O pior disco que K.K. Downing gravou na carreira

Escolha recaiu sobre álbum que sucedeu o maior sucesso comercial na história do Judas Priest

Em 1980, o Judas Priest lançou o disco que o consagraria mundialmente. “British Steel” aproximou a banda inglesa do público americano, adotando uma sonoridade menos elaborada, escorada em hits certeiros como “Breaking the Law”, “Living After Midnight”, “Metal Gods” e “United”.

Sendo assim, nada mais natural que o grupo decidisse “surfar a onda” no trabalho seguinte. Mas foi justamente aí que a coisa falhou. Ao menos é a visão do guitarrista K.K. Downing.

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Questionado pela revista Classic Rock sobre qual seria o pior álbum que já gravou, o músico até hesitou, mas não fugiu.

“Jesus, terei que escolher ‘Point of Entry’ (1981). Ainda assim, há ótimas músicas nele. Isso é tão, tão difícil de responder.”

Já na hora de optar pelos melhores, o instrumentista não fugiu novamente. Desta vez, do clichê de mencionar os recentes.

“Sem desculpas, devo escolher os dois do KK’s Priest, ‘Sermons of the Sinner’ (2021) e o novo, ‘The Sinner Rides Again’ (2023). Fiquei orgulhoso de ambos. Eles resumem tudo sobre mim e quem eu sou. Continuam meu legado e carregam as marcas do passado.”

Subestimado, segundo Rob Halford

A opinião de Rob Halford sobre “Point of Entry” é um pouco diferente. Em entrevista ao Ultimate Classic Rock, o vocalista definiu o disco como “subestimado”, saiu em defesa dos experimentos e relembrou que o grupo sempre buscava expandir horizonte quando entrava em estúdio.

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“Era um período em que gravávamos um disco e turnê por ano. Não sei como conseguíamos, meu cérebro mal processa isso olhando para trás. Mas o fato é que conseguimos.”

Algumas músicas, como “Heading Out to the Highway” e “Hot Rockin’” se sobressaíram. Porém, o Metal God também cita outros pontos fortes.

“‘Turning Circles’ não é uma ‘Painkiller’, mas ainda soa como Judas Priest. Você ouve o disco na íntegra e ele tem vida própria.”

Judas Priest e “Point of Entry”

Lançado em 26 de fevereiro de 1981, “Point of Entry” intensificava a aproximação do Judas Priest com elementos mais acessíveis após o sucesso de “British Steel”. Pela primeira vez a banda gravou em Ibiza, Espanha, protocolo que seria adotado nos lançamentos seguintes.

Ao contrário do que acontecia até então, as composições foram feitas durante as sessões. A ideia era capturar a mesma energia que o grupo possuía nos shows. Uma capa alternativa foi usada para Estados Unidos, Brasil, Ásia e Oceania. Os músicos já declararam considerar ambas horríveis.

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O trabalho ganhou disco de ouro nos Estados Unidos e prata no Reino Unido. Vendeu pouco mais de um milhão e meio de cópias em todo o mundo, número bem inferior ao de seu antecessor.

Foram lançadas como singles as músicas “Don’t Go”, “Hot Rockin’” e “Heading Out to the Highway”. “Desert Plains” também fez sucesso junto aos fãs, sendo tocada em turnês desde então.

O encarte da edição remasterizada divulgada em 2001 define o álbum da seguinte forma:

“Gravado na ilha de Ibiza com múltiplas distrações, um sol glorioso e bebidas alcoólicas de custo extremamente baixo, este disco foi recebido de forma mista porque era diferente do que as pessoas esperavam. O álbum foi quase todo composto e tocado espontaneamente em Ibiza – foi experimental no sentido de que a maior parte das músicas já havia sido composta antes de entrar em estúdio.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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