A opinião de Nick Mason sobre regravação de “Dark Side” por Roger Waters

Baixista anunciou recentemente que havia registrado uma nova versão do clássico álbum sem o envolvimento de seus antigos colegas

Nick Mason, eterno baterista do Pink Floyd, deu sua opinião sobre a decisão de seu ex-colega Roger Waters regravar o clássico álbum “The Dark Side of the Moon” sem os demais músicos do grupo.

O assunto foi abordado durante uma sessão playback do disco original, que completou 50 anos de lançamento recentemente, em um estúdio de Londres. A transcrição é do NME.

“Ele, na verdade, me enviou uma cópia do que estava trabalhando, escrevi pra ele e disse: ‘irritantemente, é absolutamente brilhante!’. Não é algo que estraga o original como um todo, está mais para uma adição interessante à coisa.”

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O músico também explicou por que se mostra aberto a trabalhos que revisitem clássicos da música e os explorem de uma maneira diferente.

“Uma das coisas que eu gosto a respeito de qualquer pedaço existente de uma música é desenvolvê-la ou encontrar alguma qualidade extra nela. Eu gosto dessa ideia de desenvolver uma música ao invés de tentar mantê-la exatamente como ela era.”

Roger Waters regrava “The Dark Side of the Moon”

Roger Waters fez o anúncio da regravação de “The Dark Side of the Moon” no último mês de fevereiro. Como o trabalho não contou com o envolvimento de seus ex-colegas de Pink Floyd, fãs o acusaram de ter feito isso por conta de suas constantes discordâncias com os demais músicos do grupo.

Waters já se defendeu e explicou por que regravou o álbum sozinho.

“Quando gravamos músicas da minha carreira de forma simplificada durante as Lockdown Sessions, o 50º aniversário do lançamento de ‘Dark Side of The Moon’ estava surgindo no horizonte. Ocorreu-me que o álbum poderia muito bem ser um candidato adequado para uma reformulação semelhante, em parte como uma homenagem ao trabalho original, mas também para abordar novamente a mensagem política e emocional dele.

Eu discuti isso com Gus (Seyffert, produtor) e Sean (Evans, cineasta). Quando paramos de rir e gritar ‘Você deve estar louco’ um com o outro, decidimos levar adiante. Estamos agora no processo de finalização da mixagem. Ficou muito bom e estou animado para que todos ouçam. Não substitui o original que, obviamente, é insubstituível. Mas é uma maneira de um homem de 79 anos olhar para trás, através dos 50 anos intermediários, nos olhos do homem de 29 anos e dizer, citando um poema meu sobre meu pai: ‘Fizemos o nosso melhor, mantivemos sua confiança, nosso pai teria ficado orgulhoso de nós’. E também é uma maneira de homenagear uma gravação da qual Nick, Rick, Dave e eu temos todo o direito de nos orgulhar.”

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Já em entrevista ao The Telegraph, o discurso adotado foi um pouco mais ácido. O músico afirmou que, por ter sido o principal responsável pela concepção do disco, poderia tomar a liberdade de regravá-lo.

“Eu escrevi ‘The Dark Side of the Moon’. Vamos nos livrar desse negócio de ‘nós’. Claro que nós éramos uma banda, tinham quatro de nós, todos contribuímos – mas é meu projeto e fui eu que escrevi.”

Segundo Tristram Fane Saunders, que entrevistou Waters para o veículo e pôde ouvir uma prévia da regravação, a grande mudança são partes de spoken word por cima das faixas instrumentais, com o artista declamando poemas. “Money” também ganhou uma versão com influência country. Já “Breathe” foi reimaginada com um groove mais lento.

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Ainda de acordo com Saunders, a regravação de “The Dark Side of the Moon” deve ser lançada em maio.

Nick Mason de volta a Pompeia

Enquanto isso, Nick Mason também estará envolvido em um plano que contempla material do Pink Floyd. O baterista voltará à cidade italiana de Pompeia com sua banda, Nick Mason’s Saucerful of Secrets, mais de 50 anos após a gravação do lendário show “Live at Pompeii”, feito no anfiteatro local e registrado sem plateia.

O grupo – formado também por Dom Beken (teclado), Lee Harris (guitarra), Gary Kemp (guitarra) e Guy Pratt (baixo) – fará um show em Pompeia no dia 24 de julho, como parte de sua turnê pela Europa. O repertório, como de praxe, deverá ser composto apenas por músicas dos primeiros álbuns do Pink Floyd, pois o projeto homenageia as obras anteriores a “The Dark Side of the Moon” (1973).

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Já que o anfiteatro em si não poderá ser utilizado, a apresentação acontecerá no Grand Theatre, cujo destaque, segundo um site turístico, é a arquitetura helenística e a ótima acústica. A novidade foi confirmada em um comunicado nas redes sociais.

“Outro segredo foi revelado: Nick Mason’s Saucerful of Secrets vai ir para Pompeia em julho. Com o anfiteatro indisponível para shows agora, a banda se apresentará no igualmente antigo Grand Theatre, nas ruínas.”

Depois de cumprir as nove datas no continente europeu, o Nick Mason’s Saucerful of Secrets segue para a Austrália. A banda tem compromissos marcados até setembro deste ano.

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Augusto Ikeda
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Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no mercado desde 2013 e já realizou trabalhos como assessor de imprensa, redator, repórter web e analista de marketing. É fã de esportes, tecnologia, música e cultura pop, mas sempre aberto a adquirir qualquer tipo de conhecimento.

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