Yngwie Malmsteen é conhecido por utilizar as guitarras Fender Stratocaster desde que atingiu a fama. Inclusive, o sueco disse que, quando começou a tocar, sequer considerou outro modelo. Ainda assim, o músico sabe exatamente qual instrumento optaria caso a versão não existisse.
Durante uma sessão de perguntas e respostas com fãs, o artista revelou que, se a Fender Stratocaster desaparecesse do mundo, provavelmente escolheria usar uma Flying V. Lançado em 1958, o modelo célebre da Gibson foi popularizado por nomes como Albert King, Jimi Hendrix, Michael Schenker, K.K. Downing e Paul Stanley, tendo ainda uma variação famosa da Jackson, usada por Randy Rhoads e outros.
Conforme transcrição da Ultimate Guitar, ele contou:
“Provavelmente uma Flying V. Tenho algumas Flying Vs, gosto delas. São estilosas e tudo mais. Mas a Strat é uma máquina perfeita — tudo nela é impecável.”
Em 2020, Yngwie chegou a publicar nas redes sociais uma imagem rara na qual tocava uma Flying V — porém, adaptada ao seu estilo. No passado, ele utilizou o instrumento com a banda Alcatrazz, antes de iniciar a carreira solo.
À Premier Guitar, em 2008, ele também confirmou que possui diferentes modelos, apesar da óbvia preferência. Citando também a Les Paul, afirmou na ocasião:
“Tenho Les Pauls, Flying Vs e tudo o mais. Gosto delas. São muito boas, mas não estão no mesmo universo da guitarra que eu uso. Tem a ver com meu som e ter aquele sentimento.”
Yngwie Malmsteen e o renascimento da Fender Stratocaster
Como mencionado, desde que alcançou a fama, Yngwie Malmsteen sempre foi fiel às guitarras Fender Stratocaster — até mesmo em uma época em que, ao seu ver, o modelo não era tão bem-visto na cena do rock e metal. Por isso, o próprio guitarrista acredita ter contribuído para o renascimento do instrumento nos anos 1980.
Durante entrevista à Guitar World, o músico afirmou que as Stratocaster convencionais da fabricante eram “fora de moda” durante o período mencionado – quando marcas como Jackson, ESP, Charvel e Ibanez ganhavam mais espaço. Porém, como ressaltado, tudo mudou com o lançamento de seus primeiros discos, “Rising Force” (1984) e “Marching Out” (1985), nos quais até mesmo as capas trazem o modelo.
Comparando a Strat com um “carro velho” para exemplificar a questão, ele disse:
“A Strat era o mais ‘fora de moda’ que você podia imaginar. Isso é uma coisa que as pessoas esquecem. Nos anos 80, ter uma Fender Strat era tipo ter um carro velho e ouvir alguém te dizendo: ‘por que você tá dirigindo essa porcaria velha, cara?’. Se sua guitarra não tivesse uma ponte Floyd Rose, as pessoas estranhavam. A menos que você fosse um guitarrista de blues, ninguém tocava com Strato.”
Conversando com a Guitar Magazine em 2019, o sueco alegou ter salvado a Fender tamanho o impacto do seu disco de estreia. Nas palavras do artista, a empresa enfrentava muitas dificuldades e baixas vendas, quando o cenário mudou com a chegada do material no mercado:
“No final dos anos 1970, duas coisas aconteceram. A Fender quase saiu do mercado e, em 1981, foi comprada por outros dois caras. Eles basicamente começaram de novo e estavam tendo um pouco de dificuldades, então meu álbum ‘Rising Force’ saiu… O disco mudou todo o cenário, e o que estava na capa? Uma Fender Stratocaster. Aquele maldito álbum salvou a companhia deles! Eles disseram que, quando o trabalho saiu, eles não conseguiam construir guitarras rápido o suficiente. Sendo que, antes disso, eles não estavam vendendo nada.”
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