...

A trabalhosa peça que o “engraçado” George Harrison pregou em Phil Collins

Baterista do Genesis participou de “All Things Must Pass” (1970), mas sua colaboração não apareceu no resultado final — o que rendeu uma boa pegadinha do guitarrista

Phil Collins teve a oportunidade de trabalhar com George Harrison. Em 1970, o baterista do Genesis, que até então era um novato e integrava o Flaming Youth, participou como músico de estúdio das sessões de “All Things Must Pass” (1970), terceiro álbum solo do Beatle.

Sua função era tocar conga na faixa “The Art of Dying”. Porém, como o próprio diz que não tinha muita habilidade à época, suas mãos acabaram sangrando e sua contribuição não apareceu no resultado final.

- Advertisement -

À Classic Rock, o artista contou:

“Alguns meses depois, comprei o álbum numa loja local, olhei os créditos e eu não estava lá. Pensei que era algum erro, mas era uma versão diferente da música, que eu não participei.”

Só que o saudoso Beatle resolveu sacaneá-lo por causa disso anos mais tarde. Em 2001, o guitarrista enviou uma edição de “All Things Must Pass” para o colega de profissão com uma pegadinha: acrescentou a parte da conga propositalmente alterada “da pior forma possível”.

Collins revelou: 

“Recebi uma fita de George Harrison com uma nota dizendo: ‘esse é você tocando?’. Vou correndo ouvir e imediatamente reconheço. De repente, as congas entram, muito altas e simplesmente horríveis. E no final da fita você ouve George Harrison dizendo: ‘podemos gravar de novo sem o tocador de conga?’ […]. E eu disse para George no telefone: ‘agora percebo que fui demitido por um Beatle’. E ele respondeu: ‘Não se preocupe, foi uma brincadeira. Eu fiz Ray Cooper tocar muito mal [para te enviar]. Achei que você gostaria’.” 

Como repercutido pela Prog, o músico ainda acrescentou que as congas enviadas pelo amigo “soavam horríveis” e que, infelizmente, nunca conseguiu revidar a peça: 

“Soavam horríveis. Pensei: ‘Eu era tão ruim assim? Não é à toa que não usaram minha parte!’ Depois descobri que o George tinha chamado o percussionista Ray Cooper para regravá-la de propósito, da pior forma possível, e me enviou essa versão. Nunca consegui revidar […] Ele era um homem muito engraçado, muito engraçado. E ele adorava pregar peças nas pessoas.” 

Sobre George Harrison

Nascido em Liverpool, Inglaterra, entrou no The Quarrymen aos 15 anos. Permaneceu por toda a evolução do grupo, até chegar aos Beatles, ficando na banda até seu final.

Logo a seguir, deu início a uma carreira solo que não foi tão constante, mas se destacou por seguir caminhos diferentes em comparação aos colegas, integrando aspectos filosóficos e idealistas ao conteúdo.

Também foi o responsável pela formação do Traveling Wilburys, supergrupo que contava com Bob Dylan, Tom Petty, Jeff Lynne e Roy Orbison. Ainda participou de álbuns de Cream, Eric Clapton, James Taylor, Gary Moore, Paul Simon, Badfinger, Jim Capaldi e trabalhos solo de seus antigos colegas de banda, entre vários outros.

Morreu de câncer aos 58 anos, no dia 29 de novembro de 2001.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesA trabalhosa peça que o “engraçado” George Harrison pregou em Phil Collins
Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades