H.E.A.T entrega 100% no palco e é recompensado
*Por Igor Miranda
Em dado momento da apresentação do H.E.A.T, o vocalista Kenny Leckremo – de volta à formação após uma década sendo substituído por Erik Grönwall (agora no Skid Row) – chegou a lamentar pelos 60 minutos destinados a seu set. Encantado pela excelente recepção do público, ele disse: “Eu ficaria aqui o dia todo se deixassem”.
Com todo o respeito, duvido que conseguisse permanecer por mais alguns minutos além do combinado. Tanto Leckremo quanto seus colegas Dave Dalone (guitarra), Jimmy Jay (baixo), Don Crash (bateria) e Jona Tee (teclados) entregaram tudo em cima do palco. Chegaram a ficar ensopadas as mechas frontais da vasta cabeleira de Kenny, que deitou (literalmente) e rolou no palco, percorrendo cada centímetro dele e ainda descendo pra galera. De onde eu venho, é assim que se faz show. E o quinteto, potência do hard rock melódico da Suécia, foi recompensado com uma já mencionada recepção excepcional do público, acima do que eles próprios pareciam esperar.
Para além da empolgação e da capacidade de envolver o público, o H.E.A.T foi perfeito em execução – Kenny tirou de letra os complicados vocais gravados por Erik – e, especialmente, repertório. Os integrantes parecem saber que seus melhores trabalhos foram gravados com Grönwall, portanto, mantiveram deste período a maior parte das canções executadas: sete de um total de 11.
Do material feito com Leckremo, destacaram-se a forte abertura “Back to the Rhythm” e a vanhalenesca “Beg Beg Beg”, estendida para uma carismática interação com o público. Já das canções da fase Grönwall, não houve como não se empolgar com o groove de “Rock Your Body”, o apelo melódico de “Dangerous Ground”, a envolvente “Living on the Run” ou a grudenta “A Shot at Redemption”.
Trazer o H.E.A.T para o Summer Breeze foi um dos grandes acertos do festival. Todos saíram ganhando, inclusive a banda, que talvez nunca viesse em outra oportunidade. Agora, conquistaram público o suficiente para uma viagem futura a um país que já tem até fã-clube dedicado (responsável pela bandeira entregue na parte final do set) mesmo antes de seu primeiro show local.
Repertório – H.E.A.T:
1. Back to the Rhythm
2. Dangerous Ground
3. Rock Your Body
4. Come Clean
5. Redefined
6. Hollywood
7. One by One
8. Solo de guitarra + Beg Beg Beg
9. 1000 Miles
10. Living on the Run
11. A Shot at Redemption
Guia:
Voodoo Kiss – página 02
Brutal Brega – página 03
Benediction – página 04
Marc Martel – página 05
Crypta – página 06
Tributo a Andre Matos – página 07
Tuatha de Danann – página 08
Lord of the Lost – página 09
Skid Row – página 10
Bruce Dickinson (palestra) – página 11
Sepultura – página 12
Perturbator – página 13
Lamb of God – página 14
Stone Temple Pilots – página 15
Accept – página 16
Blind Guardian – página 17
Apocalyptica – página 18
Velvet Chains (início do segundo dia) – página 19
Krisiun – página 20
Grave Digger – página 21
Project46 – página 22
H.E.A.T – página 23
Bury Tomorrow – página 24
Vixen – página 25
Finntroll – página 26
Testament – página 27
The Winery Dogs – página 28
Beast in Black – página 29
Kreator – página 30
Electric Gypsy – página 31
Napalm Death – página 32
Avantasia – página 33
Sinistra – página 34
Parkway Drive – página 35
Stratovarius – página 36
Evergrey – página 37
Na verdade, eu fui pra ver o Marc Martel. Não só ele, claro. Mas ele era minha prioridade… E fiquei encantada com show. Amo o Queen e honestamente não gosto de outros cantores interpretando. Só o Marc.
Excelente festival para uma primeira edição no Brasil, organização e estrutura nota 9/10, local agradável, espaçoso e de fácil acesso.
Eu li no site do evento que a água seria potável, então imaginei que a água daquelas torneiras era potável e bebi várias vez. Inclusive vi muita gente bebendo. Acho que vou comprar um Annita, só por precaução.
O cartão de alimentação deveria ser gratuito e entregue na entrada, ganharam 7,00 de cada um.
O som estava realmente alto e isso afeta a audição, eu usei protetor de ouvidos de silicone, não atrapalha em nada e protege.
Soube que a vizinhança reclamou do volume, mas pelo menos ouviram 40 bandas de graça.
Notei algumas pessoas em cadeira de rodas e essas tiveram dificuldade de locomoção pelo evento.
Colocaram o Stratovarius no palco errado, o Ice Stage foi pequeno para o tamanho da banda e houve congestionamento na passarela. Muita gente teve que assistir ao lado dos banheiros e atrás das palmeiras.
Em relação aos banheiros, houve descaso da organização. Não tinha manutenção, nenhum funcionário colocando desinfetante ou lavando com água sanitária. Eu entrei com máscara, deixei a porta aberta e mesmo assim o mau cheiro de urina estava insuportável. As mulheres sofreram mais .
Gostaria de ver bandas de black metal no Summer Breeze 2024.
Minhas sugestões: Vader, And Oceans, Skyclad, Borknagar, In Flames, Amon Amarth, Rotting Christ, Acherontas, Dark Funeral, Melechesh, Dark Tranquility, Iced Earth, Solstafir, Anathema, Uganga, Arandu Arakuaa, Appalachian Winter, Eisregen, Enslaved, Satyricon, Taake, Ulver, Amorphis, Brujeria, Insomnium, Moonsorrow, Equilibrium, Einherjer, Possessed, Marauder, Iron Savior, Morgana Lefay, Arkona, Orphaned Land, Stille Volk, Sabaton, Arcturus, In Extremo, Agalloch, Mgla, Withim Temptation, Ad Infinitum, Pain Of Salvation, Vanden Plas, Royal Hunt, Limbonic Art, Rammstein.
Behemoth, Dimmu Borgir, Cradle of Filth e Cannibal Corpse sempre tocam em SP, mas seria bom ver novamente.
Creio que não teve mais gente por causa do Monsters, que foi uma semana antes e arrebenta o bolso do cidadão. Eu mesmo escolhi ir no Monsters, mas com grande vontade de ter ido ao Summer. No ano que vem, quem sabe.
Rapaz tenho a mesma opinião!! Difícil pensar que os organizadores não pensaram nessa questão de datas entre os festivais.
Acho que os dois festivais já estavam com data definida quando foram anunciados. Não daria para um mudar por conta do outro. Os dois se beneficiaram por ter feriado próximo (Monsters na sexta, Summer na segunda), o que facilita para quem vem de fora.