Guns N’ Roses seria cancelado se surgisse nos dias de hoje, diz Slash

Para o guitarrista, se a internet tivesse existido quando a banda surgiu, as coisas teriam sido diferentes

Em 1988, o Guns N’ Roses lançou uma das músicas mais polêmicas de sua carreira: “One in a Million”. A faixa, presente no álbum “GN’R Lies”, usa um termo racista (“n*gg*r”) e fala de imigrantes, negros e homossexuais de forma pejorativa.

Ao longo dos anos, cada integrante da banda expressou diferentes opiniões sobre a canção. Devido à polêmica, em 2018 “One in a Million” não entrou no box set de 2018 que relançou “Appetite for Destruction” (1987) – outras faixas do material se fizeram presentes.

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Durante uma recente entrevista ao Yahoo Entertainment, o guitarrista Slash foi perguntado sobre toda essa controvérsia, já que o “GN’R Lies” completa 35 anos em 2023. Para o músico, se houvesse internet antigamente, o Guns N’ Roses teria sido cancelado não só por causa de “One in a Million”, mas por diversos outros motivos.

“Para ser honesto, eu realmente não pensei sobre isso recentemente. Mas a maior parte de tudo o que o Guns N’ Roses fez teria nos cancelado hoje em dia. Com certeza não teríamos nos saído bem nesse meio, em muitos níveis. Muitas coisas daquela época não seriam aceitáveis nesse momento. Estou feliz que não tínhamos internet, teria sido um mundo completamente diferente. De qualquer forma, não fico preso a isso.”

Em resposta, a entrevistadora Lyndsey Parker pediu alguns exemplos de “atitudes canceladoras” que a banda teve no passado. Com um sorriso, Slash disse que não conseguia citar porque “foi realmente a maioria das coisas”.

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A opinião de Slash sobre “One in a Million”, do Guns N’ Roses

Conversando com a revista Q em 2010 (via Songfacts), Slash deu sua opinião a respeito de “One in a Million”. O músico, que é filho de mãe negra, não gostou do conteúdo e não queria gravar a música quando o vocalista Axl Rose a mostrou.

“Nós não concordamos sobre isso e quanto mais eu discutia, mais inflexível ele era sobre deixar a faixa de fora. Tenho certeza de que ele estava ciente da minha herança familiar, mas ao mesmo tempo, ele tinha seu próprio ponto de vista que queria transmitir. Não fiquei surpreso com o nível de controvérsia que causou. Havia muita atenção para a homossexualidade naquela época e, como sempre, para o racismo, e eu acho o tom dessa música ofensivo. Não concordei com isso quando saiu e ainda não concordo, mas ninguém realmente se importa mais. Foi lamentável na época, mas o que foi feito, foi feito.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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