Maconheiros? A clássica banda de rock que nunca atraiu Gene Simmons

Baixista e vocalista destacou que a banda não conseguiu o mesmo sucesso fora dos Estados Unidos

O Grateful Dead é mais do que uma banda, mas um verdadeiro culto. Mesmo sem Jerry Garcia, os remanescentes mantiveram um público fiel que os acompanha até hoje, no Dead & Company – que se tornou a segunda atração a realizar uma temporada no The Sphere, logo após o U2.

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No entanto, ninguém é unanimidade, como sabemos. Gene Simmons confessa que nunca esteve entre os apreciadores do grupo. As razões são várias e foram explicadas pelo músico durante recente entrevista à Forbes.

Disse o baixista e vocalista do saudoso Kiss – a banda, não a marca:

“O Grateful Dead nunca foi minha banda favorita. Se você toca um instrumento, sabe que Jerry Garcia tinha um alcance limitado em sua habilidade de tocar. Isso não significa que você não pode gostar da música. Mas não se iluda, a razão pela qual o The Dead — na América do Norte, não na América do Sul ou Europa — costumava encher estádios de pessoas […] o que você faz quando vai aos shows do Dead? Qual é a primeira coisa que vem à sua mente?”

Deadheads e a “erva”

A resposta esperada por Simmons foi exatamente a que o jornalista contrapôs: a maconha, que tanto marcou a carreira do grupo, criando uma série de estereótipos entre seus fãs, os Deadheads.

“Claro! Se eu citar Taylor Swift, os fãs também criaram uma cultura, são chamados de Swifties! A propósito, você pode pesquisar no Google quando Taylor Swift e sua banda se vestiram como Kiss. Mas fumar maconha é a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando pensa nos Swifties? Claro que não, pois é uma cultura diferente.”

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Nesse momento, entra em cena o discurso antidrogas que Gene encampou durante toda a carreira.

“A cultura Dead nunca fez parte da minha cultura porque eu não fico chapado. Eu não quero ficar na garupa de uma caminhonete seguindo uma banda por aí. Enquanto isso acontece, todo mundo fica chapado — você nem sabe qual é a música — é uma reunião da tribo. Eles conseguiram, sem planejar, criar uma cultura em torno da banda. Aquele logotipo! Mas não era sobre as palavras ou as músicas.”

Sobre o Grateful Dead

O Grateful Dead foi formado em San Francisco no ano de 1965 e ajudou a liderar a revolução contracultural do final daquela década. Eles desenvolveram uma reputação de artistas ao vivo imperdíveis e lançaram vários álbuns de ouro e platina ao longo de sua existência de 30 anos.

O grupo se desfez após a morte de Jerry Garcia no ano de 1995. Em 2015, remanescentes lançaram o Dead & Company com vários outros músicos, marcando um dos retornos mais bem-sucedidos da história recente da indústria. O astro pop John Mayer tem sido um companheiro frequente na nova etapa.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

4 COMENTÁRIOS

  1. O cara que consumia cocaína como se fosse oxigênio e fazia campanha anti drogas, assim que as coisas são, gosto de algumas coisas do kiss, mas falta criatividade, quem sabe uma erva não seria o que faltou pro kiss ser uma banda melhor.

    • Ele ”amadureceu”. Todo mundo do rock, seja fãs ou musicos, sempre causavam essa percepção de uso de drogas.
      Porém, além do Gene Simmons, o Iron Maiden também nunca foi adepto desse tipo de vicio, ao menos não abertamente, com exceção de um outro membro, como Paul Di’Anno, que deixou o grupo após dois discos, o lance deles é chopp.
      O Ozzy também, depois de tanto tempo de ”loucura”, que lhe cobrou um alto preço causando problemas de saúde, ele finalmente adotou uma linha antidrogas a si mesmo. Afirma que nem sequer, bebe mais.

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