Por que Paul Stanley é injustiçado como guitarrista, segundo Gene Simmons

"Ele não recebe o respeito e reconhecimento que merece", disse o baixista, que elencou algumas das contribuições do amigo no instrumento

Paul Stanley, além de vocalista, é um dos guitarristas do Kiss. O próprio já admitiu em entrevista que, logo no início da carreira, percebeu que não queria ficar com os holofotes em relação ao instrumento e, sim, auxiliar no ritmo. Mas na opinião do companheiro de banda, o baixista e também cantor Gene Simmons, seu papel na guitarra vai além. 

Conversando com a Guitar Player (via Guitar), o Demon elogiou as habilidades do Starchild no instrumento de seis cordas. Ainda, para exemplificar, citou faixas que, em seu ponto de vista, atestam o talento e contribuição do outro músico – descrito como injustiçado nesse quesito.  

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Ele começou:

“Quando iniciamos a banda em 1972, existia essa ideia de que Paul e Ace se complementariam e tentariam não tocar a mesma variação de acordes. O resultado seria um grande som de guitarra com diferentes disposições de notas do mesmo acorde. Mas, claramente, muito disso veio de Paul, que não recebe o respeito e o reconhecimento que merece.”

Então, Simmons passou a elencar os mais importantes feitos do amigo à frente da guitarra no Kiss:

“Paul nunca foi apenas um guitarrista base. Ele também tem sido muito habilidoso como guitarrista solo. É Paul fazendo as funções do guitarrista solo em ‘A World Without Heroes’. É Paul tocando a harmonia no solo de ‘Detroit Rock City’. É Paul no início de ‘C’mon and Love Me’ e foi Paul quem criou a introdução de acordes na minha música ‘Deuce’. Sem esses acordes abrindo a música, simplesmente não teria o mesmo impacto, seria mais unidimensional. ” 

Paul Stanley e Jimmy Page

Não é segredo que Jimmy Page é uma das maiores influências de Paul Stanley. Na 11ª edição do Kiss Kruise, o Starchild chamou o guitarrista do Led Zeppelin de “meu Beethoven” e “um arranjador brilhante”. Para Gene Simmons, tal admiração fica clara no jeito em que o companheiro de banda toca guitarra, como pontuou também à Guitar Player: 

“A formação musical de Paul vai de bandas inglesas dos anos 1960 e 1970, especialmente o Led Zeppelin, até o The Byrds. Mas, claramente, o seu jeito como guitarrista solo tem influência do estilo de Jimmy Page e da maneira em que Page constrói um solo. O vibrato de Paulo, quando ele muda o tom, fica esquecido por algum motivo. Mas qualquer bom guitarrista dirá que seu vibrato é tão doce quanto mel.”

Sobre o Kiss

Idealizado por Paul Stanley e Gene Simmons, o Kiss vendeu mais de 100 milhões de discos em toda a carreira. É a banda de rock americana com maior número de discos de ouro e platina em toda a história.

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A formação atual ainda conta com o guitarrista Tommy Thayer e o baterista Eric Singer. Ace Frehley e Peter Criss, respectivos membros originais de cada função, chegaram a ser sondados sobre uma participação. Porém, ao menos até o momento, não houve um acerto entre as partes e eles devem ficar de fora da despedida.

A End of the Road Tour passou duas vezes pelo Brasil, ano passado e no atual. O giro mundial teve início antes da pandemia, obviamente sendo interrompido por conta da situação. As últimas apresentações acontecem nos dias 1 e 2 de dezembro, no Madison Square Garden, em Nova York, Estados Unidos. A escolha traz muitos significados, por se tratar justamente da cidade onde a banda começou, simbolizando o fechamento de um ciclo.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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