O truque usado por Paul McCartney ao compor “Michelle”, dos Beatles

Embora a canção não tenha se tornado um hit do tamanho de vários outros de sua carreira, músico a considera um ponto alto

Apesar de não figurar entre os maiores clássicos dos Beatles, “Michelle” é conhecida o suficiente para ser considerada um hit de certa magnitude. Mas independente de sua fama, Paul McCartney a considera um dos grandes momentos da carreira como compositor.

Com direito a passagens em francês, a canção foi uma amostra da evolução que o Fab Four alcançava a cada novo lançamento. Não à toa, serviu até mesmo para começar a desmistificar a ideia de que os rapazes de Liverpool não poderiam compor algo com mais conteúdo do que seus sucessos iniciais.

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Em entrevista de 1994 ao Music Radar, resgatada pelo Showbiz Cheatsheet, o baixista e vocalista refletiu sobre a obra.

“Na verdade, a melodia dela foi pensada na hora. Não tivemos muito tempo para trabalhar. Era preciso pensar por si mesmo, essa era a questão. Nunca havia feito aquela linha antes de gravar. Não consigo cantarolar nada de antemão tendo o baixo como referência.”

Ainda assim, o resultado foi o tipo de situação que faz todo o esforço valer a pena, Macca garante.

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“Eu me lembro daquela linha contra os acordes descendentes, foi um grande momento na minha vida. É um truque bastante conhecido, tenho certeza que os músicos de jazz já fizeram isso. Mas de onde quer que eu tenha tirado, em algum lugar do meu cérebro ouvi: faça isso, vai ser bom.”

Beatles e “Michelle”

“Michelle” foi incluída no álbum “Rubber Soul” (1965). Foi lançada como single em alguns mercados da Europa e Oceania, chegando ao topo na Bélgica, França, Noruega, Países Baixos e Nova Zelândia.

Posteriormente, ganhou regravações em diferentes idiomas através de artistas como The Overlanders, Bárbara y Dick, Billy Vaughn, Andy Williams e Mango. O Beatallica a fundiu com “For Whom the Bell Tolls”, do Metallica, dando origem a “For Whom Michelle Tolls”, presente no disco “Abbey Load” (2013).

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Sobre “Rubber Soul”

Sexto álbum da discografia inglesa, “Rubber Soul” mostra os Beatles explorando novas sonoridades pela primeira vez, apostando em influências de folk, soul music e psychedelic rock. Vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo. Ganhou premiação de ouro no Brasil.

Foi a primeira vez que o nome do grupo não apareceu na capa. O título foi adaptação a uma crítica que Paul McCartney ouviu de um músico americano sobre Mick Jagger ter alma de plástico (plastic soul). A foto reflete a proposta da alma de borracha.

No mesmo dia em que o disco saiu, a banda lançou o single “Day Tripper/We Can Work It Out”. As canções não entraram no álbum.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. Desculpe, com todo respeito, mas a frase inicial do texto está totalmente equivocada. Michelle é um megaclássico dos Beatles. Premiada com o Grammy de melhor canção do ano de 1966, é, segundo BMI (Businnes Music, Inc), uma das músicas mais executadas e regravadas da história (dos Beatles, ocupa o segundo lugar nestes quesitos, atrás apenas de Yesterday). O fato de não ter sido lançada como single no Estados Unidos e Inglaterra foi uma decisão dos Beatles, mas ela foi o principal sucesso de Rubber Soul, álbum que foi primeiro lugar nos dois países citados e em em vários outros, vendendo milhões de cópias.

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