Os 10 discos que mudaram a vida de Richie Faulkner, do Judas Priest

De Hendrix a Bryan Adams, de Pantera a Genesis, guitarrista mostra sua ecleticidade no campo do rock

Richie Faulkner é um exemplo de perseverança. Na carreira artística, encarou uma série de trabalho até se tornar o guitarrista de uma das bandas mais icônicas do heavy metal, o Judas Priest. Na vida pessoal, superou um gravíssimo problema de saúde, voltando a tocar após procedimentos complexos visando salvá-lo.

Toda essa história é pontuada por uma trilha sonora de respeito. Em artigo ao Music Radar, o instrumentista citou os discos que o acompanharam nessa trajetória.

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1. Jimi Hendrix – Electric Ladyland (1968): “Eu tenho que começar com Jimi porque ninguém coloca um disco de Hendrix pela primeira vez e não é afetado por isso. Se alguém disser o contrário, acho que está mentindo! Você pode odiá-lo, pode amá-lo, mas não pode deixar de ser influenciado pelo ataque sonoro e visual do trabalho daquele homem em meados dos anos 60. Meu pai colocou a música ‘House Burning Down’ ou ‘Voodoo Child (Slight Return)’ quando eu era criança. Eu não sabia o que era uma guitarra na época, mas havia algo subconsciente acontecendo dentro de mim que perguntava: ‘O que é isso?!’ Meus ouvidos aguçaram e eu queria saber mais sobre isso. Eu nunca tinha ouvido nada parecido antes, era de outro mundo, mas eu sabia que precisava de mais. Foi apenas um som que ressoou em mim aos seis ou sete anos de idade.”

2. UFO – Live At The Roundhouse (1977): “Falando em guitarristas que usam o wah de uma forma única, tenho que ir com este também. Michael Schenker sempre oferece uma masterclass em guitarra de rock. Se você quer tocar esse tipo de música, ouça esse disco e aprenda tudo o que o Michael faz e agora você estará tocando do jeito que deve ser tocado, na minha opinião.”

3.  Metallica – …And Justice For All (1988): “Eu sou um grande fã do Metallica e este disco recebe muitas críticas… todos nós sabemos o porquê. Mas foi minha introdução à música deles, então, embora irritasse algumas pessoas no lado do baixo, para mim, como um jovem adolescente, eu realmente não entendia coisas assim naquela época. Era assim que o disco soava, sabe? Foi agressivo e complexo, com ótimas músicas. Era tudo o que eu procurava na adolescência.”

4. Iron Maiden – Live After Death (1985): “Eu chegava em casa todos os dias depois da escola e colocava esse disco para tocar quando todo mundo estava saindo. Acho que foi a primeira fita do Maiden que comprei. Eu amo a vibração de um bom disco ao vivo. Você pode ouvir o público e sentir a energia da banda no palco. Obviamente, é Dave Murray de um lado e Adrian Smith do outro na captação do áudio. Eu aprendia as partes de cada um e depois desligava um dos lados, quase como se estivesse interpretando o show como eles. Então, todos os dias depois da escola, eu tocava isso religiosamente. Geralmente eram as partes de Dave Murray, porque ele é uma das minhas maiores influências.”

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5. Bryan Adams – Into The Fire (1987): “Eu cresci no início dos anos 80, então essas coisas são uma grande parte de quem eu sou musicalmente. Meu primeiro show foi Bryan Adams em 1987, eu acho. Ele estava na turnê ‘Into The Fire’ e T’Pau estava abrindo. A coisa toda foi ótima. Bryan Adams ainda é um dos meus favoritos até hoje. Esse álbum e o anterior, ‘Reckless’, costumavam ser tocados no carro com meu pai o tempo todo. Ele aumentava o volume adequado para que eu soubesse o quão alto os shows seriam. Ambos os álbuns têm canções de rock matadoras com melodias fantásticas e composições geniais.”

6. Black Sabbath – Volume 4 (1972): “Há cerca de três ou quatro álbuns do Sabbath sobre os quais sempre discuto comigo mesmo em relação ao favorito, mas devo dizer que o ‘Volume 4’ pode ser muito especial porque é o que meu pai me mostrou pela primeira vez, junto com o do Hendrix. Os primeiros discos que ele tocou para mim foram esse, ‘Electric Ladyland’, um do Thin Lizzy e ‘Machine Head’ do Deep Purple. Esses foram os quatro que eu me lembro. O ‘Volume 4’ parece superar os outros agora, mas isso pode mudar na próxima semana!”

7. Iron Maiden – Somewhere In Time (1986): “Acho que foi o primeiro álbum de estúdio do Maiden que comprei, com 11 ou 12 anos de idade. Ele simplesmente me surpreendeu. Não estou sozinho nisso e é por isso que o Maiden é um fenômeno global. Passei pelas obras de arte na loja e vi Eddie parecendo um ciborgue em um cenário estilo Blade Runner. Como não comprar?!”

8. Judas Priest – Painkiller (1990): “Quando eu estava entrando no Metallica, também comecei a ouvir Priest e esse foi meu álbum de estreia. Havia algumas músicas que estavam no meu radar, como ‘You’ve Got Another Thing Coming’, ‘Breaking The Law’ e ‘Living After Midnight’, mas eu não tinha ideia de quem era a banda. Ouvir aquela introdução de bateria no início da adolescência foi muito intenso e rapidamente descobri que era a mesma banda que fez essas outras músicas que eu já conhecia.”

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9. Genesis – Invisible Touch (1986): “Ok, não é o Genesis de Peter Gabriel, que a maioria das pessoas considera ser o verdadeiro. Mas eu gosto deste álbum dos anos liderados por Phil Collins. Escutei por duas semanas seguidas, o que quando você é jovem parece muito tempo. Aprendi todas aquelas letras palavra por palavra. Eu sei que o material mais antigo era mais progressivo e era isso que Steve Harris costumava ouvir muito, e então eles foram um pouco mais voltados para o pop. Mas é o que é, é isso que eu gosto.”

10. Pantera – Far Beyond Driven (1994): “O que você ouve no início da adolescência é o que fica e molda quando está seguindo em frente. Para mim, era tudo sobre Murray e Smith, Hammett e Hetfield, e depois Dimebag. Eu estava tocando em pubs em Londres com bandas cover, o que realmente ampliou minha visão musical. Comecei a ouvir coisas que nunca tinha ouvido antes e antes disso eu estava meio cego… mas é por isso que Maiden, Metallica e Pantera deixaram uma marca tão grande em mim. É difícil escolher entre ‘Cowboys From Hell’, ‘Vulgar Display Of Power’ e ‘Far Beyond Driven’ porque todos eles mudaram minha vida, mas talvez tenha sido o último o que mais ouvi.”

Sobre Richie Faulkner

Nascido em Londres, Richie Faulkner começou a tocar guitarra inspirado por Jimi Hendrix. Foi incentivado pelo pai, que também se aventurava pelo instrumento e o ensinou as primeiras lições.

Teve uma relação próxima com Steve Harris nos primeiros passos da carreira, tocando em grupos apadrinhados pelo líder do Iron Maiden, como Dirty Deeds, Voodoo Six e a banda de Lauren Harris, filha do baixista.

Desde 2011 integra o Judas Priest, tendo substituído K.K. Downing. Gravou dois álbuns de estúdio e dois trabalhos ao vivo com a banda até o momento. O próximo já está a caminho.

Richie Faulkner colaborou ainda com o ator Christopher Lee no álbum “Charlemagne: The Omens Of Death”, de 2013, trabalhando nos arranjos. Recentemente, lançou “Horns for a Halo”, primeiro disco do projeto Elegant Weapons.

Veja também: entrevista com Richie Faulkner

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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