Por que o blues está destruindo o rock, segundo Julian Casablancas (Strokes)

Vocalista entende que influência tem se provado negativa e pede que outras inspirações sejam exploradas

É difícil encontrar alguém que não goste de blues e suas derivações. Afinal de contas, o gênero deu origem a outros estilos musicais também adorados em todo o planeta, como jazz, R&B e rock and roll.

No entanto, Julian Casablancas parece não ter muita paciência para o formato. Ou ao menos está impaciente com sua influência onipresente, em especial no rock.

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O assunto foi abordado por Casablancas em entrevista de 2021 à Rolling Stone. Na época, a banda do cantor, o Strokes, havia acabado de vencer um Grammy de Melhor álbum de rock com “The New Abnormal” (2020).

Como detentor de um prêmio importante, ele foi convidado a refletir sobre os rumos do rock para os próximos anos. Como resposta, desejou o fim do chamado blues rock.

Julian deixou claro que não acredita que o rock esteja morto. Porém, segundo ele, o estilo precisa explorar outras influências.

“Eu acho que as pessoas que dizem que as coisas estão ‘mortas’, eu sinto que isso significa que a imaginação delas possivelmente morreu. Há espaço para tantos gêneros musicais – não necessariamente blues rock, por favor, chega disso. “Todos os tipos de gêneros musicais podem se misturar de muitas maneiras. As próprias tonalidades, ou estilos de canto ou diferentes flexões de notas. Você pode cantar uma música árabe com um sotaque country ou vice-versa, há muito espaço para coisas.”

Em seguida, complementou apresentando algumas possibilidades:

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“Todos os tipos de gêneros musicais podem se misturar de muitas maneiras. As próprias tonalidades, ou estilos de canto ou diferentes flexões de notas. Você pode cantar uma música árabe com um sotaque country ou vice-versa, há muito espaço para coisas.”

Julian Casablancas e o blues rock

Ainda durante a entrevista, Julian Casablancas elaborou um pouco melhor a crítica. O vocalista do Strokes declarou ser contra a “emulação” de uma sonoridade antiga, algo que, de fato, é muito popular atualmente.

“Tudo o que é batido, a tendência é que essas coisas sejam extintas e você evolui a partir dessas coisas. Mas o que isso significa, como vai ser chamado, quem sabe como isso vai ser chamado? O rock and roll deveria definitivamente parar de ser feito como era antes, não precisamos mais disso.”

O guitarrista Albert Hammond Jr, que também participava da entrevista, pareceu ter percebido que a declaração geraria polêmica. Então, destacou:

“Não importa para onde achamos que o rock deveria ir. Podemos esperar para ver. Isso não é parte da diversão?”

Novo álbum do Strokes

“The New Abnormal” segue como o trabalho mais recente do Strokes. Em 2022, foi revelado que eles viajaram à Costa Rica com o produtor Rick Rubin no processo de gravação de seu novo álbum de estúdio, ainda não anunciado.

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Em entrevista para o Joe Rogan Experience, transcrita pelo Consequence, o megaprodutor falou da experiência passada no topo de uma montanha na América Central.

“Nós alugamos essa casa no topo de uma montanha e montamos o equipamento da banda do lado de fora. Então era como se eles estivessem fazendo um show para o oceano do topo da montanha. E nós fizemos isso todo dia — foi incrível. Eles não queriam ir embora, foi a melhor experiência possível.”

Em uma publicação no Instagram, o vocalista Julian Casablancas revelou mais detalhes sobre o projeto:

“É verdade, Strokes fez uma jam e começou algumas coisas, mas ainda estamos muito longe de estar perto de qualquer tipo de remotamente quase pronto… Volte em um ou dois anos, honestamente.”

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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