Por que não foi o grunge que derrubou o Ratt, segundo Stephen Pearcy

Vocalista entende que o excesso de bandas soando iguais no período acabou levando à saturação do hard rock oitentista

Quando o Nirvana estourou com “Smells Like Teen Spirit”, puxando outras bandas junto rumo ao topo, estava decretada uma nova era na indústria musical. Conhecido pelo nome de grunge (embora os próprios protagonistas não se sentissem confortáveis com rótulos), a cena que tinha Seattle como sede extraoficial varreu o hard rock oitentista – denominado hair metal de forma pejorativa – do mapa.

Porém, nem todo mundo enxerga a situação apontando os roqueiros alternativos como vilões da história. Vocalista do Ratt, Stephen Pearcy revelou sua visão sobre o assunto durante entrevista à Goldmine Magazine. E deixou claro entender que o movimento mercadológico foi absolutamente normal.

“Muitas pessoas acham que o grunge teve um grande impacto sobre nós. Mas, naquele momento, não tinha nada a ver com o que aconteceu com Ratt. Quero dizer… podemos reivindicar a propriedade parcial da música que saiu no início dos anos 1980, mas quando a década acabou e o álbum ‘Detonator’ foi lançado, a cena estava totalmente inundada com bandas pré-fabricadas. Isso era um problema tão grande quanto qualquer outro. Chegou a um ponto em que as pessoas diziam: ‘Você tem que se vestir desse jeito, se mexer desse jeito, cantar desse jeito’, e toda essa bobagem.”

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O cantor ressaltou que o excesso de atrações semelhantes levou à inevitável saturação, fazendo com que o público cansasse.

“O mundo inteiro estava cheio de mini-Mötley Crües e mini-Ratts. Era demais. As coisas passaram de incríveis para absolutamente piores muito rapidamente. Quando todo mundo está fazendo a mesma música, usando os mesmos produtores e os mesmos diretores de vídeo, você terá um problema. Então, eu não culpo o grunge tanto quanto culpo tudo o que estava acontecendo naquela época.”

Sobre o Ratt

Com 7 álbuns de estúdio lançados, o Ratt vendeu mais de 20 milhões de cópias em toda a carreira. Após uma série de desavenças, que incluiu um período com diferentes versões coexistindo, a banda se encontra em um hiato de atividades.

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Recentemente, foi lançado o box-set “The Atlantic Years: 1984-1991”, contando com os 5 primeiros discos do grupo, além do single “Nobody Rides For Free”, originalmente exclusivo da trilha do filme “Point Break” – conhecido no Brasil como “Caçadores de Emoção”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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