Por que “Brave New World” não é a “volta” do Iron Maiden, segundo Adrian Smith

Para guitarrista, reunião da formação clássica acrescida de Janick Gers não significou uma mudança de patamar

Décimo segundo trabalho de estúdio do Iron Maiden, “Brave New World” (2000) foi o primeiro com a formação em sexteto, marcando os retornos do vocalista Bruce Dickinson e do guitarrista Adrian Smith. O impacto da retomada de curso foi suficiente para colocar o grupo novamente no topo do então combalido cenário do heavy metal tradicional.

Porém, o que pareceu uma reunião amplamente planejada, para os envolvidos foi apenas uma retomada de curso. Em depoimento resgatado pela revista Classic Rock, Adrian fez questão de exaltar que, de acordo com sua visão do ocorrido, a banda não havia perdido a aura durante sua ausência.

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Ele explicou:

“Para Bruce e para mim, foi como voltar para casa. Talvez no mundo exterior esse álbum tenha sido visto como um retorno, mas não para os outros caras que continuaram durante todo esse tempo enquanto estávamos fora. Os anos 90 podem ter sido um ponto baixo para o Maiden por causa do surgimento do Nirvana e de toda a coisa do grunge, mas a banda ainda estava lá com o Blaze Bayley, tocando em grandes arenas na América do Sul. Então, se algumas pessoas quiserem chamar ‘Brave New World’ de um retorno, tudo bem, mas acho que uma palavra melhor é ‘revitalização’.”

A opinião de Bruce Dickinson

O outro egresso da retomada, Bruce Dickinson destacou a importância do disco em entrevista à rádio RockFM transcrita pelo Blabbermouth no ano de 2019.

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“Tudo o que eu precisava saber é que não iríamos voltar para uma espécie de ‘reunião’. Eu não queria voltar ao passado. Deveria ser uma banda para olhar adiante, para o futuro – fazer um ótimo novo álbum e reiniciar todo o ímpeto e direção da banda.”

Para a alegria do cantor, o chefão da empreitada tinha a mesma visão.

“Steve Harris disse que era aquilo que ele queria e eu disse: ‘ok, vamos fazer isso’. E, claro, o primeiro álbum que lançamos após isso foi ‘Brave New World’ – acho que é um dos melhores álbuns que o Maiden já fez até hoje.”

Iron Maiden e “Brave New World”

“Brave New World” também representou o início da parceria do Iron Maiden com o produtor Kevin Shirley, permanente até os dias atuais. Tanto a capa quanto a faixa-título são referências à obra homônima, de Aldous Huxley.

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Algumas ideias já vinham sendo trabalhadas desde as sessões do álbum anterior, “Virtual XI” (1998). Ex-vocalista da banda, Blaze Bayley chegou a colaborar em “Dream Of Mirrors”, embora não tenha sido creditado. O trabalho foi um sucesso de vendas, tendo conquistado disco de ouro em 9 mercados, incluindo Brasil e Reino Unido.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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