27
The Winery Dogs – página 28
Beast in Black – página 29
Kreator – página 30
Electric Gypsy – página 31
Napalm Death – página 32
Avantasia – página 33
Sinistra – página 34
Parkway Drive – página 35
Stratovarius – página 36
Evergrey – página 37
Na verdade, eu fui pra ver o Marc Martel. Não só ele, claro. Mas ele era minha prioridade… E fiquei encantada com show. Amo o Queen e honestamente não gosto de outros cantores interpretando. Só o Marc.
Excelente festival para uma primeira edição no Brasil, organização e estrutura nota 9/10, local agradável, espaçoso e de fácil acesso.
Eu li no site do evento que a água seria potável, então imaginei que a água daquelas torneiras era potável e bebi várias vez. Inclusive vi muita gente bebendo. Acho que vou comprar um Annita, só por precaução.
O cartão de alimentação deveria ser gratuito e entregue na entrada, ganharam 7,00 de cada um.
O som estava realmente alto e isso afeta a audição, eu usei protetor de ouvidos de silicone, não atrapalha em nada e protege.
Soube que a vizinhança reclamou do volume, mas pelo menos ouviram 40 bandas de graça.
Notei algumas pessoas em cadeira de rodas e essas tiveram dificuldade de locomoção pelo evento.
Colocaram o Stratovarius no palco errado, o Ice Stage foi pequeno para o tamanho da banda e houve congestionamento na passarela. Muita gente teve que assistir ao lado dos banheiros e atrás das palmeiras.
Em relação aos banheiros, houve descaso da organização. Não tinha manutenção, nenhum funcionário colocando desinfetante ou lavando com água sanitária. Eu entrei com máscara, deixei a porta aberta e mesmo assim o mau cheiro de urina estava insuportável. As mulheres sofreram mais .
Gostaria de ver bandas de black metal no Summer Breeze 2024.
Minhas sugestões: Vader, And Oceans, Skyclad, Borknagar, In Flames, Amon Amarth, Rotting Christ, Acherontas, Dark Funeral, Melechesh, Dark Tranquility, Iced Earth, Solstafir, Anathema, Uganga, Arandu Arakuaa, Appalachian Winter, Eisregen, Enslaved, Satyricon, Taake, Ulver, Amorphis, Brujeria, Insomnium, Moonsorrow, Equilibrium, Einherjer, Possessed, Marauder, Iron Savior, Morgana Lefay, Arkona, Orphaned Land, Stille Volk, Sabaton, Arcturus, In Extremo, Agalloch, Mgla, Withim Temptation, Ad Infinitum, Pain Of Salvation, Vanden Plas, Royal Hunt, Limbonic Art, Rammstein.
Behemoth, Dimmu Borgir, Cradle of Filth e Cannibal Corpse sempre tocam em SP, mas seria bom ver novamente.
Creio que não teve mais gente por causa do Monsters, que foi uma semana antes e arrebenta o bolso do cidadão. Eu mesmo escolhi ir no Monsters, mas com grande vontade de ter ido ao Summer. No ano que vem, quem sabe.
Rapaz tenho a mesma opinião!! Difícil pensar que os organizadores não pensaram nessa questão de datas entre os festivais.
Acho que os dois festivais já estavam com data definida quando foram anunciados. Não daria para um mudar por conta do outro. Os dois se beneficiaram por ter feriado próximo (Monsters na sexta, Summer na segunda), o que facilita para quem vem de fora.