Como a falta de técnica de Bill Ward cobrou seu preço, segundo Eloy Casagrande

Para o brasileiro, baterista do Black Sabbath segurava as baquetas como se estivesse cortando uma árvore

Eloy Casagrande tem o Black Sabbath como sua banda favorita entre aquelas que representaram seus primeiros contatos com o heavy metal. O baterista do Sepultura gostava em especial do responsável pelo mesmo instrumento no grupo, Bill Ward.

Em entrevista ao podcast Amplifica (via Whiplash), de Rafael Bittencourt (Angra), Casagrande definiu Ward como “genial” e “visceral”, muito em função de sua falta de técnica com as baquetas na mão.

“Eu já escutava rock clássico: Black Sabbath, Deep Purple, Van Halen, Led Zeppelin. Black Sabbath sempre foi minha banda predileta, minha banda do coração. Acho o Bill Ward genial, visceral. Não tinha técnica nenhuma. Só pegava a baqueta como se estivesse cortando uma árvore, segurando um machado. (risos) Não parecia que ele ia tocar bateria, parecia que ele ia bater um prego.”

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Bill Ward e as consequências da falta de técnica

A pedido de Rafael Bittencourt, Eloy Casagrande ainda estendeu sua análise ao desempenho de Bill Ward na reunião do Black Sabbath que aconteceu em 2005. O integrante do Sepultura destacou a influência da falta de técnica na integridade física do músico. 

“Cara, ele estava bem debilitado. Foi quando eles voltaram lá em 2004 ou 2005. Assisti ao DVD que eles fizeram nessa época e ele já estava bem debilitado. É muito triste. Mas realmente, eu acredito que hoje em dia ele estaria incapacitado de tocar. Como ele já estava muito mal em 2005 eu acho que seria muito difícil. Foram muitos anos tocando sem técnica, um cara que nunca foi preocupado com a técnica. Então isso foi prejudicando o corpo dele.”

Ainda durante a entrevista, Casagrande comentou sobre a importância da preparação física para seu desempenho na bateria e o papel da musculação no combate às dores da tendinite. 

“A preparação física ajuda muito. Ajuda bastante, pra tocar metal principalmente […] Eu comecei a fazer musculação porque eu tive tendinite. Eu tive dores crônicas da tendinite, porque ela nunca deixou de existir. Sempre ta aqui comigo. Só que a partir do momento que eu comecei a fazer musculação as dores desapareceram. Daí eu nunca mais deixei de fazer e eu nunca mais tive dor.”

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Eloy Casagrande e a bateria 

Baterista desde os sete anos de idade, Eloy Casagrande chegou a participar ainda criança de programas televisivos como o “Domingão do Faustão”, da TV Globo. Com carreira focada no metal desde a segunda metade dos anos 2000, o músico ainda revelou que a prática do instrumento foi responsável por lhe apresentar o gênero.

“Eu comecei só com a bateria. Eu não conhecia nenhuma banda. Eu não escutava nada, não sabia o que era legal, o que eu gostava. Eu só queria batucar. Às vezes porque vi um baterista na televisão, porque escutei uma música, ou vi uma bateria numa loja. Eu fui conhecendo bandas e bateristas depois. Daí eu falava: ‘esse cara toca bem, vou escutar’. E aí eu fui conhecendo aos poucos. Mas o meu real interesse foi pelo instrumento por si só.”

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Tairine Martins
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Tairine Martins é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Administra o canal do YouTube Rock N' Roll TV desde abril de 2021. Instagram: @tairine.m

5 COMENTÁRIOS

  1. o Bill está velho,abuser de drogas em boa parte da carreira,relacionar a falta de técnica à debilidade dele é um tanto sem sentido ,sem analisar o contexto da vida deste batera!

  2. Oi Casagrande, Bill Ward inventou uma técnica de tocar bateria inexistente até então. Ele foi pioneiro, genial e você falar que ela não tinha técnica é um absurdo. Ele não toca mais como antigamente por problemas de saúde e isso está muito bem documentado na literatura. Sinto em dizer, mas você simplesmente “viajou na maionese”.

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