Nikki Sixx não tocou baixo nos discos do Mötley Crüe? Bob Rock esclarece

Recente declaração do produtor repercutiu de forma incorreta, fazendo com que ele soltasse uma “errata”

Reza a lenda que você é responsável pelo que fala, mas não por como os outros irão entender. Porém, também há outro que fala que quando as pessoas não compreenderam o que você disse a culpa é sua. Talvez a coisa se equilibre entre os polos. Mas o fato é que o produtor Bob Rock precisou explicar uma recente declaração ao podcast “Talk is Jericho”.

Ao contar que o baixista Nikki Sixx duvidava da própria capacidade a ponto de pensar que alguém substituía suas partes nos primeiros discos do Mötley Crüe, o canadense fez muita gente pensar que o líder e principal compositor da banda realmente não o fazia. Eis o que foi falado, conforme transcrição do Loudwire:

“Enquanto fazia ‘Dr. Feelgood’, Nikki disse para mim ‘Acho que nunca toquei em nenhum dos discos do Motley Crue. Parece que alguém vem à noite e substitui todas as minhas partes. Então, eu realmente não sei tocar baixo.’ Respondi a ele ‘Que pena. Você está tocando baixo nesse aqui.’ Fiz muitas edições e o fiz tocar todas as notas.”

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A coisa mudou bastante com o tempo.

“Quando fizemos as músicas do ‘The Dirt’, fui vê-lo e começamos a trabalhar nas demos. Ele pegou o baixo, começou a tocar e eu disse: ‘Ei, ei, ei. O que é acontecendo aqui?’ Ele teve aulas de baixo por cinco anos e se tornou um músico incrível. Acho isso muito legal. Naquele ponto de sua carreira e ele queria ser melhor. Eu admiro isso.”

Após a repercussão, foi publicada a seguinte nota oficial:

“Ontem, em um podcast com Chris Jericho, contei uma história sobre como trabalhar com Nikki Sixx e o Mötley Crüe no disco do ‘Dr. Feelgood’. Infelizmente, como muitas coisas na Internet hoje, foi tirado do contexto e mal interpretado. Quando comecei a trabalhar com eles, a banda estava sóbria pela primeira vez e Nikki particularmente estava se recuperando de um vício muito público em heroína. Brincávamos muito e ele, em seu estilo autodepreciativo, dizia que nem se lembrava de ter tocado em seus discos anteriores. Essa foi sua maneira de dizer que estava disposto a fazer o melhor que pudesse e gravar o melhor álbum da carreira da banda. O que conseguimos. Em nenhum momento eu realmente pensei que Nikki não tocava baixo nos discos do Mötley Crüe. Ele é um dos músicos mais únicos e talentosos do mundo e sua abordagem ao instrumento é parte do que tornou o grupo excelente ao longo dos anos.

Por fim, eu estava comentando e elogiando Nikki porque ele nunca para de aprender e nunca para de melhorar. Eu o respeito por sempre querer ser melhor em seu ofício, como isso mostra. Já trabalhei com algumas das maiores bandas do mundo e posso dizer inequivocamente que Nikki Sixx é um dos músicos, letristas e compositores mais talentosos com quem tive o prazer de interagir. E se a Internet quiser se apegar a uma história de um ou dois bytes de som, é extremamente lamentável porque não reflete a verdade das contribuições que ele fez à música nos últimos 40 anos.

Mahalo – Bob Rock”

Bob Rock e Mötley Crüe

Bob Rock produziu dois álbuns do Crüe: “Dr. Feelgood” (1989), maior sucesso comercial da banda; e “Motley Crue” (1994), único a contar com John Corabi nos vocais. Ele também comandou a mesa nas faixas inéditas da coletânea “Decade of Decadence” (1991) e na trilha sonora do filme “The Dirt” (2019).

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Recentemente, voltou a trabalhar com o grupo. De acordo com o próprio, três novas faixas foram registradas. São as primeiras a contar com John 5 como guitarrista oficial, no lugar de Mick Mars. Ainda não há previsão de lançamento.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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