Linkin Park não se encaixava na “masculinidade tóxica” do nu metal, diz Mike Shinoda

Vocalista e multi-instrumentista afirma que o grupo não se identificava com tal ambiente e que as gravadoras os recusavam por causa disso

Logo nos primeiros anos de formação do Linkin Park, Mike Shinoda percebeu que a banda era diferente das outras de nu metal em certos quesitos. Na opinião do músico, o grupo não se encaixava em tal cenário não só musicalmente, como também por causa da masculinidade tóxica presente.

Em entrevista à Vulture, ele explicou o seu argumento. Segundo o vocalista e multi-instrumentista, no ínicio do Linkin Park, quando ainda tinham o nome de Xero, as gravadoras não assinavam com o grupo devido às suas influências ecléticas nas canções, que misturavam o trip-hop e o eletrônico com o hardcore e o metal. 

“Nos encontramos com todas as gravadoras, com a maioria das gravadoras menores, e fomos recusados por todas elas. Quando Chester Bennington entrou, pensamos: ‘agora vamos conseguir um contrato’. Nos encontramos com todo mundo novamente, nos apresentamos e todos nos recusaram de novo. Eu acho que pensaram que nossa combinação de elementos era muito esotérica.”

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Shinoda ainda considera que o som do Linkin Park era “introspectivo” e “menos agressivo” em comparação ao das outras bandas de nu metal, outro fator responsável por excluí-los dos demais. Para além de razões musicais, o tipo de ambiente não os agradava.

“O que acontecia na cena e que não gostávamos é que era muito um rock de universidade, uma masculinidade tóxica. Ainda não sabíamos esse termo, mas nós simplesmente não gostávamos de como tudo era sobre ser a m*rda de um cara durão, não nos identificávamos com isso. Então ninguém queria nos contratar porque não nos encaixávamos. Alguém me disse: ‘se vocês abrissem um show de Kid Rock ou Limp Bizkit, vocês apanhariam’. Foi uma piada, mas talvez seja verdade, pelo menos para mim. Eu teria apanhado. Chester não teria apanhado, ele acabaria com alguém também.”

Linkin Park atualmente

O Linkin Park segue em hiato desde 2017, quando Chester Bennington tirou a própria vida aos 41 anos. No momento, os integrantes não descartam a possibilidade de trabalhar juntos novamente.

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Para comemorar o 20º aniversário de lançamento do álbum “Meteora” (2003), edições especiais do disco, com materiais inéditos, serão disponibilizadas no dia 7 de abril. Até o momento, a banda já divulgou como prévia as faixas “Lost”, “Fighting Myself” e “Healing Foot”, gravadas durante as sessões do projeto. 

Durante uma recente entrevista com a rádio KROQ (transcrita pelo NME), Shinoda comentou sobre planos futuros do Linkin Park:

“Normalmente, eu tento administrar um pouco as expectativas, principalmente nos últimos. Certas coisas estão sendo cogitadas, enquanto outras não. Com esse lançamento, chocantemente, eu não acho que muitas coisas estão descartadas. Turnê é a única coisa fora de cogitação. Não faremos isso.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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