A magia de se ouvir música em discos de vinil, explicada por Brian May

Guitarrista do Queen ainda falou sobre a importância de formatos físicos para ele sentir nas mãos o fruto de seu trabalho

Após décadas sendo considerados obsoletos, os discos de vinil tiveram seu retorno nos anos 2010. Tornaram-se novamente a forma preferida de amantes da música e artistas para usufruir de lançamentos físicos. E Brian May parece saber disso.

Em entrevista à Goldmine para promover o box set “Star Fleet Sessions”, o guitarrista do Queen refletiu sobre sua relação com os bolachões.

“Existe uma magia no vinil. Não tem como escapar disso. Algo acontece quando você coloca um disco de vinil no toca-discos. Tem uma conexão que de alguma forma é melhor que a digital, na minha opinião. Então é lindo poder fazer isso.”

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O artista também destacou a importância de formatos físicos como uma forma de sentir nas mãos o fruto do próprio trabalho.

“Eu sou da velha guarda – além de ser extremamente velho! – e isso sempre foi algo que me empolgou e continua me empolgando. Eu adoro produtos físicos. Eu adoro segurar nas minhas mãos. Meio que conclui todo o trabalho feito naquilo; você segura, toca, cheira, desembrulha e aí encontra esses maravilhosos tesouros dentro. Pra mim, ainda é a coisa que mais me excita sobre o meu trabalho; segurar nas minhas mãos e sentir: ‘sim, esse projeto é realidade, e é isso, está nas minhas mãos agora’.”

Brian May e “Star Fleet Sessions”

“Star Fleet Sessions” reúne gravações feitas por Brian May em 1983 acompanhado do tecladista Fred Mandel, o baterista Alan Gratzer, o baixista Phil Chen e o guitarrista Eddie Van Halen. O projeto surgiu da ideia inusitada do guitarrista de regravar o tema de uma série de animação feita com bonecos chamada “Star Fleet”, que ele se tornou viciado entre discos do Queen. Ele contou à Goldmine:

“Eu costumava acordar sábados de manhã para ver o próximo episódio dessa aventura espacial de ficção científica, que era toda feita com bonecos marionete. Era meio baixa tecnologia, mas eu e meu filho, então com 5 anos, ficávamos maravilhados. E tinha essa música, essa música que me pegou…”

Confira abaixo a versão de Brian May para o tema de “Star Fleet” e compare com a original.

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Outro célebre entusiasta

Entre os vários artistas entusiastas dos discos de vinil, está Jimmy Page. O guitarrista do Led Zeppelin já falou sobre seu apreço pelos LPs em entrevista à Classic Rock.

“Eu literalmente nunca parei de ouvir discos de vinil. Fiquei muito desapontado quando os CDs surgiram, pois eu não gostava do som deles. Perdeu-se muito com os CDs e então os MP3s. Tiraram muito da profundidade do som, toda a qualidade panorâmica em três dimensões ou até cinco dimensões. Dessa forma, foi ótimo ter o ressurgimento recente do vinil.”

Na visão de Page, há outro elemento dos bolachões que não se deve descartar: a experiência tátil oferecida pelo material físico.

“Além do som, há a experiência tátil, a arte, as notas do encarte que você pode ler sem usar uma lupa e o ato de colocar um álbum para tocar. É um pequeno ritual adorável do qual nunca me canso.”

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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