Os 10 guitarristas que moldaram o som de Bruce Kulick

Do jazz pop ao rock progressivo, passando pelo hard e blues rock, histórico membro do Kiss menciona suas principais influências

Bruce Kulick sempre será lembrado como o guitarrista que ajudou a conduzir o Kiss na tortuosa estrada dos anos 1980 e 90.

Ele entrou na banda após o período de instabilidade que teve início na saída de Ace Frehley, passando pela breve passagem de Vinnie Vincent e o meteórico período de Mark St. John. Com total competência, caiu no gosto da maior parte dos fãs, permanecendo até o momento que a inevitável reunião da formação original aconteceu.

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Outros momentos menos conhecidos, mas igualmente interessantes, aconteceram ainda nos anos 1970. Junto de seu irmão Bob, falecido recentemente, participou da turnê de “Bat Out of Hell” (1977), clássico de Meat Load que se tornou um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.

A seguir, participou do Blackjack, grupo que contava com o futuro astro brega Michael Bolton nos vocais e fazia um hard rock de primeira qualidade. Seguiu com o cantor no início da carreira solo, até ser chamado por Paul Stanley e Gene Simmons.

Após deixar o Kiss, se aventurou junto a John Corabi – que recém havia sido chutado do Mötley Crüe no Union. Paralelamente, desenvolveu a carreira solo, enquanto realizou uma série de participações com vários outros artistas e projetos, além de um grupo designado a tocar exclusivamente material de sua fase com os maiores mascarados do rock – no bom sentido.

Em artigo para a Guitar World, o atual membro do Grand Funk Railroad escolheu os 10 guitarristas que moldaram seu som. Eles estão nominados abaixo, com os devidos comentários.

Os 10 guitarristas que moldaram o som de Bruce Kulick

1. Jimi Hendrix: “O rei dos guitarristas. Sua forma de tocar inovadora – tanto agressiva quanto doce – criou os sons mais incríveis para mim. Este mago de seis cordas criava tons maravilhosamente coloridos de sua Fender Stratocaster. Distorção e feedback maciços que realmente adicionaram outro nível de som nunca ouvido antes. O instrumento era uma extensão emocional de sua mente brilhante. Seus sons espaciais e o blues fora do padrão ultrapassaram os limites das cordas sob suas mãos grandes. Ele mudou a forma de tocar eternamente. Sempre será o rei da guitarra para mim.”

2. Eric Clapton: “‘Clapton is God’ foi escrito nas paredes do Reino Unido. E o que causou isso? A emoção crua desse homem, que criou magistralmente um tom de canto com sua guitarra. Este foi o vibrato que estudei, o tom pelo qual me esforcei. O Cream foi seu playground, sua contribuição naquela banda me fez estudar seus riffs, esperando alcançar o controle e a emoção que ele possuía.”

3. Jeff Beck: “Jeff levou a guitarra a outro nível. Seu uso do trêmolo era único. Sua habilidade sensível de fazer amor com a guitarra e depois destruí-la com abandono selvagem era notável. ‘Blow by Blow’ passou meses em minha mente. Eu ouvi cada nota, cada escolha de captador, cada movimento com seu volume e ganho enquanto ele espremia a essência de cada nota perfeitamente. Único e corajoso, seu toque lendário nunca será esquecido.”

4. Jimmy Page: “Como um guitarrista de estúdio se tornou um feiticeiro, criando álbuns inesquecíveis com guitarras? Jimmy me surpreendeu com o Led Zeppelin I, depois com o Led Zeppelin II e depois com o Led Zep… ah, você entendeu [risos]. Sua genialidade não estava apenas nos solos perfeitamente construídos – era criar esta banda com talento para entregar sua maestria. Quanto mais estudava seus riffs, mais o respeitava. Um gigante mental na guitarra.”

5. Brian May: “Ouvir Brian com o Queen me fez pensar: ‘O guitarrista desta banda está tocando um instrumento de orquestra. Ele é o violino principal, o violoncelista e a seção de cordas, tudo em um’. Escolhas brilhantes de notas – e o tom incrível de seus amplificadores Vox – despertaram em mim um interesse em como meus heróis usavam equipamentos diferentes para se destacarem do grupo. Brian tocando é tão elegante – este mestre britânico é a realeza do rock para mim.”

6. Leslie West: “O Mountain foi a resposta da América ao Cream. Leslie tinha o tom mais perfeito e vibrato semelhante a um vocal – com uma escolha de notas requintada. Sinto cada ataque de palheta, cada movimento de seu pulso – suas linhas eram emocionais e inesquecíveis. Eu trabalhei duro para imitar este homem gigante. Conhecê-lo anos depois e ele saber quem eu era foi uma honra. Este nativo de Nova York colocou a Les Paul Junior no mapa. O tom que criou a partir dela soa tão verdadeiro quanto aquele grande instrumento antigo.”

7. Eddie Van Halen: “EVH foi a máquina potente supercarregada que mudou para sempre o cenário da guitarra solo. Sua técnica poderosa, usando velocidade e controle, é o motivo pelo qual adorei sua forma de tocar. Também reinventou a guitarra base com as batidas dos dedos. Foi algo que estudei e, do meu jeito primitivo, fiz o meu. Um grande músico de blues.”

8. Steve Howe: “Steve Howe toca uma Gibson ES-175 – minha caixa de jazz favorita – e usa um tom muito mais limpo do que qualquer um dos meus outros heróis. Seu uso inovador de escalas e técnicas de digitação criou riffs únicos, fazendo eu ter que me esforçar muito para aprender. Peguei ideias emprestadas de Steve e ele influenciou alguns riffs icônicos do Kiss que eu contribuí para a banda. Sou grato por seu talento visionário que me fez pensar fora da caixa.”

9. Les Paul: “Sempre fui fascinado por Les. Conhecê-lo provou para mim que lenda ele era. Sentado na mesa ao lado em um clube de Nova York estava Jimmy Page, também presente para prestar homenagem a esse gênio. Les fez arte sem limites, ultrapassando as barreiras das técnicas de gravação e construção de guitarras. Mudou a forma como a música era feita e gravada. Deu tudo de si no que criou. Minha mente sempre ficava maravilhada ao ouvir seus discos. Combinar jazz e pop com todos aqueles truques me deixava fascinado, inspirado a gravar em casa e brincar com meus gravadores de quatro canais. Sua influência em mim foi menos sobre técnicas de guitarra e mais sobre aprender tudo o que eu estava curioso.”

10. David Gilmour: “Sempre escutei atentamente cada nuance da forma de tocar de David Gilmour. Suas linhas elevavam a música para o próximo nível, o que é muito importante para mim. O vibrato e a escolha de notas são inconfundivelmente brilhantes. A emoção que ele cria adiciona aquele elemento mágico especial à música. Seu solo durante ‘Comfortably Numb’ é um excelente exemplo de perfeição. As linhas crescentes que aparecem não são chamativas ou bombásticas – em vez disso, seu tom maciço e habilidade musical são usados para criar melodias em seus solos, o que ainda me inspira.”

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João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Bruce Kulick sempre será lembrado como o guitarrista que ajudou a conduzir o Kiss na tortuosa estrada dos anos 1980 e 90.

Ele entrou na banda após o período de instabilidade que teve início na saída de Ace Frehley, passando pela breve passagem de Vinnie Vincent e o meteórico período de Mark St. John. Com total competência, caiu no gosto da maior parte dos fãs, permanecendo até o momento que a inevitável reunião da formação original aconteceu.

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Outros momentos menos conhecidos, mas igualmente interessantes, aconteceram ainda nos anos 1970. Junto de seu irmão Bob, falecido recentemente, participou da turnê de “Bat Out of Hell” (1977), clássico de Meat Load que se tornou um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.

A seguir, participou do Blackjack, grupo que contava com o futuro astro brega Michael Bolton nos vocais e fazia um hard rock de primeira qualidade. Seguiu com o cantor no início da carreira solo, até ser chamado por Paul Stanley e Gene Simmons.

Após deixar o Kiss, se aventurou junto a John Corabi – que recém havia sido chutado do Mötley Crüe no Union. Paralelamente, desenvolveu a carreira solo, enquanto realizou uma série de participações com vários outros artistas e projetos, além de um grupo designado a tocar exclusivamente material de sua fase com os maiores mascarados do rock – no bom sentido.

Em artigo para a Guitar World, o atual membro do Grand Funk Railroad escolheu os 10 guitarristas que moldaram seu som. Eles estão nominados abaixo, com os devidos comentários.

Os 10 guitarristas que moldaram o som de Bruce Kulick

1. Jimi Hendrix: “O rei dos guitarristas. Sua forma de tocar inovadora – tanto agressiva quanto doce – criou os sons mais incríveis para mim. Este mago de seis cordas criava tons maravilhosamente coloridos de sua Fender Stratocaster. Distorção e feedback maciços que realmente adicionaram outro nível de som nunca ouvido antes. O instrumento era uma extensão emocional de sua mente brilhante. Seus sons espaciais e o blues fora do padrão ultrapassaram os limites das cordas sob suas mãos grandes. Ele mudou a forma de tocar eternamente. Sempre será o rei da guitarra para mim.”

2. Eric Clapton: “‘Clapton is God’ foi escrito nas paredes do Reino Unido. E o que causou isso? A emoção crua desse homem, que criou magistralmente um tom de canto com sua guitarra. Este foi o vibrato que estudei, o tom pelo qual me esforcei. O Cream foi seu playground, sua contribuição naquela banda me fez estudar seus riffs, esperando alcançar o controle e a emoção que ele possuía.”

3. Jeff Beck: “Jeff levou a guitarra a outro nível. Seu uso do trêmolo era único. Sua habilidade sensível de fazer amor com a guitarra e depois destruí-la com abandono selvagem era notável. ‘Blow by Blow’ passou meses em minha mente. Eu ouvi cada nota, cada escolha de captador, cada movimento com seu volume e ganho enquanto ele espremia a essência de cada nota perfeitamente. Único e corajoso, seu toque lendário nunca será esquecido.”

4. Jimmy Page: “Como um guitarrista de estúdio se tornou um feiticeiro, criando álbuns inesquecíveis com guitarras? Jimmy me surpreendeu com o Led Zeppelin I, depois com o Led Zeppelin II e depois com o Led Zep… ah, você entendeu [risos]. Sua genialidade não estava apenas nos solos perfeitamente construídos – era criar esta banda com talento para entregar sua maestria. Quanto mais estudava seus riffs, mais o respeitava. Um gigante mental na guitarra.”

5. Brian May: “Ouvir Brian com o Queen me fez pensar: ‘O guitarrista desta banda está tocando um instrumento de orquestra. Ele é o violino principal, o violoncelista e a seção de cordas, tudo em um’. Escolhas brilhantes de notas – e o tom incrível de seus amplificadores Vox – despertaram em mim um interesse em como meus heróis usavam equipamentos diferentes para se destacarem do grupo. Brian tocando é tão elegante – este mestre britânico é a realeza do rock para mim.”

6. Leslie West: “O Mountain foi a resposta da América ao Cream. Leslie tinha o tom mais perfeito e vibrato semelhante a um vocal – com uma escolha de notas requintada. Sinto cada ataque de palheta, cada movimento de seu pulso – suas linhas eram emocionais e inesquecíveis. Eu trabalhei duro para imitar este homem gigante. Conhecê-lo anos depois e ele saber quem eu era foi uma honra. Este nativo de Nova York colocou a Les Paul Junior no mapa. O tom que criou a partir dela soa tão verdadeiro quanto aquele grande instrumento antigo.”

7. Eddie Van Halen: “EVH foi a máquina potente supercarregada que mudou para sempre o cenário da guitarra solo. Sua técnica poderosa, usando velocidade e controle, é o motivo pelo qual adorei sua forma de tocar. Também reinventou a guitarra base com as batidas dos dedos. Foi algo que estudei e, do meu jeito primitivo, fiz o meu. Um grande músico de blues.”

8. Steve Howe: “Steve Howe toca uma Gibson ES-175 – minha caixa de jazz favorita – e usa um tom muito mais limpo do que qualquer um dos meus outros heróis. Seu uso inovador de escalas e técnicas de digitação criou riffs únicos, fazendo eu ter que me esforçar muito para aprender. Peguei ideias emprestadas de Steve e ele influenciou alguns riffs icônicos do Kiss que eu contribuí para a banda. Sou grato por seu talento visionário que me fez pensar fora da caixa.”

9. Les Paul: “Sempre fui fascinado por Les. Conhecê-lo provou para mim que lenda ele era. Sentado na mesa ao lado em um clube de Nova York estava Jimmy Page, também presente para prestar homenagem a esse gênio. Les fez arte sem limites, ultrapassando as barreiras das técnicas de gravação e construção de guitarras. Mudou a forma como a música era feita e gravada. Deu tudo de si no que criou. Minha mente sempre ficava maravilhada ao ouvir seus discos. Combinar jazz e pop com todos aqueles truques me deixava fascinado, inspirado a gravar em casa e brincar com meus gravadores de quatro canais. Sua influência em mim foi menos sobre técnicas de guitarra e mais sobre aprender tudo o que eu estava curioso.”

10. David Gilmour: “Sempre escutei atentamente cada nuance da forma de tocar de David Gilmour. Suas linhas elevavam a música para o próximo nível, o que é muito importante para mim. O vibrato e a escolha de notas são inconfundivelmente brilhantes. A emoção que ele cria adiciona aquele elemento mágico especial à música. Seu solo durante ‘Comfortably Numb’ é um excelente exemplo de perfeição. As linhas crescentes que aparecem não são chamativas ou bombásticas – em vez disso, seu tom maciço e habilidade musical são usados para criar melodias em seus solos, o que ainda me inspira.”

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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