Grupo feminista pede ao Spotify sanções a Red Hot, Steven Tyler e outros

O grupo feminista UltraViolet, que atua em prol da defesa das mulheres nos Estados Unidos, pediu que a plataforma de streaming Spotify aplique sanções a artistas como Red Hot Chili Peppers, Steven Tyler (vocalista do Aerosmith), Ted Nugent, Don Henley (cantor e baterista dos Eagles) e outros por estarem ligados, em especial, a casos de abuso sexual.

O pedido foi feito pelo UltraViolet, por meio de uma carta aberta, dias após o Spotify ter divulgado que puniria R. Kelly e XXXTentacion, acusados de abuso sexual, com a retirada de suas músicas das playlists oficiais da plataforma. As músicas dos artistas seguem disponíveis no aplicativo, contudo, as tradicionais seleções feitas por sua curadoria não indicam mais o material deles.

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“Imploramos que vocês deem uma olhada mais aprofundada nos artistas que promovem. Sempre que um famoso continua a ser glorificado apesar de acusações de abuso, nós, erroneamente, perpetuamos o silêncio ao mostrarmos a sobreviventes de abuso sexual e violência doméstica que não há consequências para o abuso. Isso tem um efeito cultural muito além de um artista individual”, diz a carta da organização.

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Os nomes citados pelo UltraViolet – “embora esteja longe de uma lista abrangente”, afirma o grupo – são:

– Chris Brown
– The Red Hot Chili Peppers
– Nelly
– Eminem
– Don Henley (The Eagles)
– Steven Tyler (Aerosmith)
– Tekashi 6ix9ine
– Ted Nugent

Os artistas citados são acusados ou admitiram atos diferentes contra mulheres. Steven Tyler e o vocalista Anthony Kiedis, do Red Hot Chili Peppers, confessaram, em seus livros autobiográficos, que se relacionaram com menores de idade.

No livro “Scar Tissue” (lançado em 2005), Anthony Kiedis conta que teve relações sexuais com uma garota de 14 anos enquanto ele tinha 23. Kiedis repetiu o ato mesmo após saber da idade da adolescente. O relacionamento serviu de inspiração para a letra da música “Catholic School Girls Rule”.

Steven Tyler, por sua vez, afirmou ter cometido ato abusivo contra uma namorada, chamada Julia Holcomb, quando ela tinha 16 anos e ele, 27. Ele a forçou a abortar um filho concebido pelo casal em 1975. O caso é relatado, de forma um pouco mais branda, na autobiografia do cantor, “O barulho na minha cabeça te incomoda?”, lançada em 2011.

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Nos últimos anos, Tyler tem promovido ações em prol de vítimas de abuso sexual, por meio da Janie’s Fund. Um abrigo chamado Janie’s House foi construído e lançado no fim do ano passado. O cantor conseguiu arrecadar US$ 2,4 milhões para a instituição durante um evento de gala, realizado na mesma noite do 60° Grammy Awards, no início do ano.

Já Ted Nugent tornou-se o responsável legal de uma garota de 17 anos, no Havaí, para que continuasse se relacionando com ela. A manobra foi executada, segundo diversos veículos de comunicação, para que ele não enfrentasse possíveis acusações de sequestro.

O caso envolvendo Don Henley, dos Eagles, aconteceu em 1980. Duas garotas, de 15 e 16 anos, foram encontradas na casa do músico, que foi detido, pagou uma fiança de US$ 2,5 mil e conseguiu liberdade condicional. As jovens de 15 e 16 anos também foram presas sob a acusação de, respectivamente, estar sob influência de drogas e prostituição.

Até o momento, o Spotify não se pronunciou sobre a carta aberta do UltraViolet. Leia o texto na íntegra (em inglês) clicando aqui.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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