Roger Waters é criticado por menção a Anne Frank em show na Alemanha

Nome da garota que se popularizou no mundo graças a seu diário é citado entre vítimas do nazifascismo em todo o planeta

A passagem de Roger Waters pela Alemanha durante a atual turnê, “This is Not a Drill”, já vinha sendo tumultuada a ponto de representantes públicos terem tentado cancelar alguns dos shows. Mas quem esperava que a situação fosse se amenizar com a realização dos eventos, se enganou redondamente.

Após a passagem por Berlim, no último dia 17 de maio, o músico recebeu ainda mais críticas. A principal envolveu a menção no telão a Anne Frank, jovem judia que teve seu diário popularizado em todo o mundo ao relatar como sua família se escondia do regime nazista até que foram encontrados, levados a campos de concentração e executados.

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Outro citado foi a jornalista palestina Shireen Abu Akleh. Ela foi assassinada pelo exército israelense em maio do ano passado, aos 51 anos, enquanto cobria os conflitos na Faixa de Gaza. Na ocasião, ela estava identificada como imprensa. Mesmo assim, foi alvejada. Investigações da ONU levaram aos autores do crime.

Como acontece em todos os seus shows, Waters fingiu disparar com um rifle enquanto usava uma roupa que imitava os uniformes dos nazistas, obviamente em uma crítica ao regime sanguinário.

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Conforme observado pelo NME, a conta do Ministério das Relações Exteriores de Israel no Twitter escreveu:

“Bom dia a todos, exceto Roger Waters, que passou a noite em Berlim (Sim, Berlim) profanando a memória de Anne Frank e dos 6 milhões de judeus assassinados no Holocausto.”

Arsen Ostrovsky, CEO do International Legal Forum, declarou:

“Esta foi uma exibição vil e indesculpável de ódio aos judeus e distorção do Holocausto por Roger Waters. O fato de ter sido em Berlim é ainda mais vergonhoso.”

Fundadora e diretora executiva do The Lawfare Project, Brooke Goldstein arrematou:

“Isso é OBSCENO! Desde o show de Roger Waters na Alemanha, de todos os lugares… ele se envolve na distorção do Holocausto. Isso é um antissemitismo nojento.”

Porém, muitas pessoas também saíram em defesa do artista. O jornalista Eduardo Neret disse:

“Ele faz isso em todos os shows. A música é uma sátira. Waters e o Pink Floyd criticam o fascismo com ela. Você saberia se não estivesse propositalmente sendo um canalha desonesto.”

Anton Halaby, ativista pelos direitos humanos, corroborou:

“É muito fácil entender depois de ouvir o álbum conceitual ‘The Wall’, que aborda, critica e condena muitas das formas de discriminação e racismo que existem em nosso mundo moderno, incluindo o racismo antijudaico! Ao contrário da democracia israelense, Roger Waters é antidiscriminação!”

Roger Waters no Brasil

A “This is Not a Drill” chega ao Reino Unido no próximo dia 31 de maio. O Brasil tem 6 datas confirmadas a partir de outubro. São elas:

  • 24/10 – Brasília – Arena BRB Mané Garrincha
  • 28/10 – Rio de Janeiro – Estádio Nilton Santos / Engenhão
  • 01/11 – Porto Alegre – Estádio Beira Rio
  • 04/11 – Curitiba – Arena da Baixada
  • 08/11 – Belo Horizonte – Mineirão
  • 11/11 – São Paulo – Allianz Parque
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Outros shows já anunciados para a América do Sul são:

  • 17/11: Montevidéu, Uruguai @ Estádio Centenário
  • 21/11: Buenos Aires, Argentina @ Estádio Monumental de Nuñez
  • 22/11: Buenos Aires, Argentina @ Estádio Monumental de Nuñez
  • 25/11: Santiago, Chile @ Estádio Monumental
  • 26/11: Santiago, Chile @ Estádio Monumental
  • 29/11: Lima, Peru @ Estádio Nacional

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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