Radiohead hoje é um coletivo como o Wu-Tang Clan? Baterista responde

Philip Selway revelou que embora integrantes se encontrem regularmente para discutir o futuro, projetos paralelos são prioridade no momento

O baterista do Radiohead, Philip Selway, afirmou que o grupo opera atualmente em um esquema de coletivo musical, ao contrário de uma banda de fato.

O assunto foi abordado em uma entrevista a Steven Hyden, do Uproxx, para falar sobre seu novo álbum, “Strange Dance”, que saiu nesta sexta-feira (24). Selway refletiu sobre a profusão de projetos paralelos dos colegas e como, para ele, tudo é integrado:

“Todos os outros projetos que fazemos, eu olho para eles e penso que tudo cabe sob o guarda-chuva do Radiohead. É parte da riqueza do que a gente faz. E eu ainda me identifico como integrante do Radiohead.”

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Quando Hyden compara essa postura ao coletivo de hip-hop Wu-Tang Clan, Selway responde de maneira bem-humorada:

“Eu não faria essa afirmação para nós, isso pode soar meio inapropriado quando a gente fala. Mas existe esse tipo de senso coletivo com relação ao que estamos fazendo, sim.”

O futuro do Radiohead

Philip Selway aproveitou para dar uma atualização sobre os planos do grupo em geral. O baterista havia dito em janeiro que esperava atividades do grupo em 2023, mas agora, ao Uproxx, comentou sobre como as atividades individuais estão exigindo mais atenção:

“Nós nos encontramos bem regularmente, e falamos sobre o que podemos fazer. Mas a gente também fala bastante sobre nossos próprios projetos em que estamos trabalhando naquele momento. Agora, parece que todos esses projetos diferentes são onde nossa atenção precisa ser colocada. Ed (O’Brien, guitarrista) está fazendo um disco solo agora e vai ser ótimo. Thom (Yorke, vocalista e guitarrista) e Jonny (Greenwood, guitarra) estão trabalhando em mais coisas do The Smile, e foi incrível vê-los ano passado. E aí tem o Colin (Greenwood baixista) meio que ganhando da gente de goleada, trabalhando com Nick Cave e Warren Ellis.”

Leia também:  Axl Rose volta a participar de show de Billy Joel nos EUA

Philip Selway e “Strange Dance”

O terceiro álbum solo de Philip Selway, “Strange Dance”, chega por meio da gravadora Bella Union. Ouça a seguir.

Ao contrário do folk quieto de seus dois primeiros álbuns solo, “Familial” (2010) e “Weatherstone” (2014), “Strange Dance” foi concebido como um disco mais ambicioso. Em declaração oficial, Selway afirmou:

“A escala dele foi bem deliberada por mim, desde o início. Eu queria que a paisagem sonora fosse vasta e alta, mas capaz de embrulhar esse vocal íntimo no coração de tudo.”

A premissa usada por Selway para juntar colaboradores caracterizou o projeto como “Carole King com baterias da produtora eletrônica Daphne Oram”. Entre os convidados que gostaram da ideia estão Hannah Peel, Adrian Utley, Quinta, Marta Salogni, Valentina Magaletti, e Laura Moody.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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“Todos os outros projetos que fazemos, eu olho para eles e penso que tudo cabe sob o guarda-chuva do Radiohead. É parte da riqueza do que a gente faz. E eu ainda me identifico como integrante do Radiohead.”

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“Eu não faria essa afirmação para nós, isso pode soar meio inapropriado quando a gente fala. Mas existe esse tipo de senso coletivo com relação ao que estamos fazendo, sim.”

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“Nós nos encontramos bem regularmente, e falamos sobre o que podemos fazer. Mas a gente também fala bastante sobre nossos próprios projetos em que estamos trabalhando naquele momento. Agora, parece que todos esses projetos diferentes são onde nossa atenção precisa ser colocada. Ed (O’Brien, guitarrista) está fazendo um disco solo agora e vai ser ótimo. Thom (Yorke, vocalista e guitarrista) e Jonny (Greenwood, guitarra) estão trabalhando em mais coisas do The Smile, e foi incrível vê-los ano passado. E aí tem o Colin (Greenwood baixista) meio que ganhando da gente de goleada, trabalhando com Nick Cave e Warren Ellis.”

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Ao contrário do folk quieto de seus dois primeiros álbuns solo, “Familial” (2010) e “Weatherstone” (2014), “Strange Dance” foi concebido como um disco mais ambicioso. Em declaração oficial, Selway afirmou:

“A escala dele foi bem deliberada por mim, desde o início. Eu queria que a paisagem sonora fosse vasta e alta, mas capaz de embrulhar esse vocal íntimo no coração de tudo.”

A premissa usada por Selway para juntar colaboradores caracterizou o projeto como “Carole King com baterias da produtora eletrônica Daphne Oram”. Entre os convidados que gostaram da ideia estão Hannah Peel, Adrian Utley, Quinta, Marta Salogni, Valentina Magaletti, e Laura Moody.

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