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A razão pela qual Steve Morse está prestes a se aposentar dos shows

Desde que deixou o Deep Purple em 2022, guitarrista tem mantido ritmo constante de apresentações, o que pode mudar em breve

Desde que deixou o Deep Purple em julho de 2022, Steve Morse tem investido em outros projetos. Após excursionar com o Dixie Dregs no ano passado, o guitarrista está fazendo agora uma série de shows com a sua banda solo como parte da turnê “The Triangulation”, que acaba domingo (26), em Connecticut, nos Estados Unidos. 

Apesar do ritmo constante de performances, o futuro na estrada é incerto. Durante uma entrevista à Guitar World, o músico de 71  anos explicou o motivo. 

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Ainda em janeiro de 2024, o artista revelou que, por causa da artrite, precisou mudar a técnica que utilizava ao tocar. Com o avanço da doença, porém, a tarefa tem ficado cada vez mais difícil. Sendo assim, o instrumentista acredita que não aguentará a “rotina intensa de apresentações” por muito mais tempo.

Ele relatou:

“Eu tive que criar novas maneiras de palhetar porque cada osso da articulação dói em um grau diferente, dependendo do ângulo em que posiciono a mão. […] Preciso praticar diferentes formas de segurar a palheta, diferentes ângulos, e decidir se dobro o braço ou se toco a partir do cotovelo. É muita coisa. Você precisa realmente, realmente querer tocar para conseguir fazer isso com o avanço da artrite. Eu não sei o que vai acontecer. Quando acordo, será que vou conseguir mexer a mão ou não? Não sei. Até agora, tenho conseguido e cumprido todos os shows. Mas acho que meu tempo de seguir essa rotina intensa de apresentações está chegando ao fim. Essa janela está se fechando.”

No momento, Morse quer focar em compor e não descarta parcerias com outros músicos. A respeito do futuro, o músico fez a seguinte previsão:

“Meu foco agora é compor e, possivelmente, tocar com alguma ajuda, com outros músicos, isso é bem possível. Vejo um futuro, mas não me vejo como um músico contratado, porque eu não conseguiria me igualar ao nível dos instrumentistas que existem hoje. E guitarristas, hoje em dia, literalmente aparecem aos montes.”

No mês passado, o guitarrista anunciou o lançamento do disco “Triangulation”, com participações de Eric Johnson e John Petrucci. Com 9 músicas, o álbum chega a público no dia 14 de novembro. 

Steve Morse e a saída do Deep Purple

Steve Morse deixou oficialmente o Deep Purple em julho de 2022. Primeiro, a decisão, anunciada em março daquele ano, seria temporária, com Simon McBride assumindo a função como substituto enquanto o titular cuidava de sua esposa com câncer. Acabou por se tornar definitiva e o “reserva” se tornou titular.

Roger Glover admitiu que a banda rompeu com o integrante — não o contrário, tampouco uma decisão em comum acordo. Durante entrevista à edição 330 da Classic Rock, em julho do ano passado, o baixista elencou todos os motivos que levaram à dispensa. 

Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, ele revelou:

“Steve realmente queria acabar com a banda durante o álbum ‘Infinite’ (2017). Ele dizia: ‘estamos de volta ao topo, estamos indo bem, vamos encerrar as coisas em grande estilo’. Isso não caiu muito bem comigo ou com qualquer outra pessoa, na verdade. Em primeiro lugar, não quero parar. Em segundo lugar, parar em grande estilo não é a maneira com que a banda resolve as coisas.”

Depois de muitas análises, o Deep Purple optou por demitir Morse. Presente na formação desde 1994, o guitarrista soube da notícia primeiramente por meio da equipe do grupo e, obviamente, não ficou feliz, nas palavras de Glover:

“Foi muito difícil. Conversamos sobre isso, discutimos várias vezes. Pensamos: ‘o que vamos fazer?’. Não podíamos ficar sem tomar nenhuma atitude, precisávamos fazer alguma coisa. Ele recebeu [a notícia de que estava sendo demitido] do nosso empresariamento, mas liguei para ele e conversamos. Ele também não estava feliz. Foi difícil e triste. Depois de 28 anos fazendo ótimas músicas com Steve, foi… para mim foi uma decisão difícil. Mas às vezes é a vida.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

3 COMENTÁRIOS

  1. Todo mundo já sabia. Sem Ritchie Blackmore, e depois, sem Jon Lord, a coisa não ia caminhar. Quem segura as pontas é Ian Paice. Esse trio gostava de música, e não de dinheiro. Quando o Ian Paice pular fora a canoa afunda. Ah, e antes que me esqueça: Ian Gillan é um idiota, arrogante, que se acha o dono da banda.

  2. Acabei esquecendo. Quem leu “A Morte e a Morte de Quincas Berro D’água”, do grande Jorge Amado vai entender. Deep Purple hoje é um defunto, carregado pra tudo quanto é canto, na esperança que seja ressuscitado.

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