“Tár” é um filme racista? Diretor oferece seu ponto de vista

Todd Field respondeu às críticas direcionadas ao longa-metragem em recente entrevista

O drama psicológico “Tár”, que estreou neste mês nos cinemas brasileiros, recebeu seis indicações ao Oscar 2023, incluindo Melhor Filme, e já rendeu à atriz protagonista Cate Blanchett (no papel de Lydia Tár) o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Veneza. Apesar da aclamação, o longa-metragem recebeu acusações de racismo.

No podcast The Last Thing I Saw (via World of Reel), a escritora e crítica de cinema Amy Taubin desaprovou a obra e as atitudes da personagem principal, afirmando que a trama de “Tár” se transforma em “uma das coisas mais racistas que já vi”. A maestrina Marin Alsop, inclusive citada no filme, também disse ao jornal Sunday Times que, ao assistir, se sentiu “ofendida como mulher, lésbica e regente”.

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Alerta: spoilers de “Tár” a seguir!

Lydia é regente da mais importante orquestra alemã. Em certo ponto da história, enquanto conversa com um de seus estudantes não-brancos, ela defende compositores brancos que morreram, como Johann Sebastian Bach, e cita o racismo e antissemitismo no discurso. A cena em questão viralizou e gerou polêmica.

Fim dos spoilers!

Em entrevista à revista Dazed, o diretor e roteirista Todd Field opinou a respeito da situação. Na resposta, ele mencionou as observações de Taubin e Alsop.

“Nossa esperança ao fazer esse filme é que ele inspire conversas e debates e que gere barulho, opiniões e fúria. Eu leio o que Amy fala há anos, ela defendeu o meu primeiro filme e fiquei surpreso com a maneira como ela entendeu ‘Tár’. Eu obviamente não concordo com ela, mas ela tem o direito a ter sua própria opinião. Marin também tem esse direito, mesmo que eu não entenda. A questão é que o poder não tem gênero e não tem raça.”

Sobre “Tár”

No filme, a conceituada maestrina Lydia Tár (Cate Blanchett) está passando por um momento de crise. Como destaca a sinopse, a produção “examina a natureza mutável do poder, seu impacto e durabilidade em nosso mundo moderno”. Nina Hoss, Noémie Merlant e Mark Strong são outros nomes do elenco.

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Esse é o primeiro filme dirigido por Todd Field desde “Pecados Íntimos”, de 2006. Assista ao trailer.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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