Saiba como foi cada show do Sun Stage do Summer Breeze Brasil 2024

Palco paralelo do festival ganhou reforço sonoro em sua segunda edição, não repetindo problemas de 2023

Jelusick não converte talentos individuais em estouro coletivo no Summer Breeze Brasil

Boca-a-boca garantiu bom quórum para os croatas; diversidade vocal e qualidade interpretativa de Dino Jelusick esbarram em repertório que “perde” o ouvinte

*Por Marcelo Vieira

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Dino Jelusić tinha 25 anos quando gravou “Bite!” (Frontiers, 2018), álbum de estreia do Animal Drive, banda descoberta por Jeff Scott Soto que o revelou. Mas um padrinho de peso não adiantaria nada se o jovem croata não possuísse, conforme escrevi em minha resenha do disco na época, “uma variação de timbres que vai de Peter Steele (Type O Negative) a Geoff Tate (Queensrÿche)” e “uma capacidade interpretativa que não fica devendo em nada a esses e outros consagrados vocalistas”.

Seis anos se passaram e, nesse ínterim, muita coisa mudou para Dino. Com um segundo álbum em vias de ser lançado, o Animal Drive chegou ao fim. Porém, isso não parou o cantor, que logo foi posto pela gravadora para fazer dupla com o guitarrista George Lynch (Dokken, Lynch Mob) no Dirty Shirley e a aceitar convites de participação especial em trabalhos paralelos de Magnus Karlsson (Primal Fear) e Michael Romeo (Symphony X) e para se juntar ao Whitesnake como vocalista de apoio para David Coverdale.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Hoje, aos 32 anos, como Dino Jelusick, vive seu melhor momento na carreira, como técnico da versão croata do reality show “The Voice” e líder da banda que carrega seu sobrenome. E foi com esse grupo, completado por Ivan Keller (guitarra, 30 anos), Luka Brodaric (baixo, 32) e Mario Lepoglavec (bateria, 29), que ele desembarcou no Brasil para uma série de compromissos — alguns marcados de última hora — que incluía apresentação na edição 2024 do Summer Breeze.

O boca-a-boca deu certo e muitos foram os curiosos a se posicionar diante do Sun Stage no último sábado (27) para conferir se o cara era isso tudo mesmo. Individualmente, é, e com sobras até. Impressionam a qualidade do canto, a forma como modula a voz e, não obstante uma visível falta de intimidade com o palco, o esforço para ser o melhor mestre de cerimônias possível, contrastando em parte com o caminhar ora nervoso dos colegas guitarrista e baixista.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

O que não ajuda, no entanto, é o repertório. A bem da verdade, o que falta no Jelusick no álbum de estreia “Follow the Blind Man” (Napalm, 2023) permanece subtraído no ambiente ao vivo: direcionamento — quando se bebe de diversas fontes, é preciso saber dosar e misturar bem — e edição, pois não raro as músicas duram mais do que deveriam, a ponto de “perder” o ouvinte a certa altura.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

As exceções a essa inconveniente regra ficaram por conta de “Fade Away” e “I Walk Alone”, dois espólios do Animal Drive. Ou seja, é tudo uma questão de Dino olhar com mais ternura para a própria história.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Repertório:

  1. Reign of Vultures
  2. Acid Rain
  3. Fade Away
  4. The Healer
  5. Died
  6. Chaos Master
  7. The Great Divide
  8. Groove Central
  9. I Walk Alone
  10. What I Want
  11. Fly High Again
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