Tributo argentino Seattle Supersonics passeia por hits e lados B do Nirvana em São Paulo

Banda se mostrou entrosada com Orquestra Sinfônica Villa Lobos e cativou plateia de faixa etária diversa presente na Audio

O Seattle Supersonics, tributo argentino ao Nirvana, está em uma longa turnê pelo Brasil junto da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, regida por Adriano Machado. Na última sexta-feira (13), eles se apresentaram na Audio, em São Paulo, após terem passado por Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, São José dos Campos, Poços de Caldas e Belo Horizonte. Os próximos destinos são Criciúma, Brasília, Goiânia, Ribeirão Preto e Londrina.

Dividida em dois sets (com e sem orquestra), a apresentação conquistou o público, que compareceu em bom número e participou do começo ao fim. Havia, inclusive, fãs das mais diversas faixas etárias, o que comprova o quão atemporal é o trabalho de Kurt Cobain e companhia.

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*Fotos de Gabriel Gonçalves.

Foto: Gabriel Gonçalves

Uma curta introdução da Orquestra, em configuração reduzida, contou com um pot-pourri de alguns clássicos do grupo de Seattle. Em seguida, subiram ao palco sem muita cerimônia Ezequiel Dias (voz e guitarra), Estevan Molina (bateria) e Christian Monteiro (baixo), adotando um figurino social inspirado na apresentação do Nirvana no programa francês “Nulle Part Ailleurs”.

Foto: Gabriel Gonçalves

A explosiva “In Bloom” foi escolhida para abrir os trabalhos, mas contrariando as expectativas de um início totalmente enérgico, “About a Girl” e “Polly” vieram a seguir e ditaram um ritmo mais ameno. Ezequiel, além da aparência, parece incorporar também uma parte da personalidade mais introspectiva de Cobain no palco – não à toa, grande parte das conversas com o público partiram de Estevan.

Logo após, as agitadas “Breed” e “Been a Son”, seguidas pelo clássico “Smells Like Teen Spirit”, voltaram a acender o público. A partir destas canções, diversos “stage dives” – tão comuns em shows do Nirvana – passaram a acontecer, divertindo até mesmo os músicos.

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Foto: Gabriel Gonçalves
Foto: Gabriel Gonçalves

Destaque ao “Unplugged”

Após a apresentação do maior hit do Nirvana, surgiram em sequência “Dumb”, “Jesus Doesn’t Want Me For a Sunbeam”, “The Man Who Sold the World” (cover de David Bowie) e “All Apologies” foram apresentadas em sequência. As quatro faixas citadas estão presentes no “MTV Unplugged in New York” (1994).

Foto: Gabriel Gonçalves

Antes dessas canções, os músicos regidos por Adriano Machado apenas ofereciam complementos. Contudo, aquelas que já tinham versão acústica ganharam uma participação mais incisiva da Orquestra, que reforçou e destacou as melodias vocais e instrumentais, mas não a ponto de modificar a essência original.

“Heart-Shaped Box” e “Something in the Way” ganharam um tom ainda mais sombrio com os arranjos orquestrais – esta última com participação da plateia, acendendo as lanternas dos celulares a pedido de Estevan Molina. “Serve the Servants” e “You Know You’re Right” surpreenderam o público, que ainda assim fez coro nos refrães de ambas. Em seguida, o maestro Adriano Machado cedeu seu lugar ao convidado Anselmo Pereira, que assumiu a batuta durante “Drain You”.

Foto: Gabriel Gonçalves

“Lithium” foi a escolhida para encerrar o set com a Orquestra, com direito a Ezequiel Dias deixar a plateia cantar o primeiro verso. Antes de se despedirem, os músicos regidos por Adriano foram apresentados um a um pelo próprio maestro. Começaria, na sequência, o set “lado B”.

Foto: Gabriel Gonçalves

“Lado grunge”

“Vem aí agora o ‘lado grunge’ do show, aquele que os verdadeiros fãs de Nirvana gostam”. Foi assim que Adriano Machado definiu a segunda parte do show. Ezequiel, Christian e Estevan retornaram ao palco já sem as gravatas e camisas sociais, de uma maneira mais “Nirvana”. Os trabalhos foram retomados com “Love Buzz”, da banda holandesa Shocking Blues. “Floyd the Barber”, “Molly’s Lips” e “School” ajudaram a passar a sensação de como seria ir a um show do Nirvana antes de explodirem para o mundo em 1991.

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Foto: Gabriel Gonçalves

Durante “Aneurysm” as invasões de palco se intensificaram, exigindo trabalho dos seguranças. Os músicos se mostraram tão entusiastas dos “deep cuts” quanto dos grandes hits, entregando também ótimas performances nas músicas menos conhecidas. Até mesmo “Sappy”, que ficou de fora da tracklist de “In Utero” (1993), teve boa recepção da plateia, assim como “Rape Me”.

Foto: Gabriel Gonçalves

Retornando ao lado A, a introdução de “Come You As Are” voltou a acender o público que, ao final, viu a banda anunciar suas saideiras. A acelerada “Territorial Pissings” aumentou o mosh pit, enquanto o tradicional encerramento do Nirvana, “Endless, Nameless” – faixa escondida de “Nevermind” –, foi tocada com Ezequiel e Christian indo para a galera.

Foto: Gabriel Gonçalves

O Seattle Supersonics entregou um show bem executado, dando atenção também aos pequenos detalhes – já que, antes de tudo, os músicos também são fãs de Nirvana. A adição da Orquestra apenas complementou a apresentação, que foi preparada e realizada com muito respeito à memória do Nirvana, como prometido pela banda.

*Fotos de Gabriel Gonçalves. Mais imagens ao fim da página.

Foto: Gabriel Gonçalves

Repertório — Seattle Supersonics e Orquestra Sinfônica Villa-Lobos

Primeiro set, sem orquestra:

  1. In Bloom
  2. About A Girl
  3. Polly
  4. Breed
  5. Been A Son
  6. Smells Like Teen Spirit
  7. Dumb
  8. Jesus Doesn’t Want Me For A Sunbeam
  9. The Man Who Sold The World
  10. All Apologies
  11. Heart-Shaped Box
  12. Something In The Way
  13. Serve The Servants
  14. You Know You’re Right
  15. Drain You
  16. Lithium

Segundo set, sem orquestra:

  1. Love Buzz
  2. Floyd The Barber
  3. Molly’s Lips
  4. School
  5. Aneurysm
  6. Sappy
  7. Rape Me
  8. Come As You Are
  9. Territorial Pissings
  10. Endless, Nameless
Foto: Gabriel Gonçalves
Foto: Gabriel Gonçalves
Foto: Gabriel Gonçalves
Foto: Gabriel Gonçalves
Foto: Gabriel Gonçalves
Foto: Gabriel Gonçalves
Foto: Gabriel Gonçalves

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