Os últimos dias e a morte de Marilyn Monroe

Símbolo da cultura pop, atriz passou por inúmeros problemas pessoais e profissionais dias antes de morrer

Marilyn Monroe pode ter partido da maneira trágica e precoce, mas deixou sua marca na história da cultura pop. A atriz, modelo e cantora, que se tornou um sex symbol ao longo da carreira, morreu em 4 de agosto de 1962, aos 36 anos. Ela ingeriu uma enorme quantidade de medicamentos e sofreu uma overdose. Autoridades médicas classificaram o óbito como suicídio.

Por mais que tenha ganhado uma enorme fama graças aos seus trabalhos, Monroe também era uma pessoa como qualquer outra e tinha vários problemas pessoais. Consequentemente, os últimos dias de sua vida foram marcados por muitos problemas, tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional.

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Abaixo, confira como foram os dias e horas finais da vida de Marilyn Monroe e algumas das teorias da conspiração que surgiram após a morte da atriz.

Os dias finais de Marilyn Monroe

Em 1961, Marilyn Monroe se divorciou do dramaturgo Arthur Miller, seu terceiro e último marido. Foi durante esta união que a atriz sofreu alguns abortos espontâneos e culpou a si própria por seus problemas, consumindo álcool e drogas como anfetaminas e barbitúricos.

Além disso, Monroe também estava com alguns problemas de saúde, tanto do ponto de vista mental (depressão, ansiedade, insônia e baixa autoestima) quanto físico (ela passou por uma colescistectomia e fez outra cirurgia por conta de uma endometriose).

No fim de 1961, a artista decidiu deixar Nova York, onde morou nos últimos seis anos, e optou por retornar para Los Angeles, sua cidade natal. Já em 1962, foi escalada para participar do filme “Something’s Got to Give”. No entanto, por conta de seus problemas de saúde, ela mal conseguia gravar suas cenas e a produção da obra pouco andava.

Em maio – mais precisamente no dia 19 –, Monroe deu uma pausa no trabalho para realizar uma de suas apresentações mais famosas: cantou “Happy Birthday, Mr. President” – “Feliz Aniversário, Sr. Presidente” – para o então presidente americano, John Kennedy, em Nova York.

Esta performance ficou famosa pela maneira em que Monroe entoou a canção e por conta do vestido que usou. A peça era bem justa e passava a impressão de que a atriz estava nua.

Na época, Kennedy deu a seguinte resposta sobre a apresentação:

“Agora eu posso me aposentar da política, após ela ter cantado ‘Parabéns Pra Você’ de uma maneira tão doce e honesta.”

Dois meses antes, Marilyn Monroe havia se encontrado com Kennedy durante uma festa na Califórnia. Este fato, aliado com a apresentação, logo gerou rumores de que a atriz estava vivendo um caso com o então presidente americano – que era casado.

O retorno para Los Angeles havia ocorrido com o objetivo de retomar as gravações de “Something’s Got to Give”. A atriz até celebrou seu aniversário de 36 anos com os colegas de elenco no dia 1º de junho. No entanto, após se ausentar do set de filmagens por mais alguns dias, ela foi demitida em 7 de junho pelo estúdio Fox, responsável pela obra. A produção foi definitivamente suspensa após o ator Dean Martin ter se recusado a trabalhar sem a presença da parceira.

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Oficialmente, a Fox alegou que optou pela demissão por conta do vício em drogas de Monroe, sua falta de profissionalismo e a crença de que a atriz estava mentalmente perturbada. Para tentar reverter a publicidade negativa, Marilyn deu entrevistas para veículos famosos, como a revista Vogue.

Diante disso, o contrato com a Fox foi renegociado e as gravações de “Something’s Got to Give” foram retomadas. A atriz estava determinada a superar todos esses problemas para ver a carreira decolar novamente. Alguns dias antes de sua morte, ela disse ao jornalista W.J. Weatherby:

“Você sabe de quem eu sempre dependo? Não é de estranhos, não é de amigos. É do telefone! Ele é o meu melhor amigo.”

De fato, a atriz passou a última semana de sua vida fazendo inúmeras ligações, seja para negociar novos trabalhos, tratar seus problemas ou apenas conversar com amigos.

Como foram as horas finais

Marilyn Monroe morreu em 4 de agosto de 1962, um sábado, em sua casa na cidade de Los Angeles. Na manhã daquele dia, ela recebeu o fotógrafo Lawrence Schiller e os dois discutiram a possibilidade de a atriz fazer algumas fotos nua para a revista Playboy, no set de filmagens de “Something’s Got to Give”.

Nas horas seguintes, Monroe recebeu sua massagista e conversou com alguns amigos pelo telefone. Em sua companhia, estavam a funcionária doméstica Eunice Murray e a assessora particular Patricia Newcomb, que havia passado a noite anterior no local.

Às 16h30, o psiquiatra da atriz, Ralph Greenson, chegou no local para uma sessão com Monroe, e pediu para Newcomb ir embora. Pouco antes de deixar a residência, às 19h, o médico disse para Murray passar a noite na residência, justamente para que a atriz tivesse companhia.

Alguns minutos depois, a artista recebeu uma ligação de Joe DiMaggio Jr, filho do lendário jogador de beisebol Joe DiMaggio, que foi o segundo marido de Marilyn Monroe. Jr contou à ex-madrasta que terminou o namoro com uma garota que Monroe não havia gostado. Posteriormente, o jovem disse não ter notado nada de anormal no comportamento da atriz.

Às 20h, Marilyn decidiu ir para seu quarto, de onde não sairia com vida. Pouco tempo após se retirar para o cômodo, ela recebeu uma ligação do colega Peter Lawford, que tentou convidá-la, sem sucesso, para ir a uma festa. Lawford foi o primeiro a demonstrar preocupação com a atriz. Ele percebeu que a amiga estava sob o efeito de drogas durante o telefonema.

Segundo o relato de Lawford, Monroe finalizou a ligação dizendo:

“Diga tchau para a Pat (Patricia Kennedy, irmã de John Kennedy e esposa de Lawford), diga tchau para o presidente e diga tchau para você mesmo, porque você é um cara legal.”

No entanto, Eunice Murray garantiu ao ator que tudo estava bem com Marilyn Monroe. A atriz ainda conversou com mais algumas pessoas, como o fabricante de vestidos Henry Rosenfeld e a cabeleireira Sydney Guilaroff.

A morte de Marilyn Monroe

Às 3h30 do dia 5 de agosto, Eunice Murray acordou para ver se tudo estava bem com Marilyn Monroe, após despertar com um pressentimento ruim. Ao notar que a atriz não respondia a seus chamados, ligou para Ralph Greenson, que pediu para a empregada olhar pela janela do quarto da patroa.

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Murray viu que a atriz estava deitada de bruços na cama, coberta por um lençol e agarrada ao telefone. Greenson logo chegou, quebrou a janela do local e constatou que Marilyn já estava sem vida.

Às 4h25, Greenson e Murray acionaram a polícia de Los Angeles, que encontrou embalagens vazias de alguns remédios ao lado da cama. Mais tarde, foi realizada a autópsia no corpo. Oficialmente, a causa de sua morte foi uma intoxicação aguda de barbitúricos. Nenhum sinal de violência foi encontrado.

Alguns dias depois, a polícia de Los Angeles afirmou que a morte de Marilyn Monroe se tratou de um suicídio. O motivo é que a dosagem de substâncias encontradas no corpo da atriz estava muito acima do limite letal, o que refutaria a possibilidade de uma overdose acidental.

Teorias de conspiração

Justamente por conta da fama que Marilyn Monroe conquistou ao longo da vida, a morte logo se tornou alvo de inúmeras teorias de conspiração. Muitas delas garantem que sua morte não foi uma mera overdose intencional de barbitúricos.

Uma das mais conhecidas, por exemplo, afirma que a CIA, a famosa agência de inteligência do governo americano, assassinou Monroe. O motivo seria que John Kennedy e seu irmão, Bob Kennedy, teriam compartilhado inúmeros segredos de estado com a atriz, transformando-a em um risco para a segurança dos Estados Unidos.

Outra, relacionada com esta alega que a CIA contratou mafiosos para tirar a vida de Monroe. Afinal, a agência não iria querer ter seu nome associado com a morte da atriz.

Conspiracionistas também afirmam que a artista teria sido morta sob ordens de Bob Kennedy. Existem duas versões. A primeira diz que o político teria alegado que a atriz seria uma “comunista de carteirinha” devido a sua união com Arthur Miller, simpatizante da ideologia. E como ela sabia de muitos segredos por conta da amizade com John Kennedy e o próprio Bob, seria um perigo para o governo americano.

Já a segunda afirma que Bob Kennedy teria ordenado a morte de Monroe com receio de que o caso que tinha com a atriz – o político também teria se envolvido afetivamente com a atriz – fosse exposto e arruinasse sua carreira política.

As teorias ganharam tanta força entre o público que a polícia de Los Angeles optou por investigar novamente a morte de Marilyn Monroe em 1982. No entanto, os responsáveis não encontraram evidências que as sustentassem.

Fontes: Vanity Fair, Biography, Wikipédia, E! Online, Independent, Parade.

** No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), associação civil sem fins lucrativos, oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, gratuitamente, 24 horas por dia. Qualquer pessoa que queira e precise conversar, pode entrar em contato com o CVV, de forma sigilosa, pelo telefone 188, além de e-mail, chat e Skype, disponíveis no site www.cvv.org.br.

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Augusto Ikeda
Augusto Ikedahttp://www.igormiranda.com.br
Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no mercado desde 2013 e já realizou trabalhos como assessor de imprensa, redator, repórter web e analista de marketing. É fã de esportes, tecnologia, música e cultura pop, mas sempre aberto a adquirir qualquer tipo de conhecimento.

2 COMENTÁRIOS

  1. Era uma mulher extremamente linda!!!! Gosto muito dessas atrizes de antigamente…tipo Grace Kelly e Elisabeth Taylor, era tanta beleza naquela época!!!! valeu!!!!

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