Evergrey encerra Summer Breeze com empolgada melancolia
*Por Thiago Zuma
Terminadas as apresentações nos palcos abertos, o acesso ao Waves Stage estava concorrido para conferir a apresentação do Evergrey, a última da edição inaugural do Summer Breeze, restrita a quem comprou o passe do Summer Lounge. Mesmo sem show concomitante, o grupo não chegou a esgotar os assentos do auditório. Até porque o público pouco esperou sentado e foi logo se colocando nos corredores. Quando a banda sueca executou os primeiros acordes de “Distance”, a frente do palco já estava tomada por pessoas em pé.
O início cadenciado do melancólico som do grupo, que mistura power e prog metal com pitadas de doom no emotivo vocal de Tom S. Englund (também guitarrista e dono da banda), não pareceu tirar tanto a plateia de uma certa contemplação letárgica, até “Eternal Nocturnal” aumentar a velocidade e elevar os ânimos. O repertório teve mais da metade das músicas extraídas nos três últimos discos da prolífica banda, que visitava o Brasil pela quinta vez e já havia se apresentado na véspera como parte da Summer Party na Audio – o horário de início do evento recebeu uma leve alfinetada de Englund.
As melhores reações espontâneas do público vieram nas duas canções mais antigas da noite, “A Touch of Blessing” e “Recreation Day”, emendadas. Era tarde, as pessoas estavam cansadas da maratona e Englund fazia o que podia para manter o público animado, puxando os coros correspondidos pelo público em “Midwinter Calls”. O humor ácido do vocalista serviu também para tirar sarro de quem mal conseguia ficar em pé em frente ao palco. Além de dizer que a banda voltaria em novembro – para tocar melhores músicas –, ele pediu ironicamente para quem dormia nas cadeiras pelo menos acordar na última música.
Funcionou. A sorumbática “Save Us”, faixa do disco mais recente do Evergrey, “A Heartless Portrait (The Orphean Testament)” (2022), teve seu refrão cantando em coro pelo público para encerrar em nota alta a primeira edição do Summer Breeze. De muitas, esperamos.
Repertório – Evergrey:
1. Distance
2. Weightless
3. Eternal Nocturnal
4. King of Errors
5. A Silent Arc
6. Call Out the Dark
7. My Allied Ocean
8. A Touch of Blessing
9. Recreation Day
10. Midwinter Calls
11. Where August Mourn
12. Save Us
Guia:
Voodoo Kiss – página 02
Brutal Brega – página 03
Benediction – página 04
Marc Martel – página 05
Crypta – página 06
Tributo a Andre Matos – página 07
Tuatha de Danann – página 08
Lord of the Lost – página 09
Skid Row – página 10
Bruce Dickinson (palestra) – página 11
Sepultura – página 12
Perturbator – página 13
Lamb of God – página 14
Stone Temple Pilots – página 15
Accept – página 16
Blind Guardian – página 17
Apocalyptica – página 18
Velvet Chains (início do segundo dia) – página 19
Krisiun – página 20
Grave Digger – página 21
Project46 – página 22
H.E.A.T – página 23
Bury Tomorrow – página 24
Vixen – página 25
Finntroll – página 26
Testament – página 27
The Winery Dogs – página 28
Beast in Black – página 29
Kreator – página 30
Electric Gypsy – página 31
Napalm Death – página 32
Avantasia – página 33
Sinistra – página 34
Parkway Drive – página 35
Stratovarius – página 36
Evergrey – página 37
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Na verdade, eu fui pra ver o Marc Martel. Não só ele, claro. Mas ele era minha prioridade… E fiquei encantada com show. Amo o Queen e honestamente não gosto de outros cantores interpretando. Só o Marc.
Excelente festival para uma primeira edição no Brasil, organização e estrutura nota 9/10, local agradável, espaçoso e de fácil acesso.
Eu li no site do evento que a água seria potável, então imaginei que a água daquelas torneiras era potável e bebi várias vez. Inclusive vi muita gente bebendo. Acho que vou comprar um Annita, só por precaução.
O cartão de alimentação deveria ser gratuito e entregue na entrada, ganharam 7,00 de cada um.
O som estava realmente alto e isso afeta a audição, eu usei protetor de ouvidos de silicone, não atrapalha em nada e protege.
Soube que a vizinhança reclamou do volume, mas pelo menos ouviram 40 bandas de graça.
Notei algumas pessoas em cadeira de rodas e essas tiveram dificuldade de locomoção pelo evento.
Colocaram o Stratovarius no palco errado, o Ice Stage foi pequeno para o tamanho da banda e houve congestionamento na passarela. Muita gente teve que assistir ao lado dos banheiros e atrás das palmeiras.
Em relação aos banheiros, houve descaso da organização. Não tinha manutenção, nenhum funcionário colocando desinfetante ou lavando com água sanitária. Eu entrei com máscara, deixei a porta aberta e mesmo assim o mau cheiro de urina estava insuportável. As mulheres sofreram mais .
Gostaria de ver bandas de black metal no Summer Breeze 2024.
Minhas sugestões: Vader, And Oceans, Skyclad, Borknagar, In Flames, Amon Amarth, Rotting Christ, Acherontas, Dark Funeral, Melechesh, Dark Tranquility, Iced Earth, Solstafir, Anathema, Uganga, Arandu Arakuaa, Appalachian Winter, Eisregen, Enslaved, Satyricon, Taake, Ulver, Amorphis, Brujeria, Insomnium, Moonsorrow, Equilibrium, Einherjer, Possessed, Marauder, Iron Savior, Morgana Lefay, Arkona, Orphaned Land, Stille Volk, Sabaton, Arcturus, In Extremo, Agalloch, Mgla, Withim Temptation, Ad Infinitum, Pain Of Salvation, Vanden Plas, Royal Hunt, Limbonic Art, Rammstein.
Behemoth, Dimmu Borgir, Cradle of Filth e Cannibal Corpse sempre tocam em SP, mas seria bom ver novamente.
Creio que não teve mais gente por causa do Monsters, que foi uma semana antes e arrebenta o bolso do cidadão. Eu mesmo escolhi ir no Monsters, mas com grande vontade de ter ido ao Summer. No ano que vem, quem sabe.
Rapaz tenho a mesma opinião!! Difícil pensar que os organizadores não pensaram nessa questão de datas entre os festivais.
Acho que os dois festivais já estavam com data definida quando foram anunciados. Não daria para um mudar por conta do outro. Os dois se beneficiaram por ter feriado próximo (Monsters na sexta, Summer na segunda), o que facilita para quem vem de fora.