Joe Perry relembra som que o consagrou nos 1970s em “Sweetzerland Manifesto MKII”

Novo trabalho solo do guitarrista do Aerosmith traz seis faixas inéditas e versões retrabalhadas para quatro músicas do disco anterior, lançado em 2018

Quem acompanhou a passagem do The Joe Perry Project pelo Brasil ano passado – cobrimos tanto o show em Porto Alegre quanto o de São Paulo – pôde reparar como Joe Perry se comporta de forma mais espontânea com sua própria banda em comparação ao Aerosmith. Sem a estrela ofuscante de Steven Tyler por perto, o guitarrista se permite alçar voos mais livres e até mesmo experimentar de forma que o sucesso impede seu grupo original.

Cinco anos após o lançamento do álbum “Sweetzerland Manifesto”, o músico reaparece com um trabalho que é, basicamente, sua continuação. “MKII” traz seis composições inéditas, além de quatro versões retrabalhadas para faixas que já haviam entrado no antecessor. A sonoridade se vale dos caminhos do hard/classic rock com pegada blueseira. Não é tão diferente do que consagrou o protagonista, mas claramente possui um lado menos pop, especialmente em comparação às décadas mais recentes.

- Advertisement -

E se Steven não se faz presente, Perry compensa com a presença de dois contemporâneos – David Johansson (New York Dolls) e Robin Zander (Cheap Trick) – além de outra dupla que certamente foi influenciada pelo parceiro e desafeto – Chris Robinson (The Black Crowes) e Gary Cherone (Extreme, que vem acompanhando Joe ao vivo já há certo tempo), ambos novidades em comparação ao outro registro. Também há espaço para o veterano britânico Terry Reid (The Jaywalkers) desfilar sua classe aos 73 anos de idade.

Leia também:  Yungblud regrava hit do Kiss para trilha do filme “O Dublê”; ouça

A abertura com “Fortunate One” traz não apenas Robinson como Robert DeLeo, baixista do Stone Temple Pilots. É um hard rock vigoroso com slide guitar e piano, na linha do que consagrou o músico nos anos 1970. A vibração Aerosmithiana se mantém em “Quake”, com Cherone justificando o motivo de ter sido escolhido para representar o legado nos palcos.

Outros destaques vão para o próprio Perry assumindo a cantoria na funkeada “Time Will Tell” e Robin Zander manifestando a dramaticidade a la Alice Cooper (outro colega de Joe, dessa vez no Hollywood Vampires) em “Suck It Up” – outra com DeLeo no baixo. As músicas já conhecidas, no fim das contas, poderiam ter aberto caminho para mais inéditas. Apesar de boas, não havia a necessidade de inclui-las, no final das contas.

O Aerosmith promete encerrar atividades ano que vem – e pela idade e problemas de saúde dos envolvidos, não convém mais duvidar com a mesma intensidade de alguns anos atrás. Caso realmente aconteça, Joe Perry ainda tem muito a oferecer com os amigos que costuma reunir tanto em estúdio quanto ao vivo

Leia também:  Max e Iggor Cavalera regravam “Schizophrenia”, do Sepultura

Ouça “Sweetzerland Manifesto MKII” a seguir, via Spotify.

O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

.

Joe Perry – “Sweetzerland Manifesto MKII”

  1. Fortunate One (feat. Chris Robinson from The Black Crowes & Robert DeLeo from Stone Temple Pilots)
  2. Quake (feat. Gary Cherone from Extreme)
  3. I’ll Do Happiness (feat. Terry Reid)
  4. Aye Aye Aye (feat. Robin Zander from Cheap Trick)
  5. Man With a Golden Arm (instrumental)
  6. Time Will Tell
  7. I Wanna Roll (feat. David Johanson from New York Dolls)
  8. Suck It Up (feat. Robin Zander from Cheap Trick & Robert DeLeo from Stone Temple Pilots)
  9. Goes His Own Way (feat. Terry Reid)
  10. Won’t Let Me Go (feat. Terry Reid)

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioLançamentosJoe Perry relembra som que o consagrou nos 1970s em “Sweetzerland Manifesto...
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades