Tony Iommi parou de atear fogo em Bill Ward após bronca de mãe do baterista

Prática era comum nos primórdios da banda e deixou marcas físicas no membro original até hoje

Bill Ward sempre foi o alvo principal das brincadeiras na formação original do Black Sabbath. Por ter uma personalidade mais desligada e propensa a aceitar as traquinagens, o baterista sempre acabava se tornando a vítima. Uma das artimanhas preferidas de Tony Iommi era incendiar o amigo.

Em sua biografia, “Iron Man: Minha Jornada com o Black Sabbath”, o guitarrista lembrou de uma vez em que a situação não saiu como o esperado. Aconteceu durante as gravações de “Heaven and Hell”, primeiro álbum a contar com Ronnie James Dio nos vocais.

“Estávamos no Town House Studios, ele entrou e eu disse:

– Bill, posso pôr fogo em você de novo?

– Agora não, estou ocupado.

– Ah, tá bom.

E me esqueci completamente disso. Algumas horas mais tarde, Bill apareceu enquanto eu tocava guitarra e perguntou:

– Olha, vou voltar para o hotel, você ainda quer pôr fogo em mim ou não?

Martin Birch, o produtor, não conseguia acreditar.

– Ah, caramba… – disse ele.

Como Bill parecia tão interessado em fazer aquilo. Decidi caprichar e joguei nele um material com o qual os técnicos de estúdio limpavam os cabeçotes das fitas. As roupas dele absorveram o material. Acendi e ele pegou fogo feito uma bomba.”

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O pior é que ninguém se deu conta da extensão da gravidade na hora, o que fez Iommi se passar totalmente.

“Ele caiu no chão e comecei a derramar o limpador de cabeçotes em cima dele. Pensei que estivesse de brincadeira, mas na verdade, estava em chamas. O fogo consumiu a calça e derreteu suas meias. Ele teve queimaduras de terceiro grau nas pernas. Birch o levou às pressas para o hospital.”

Desde então, Tony nunca mais repetiu a “brincadeira”. E teve um motivo muito especial para tal, além do bom senso. Aquele que regula a humanidade desde que o mundo é mundo, mais conhecido como mamãe.

“A mãe de Bill me ligou. Todos os xingamentos que me dirigiu pelo telefone praticamente tostaram minha orelha.

– Seu idiota filho da p*ta, Bill pode perder a perna!

Caramba, me senti tão mal que não sabia o que fazer. No entanto, ele ficou bem, embora tenha mesmo ficado com marcas de queimadura nas pernas. Não muito tempo atrás, perguntei:

– Você ainda tem aquelas cicatrizes, Bill?

– Sim, ainda tenho.

Eu poderia tê-lo matado, o que passou dos limites para uma brincadeira inocente. Por isso, não pus mais fogo no Bill desde então.”

Bill Ward e Black Sabbath

Bill Ward sairia do Black Sabbath pela primeira vez no mesmo ano. Afundado nos vícios, o músico não conseguia seguir na banda sem o amigo Ozzy Osbourne. Tentou novamente várias vezes com outros vocalistas (Ian Gillan, David Donato e Tony Martin), mas nunca conseguiu se sentir confortável.

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Chegou a participar de várias turnês com os outros três originais a partir da segunda metade dos anos 1990. Porém, com severas condições de saúde, acabou afastado de momentos cruciais, como a gravação do álbum “13”, último da carreira da banda.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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