10 álbuns lançados em abril de 2021 que merecem a sua atenção

Na lista a seguir, apresento 10 álbuns de rock e metal lançados em abril de 2021 que chamaram a minha atenção - e que merecem ser ouvidos por você.

Na lista a seguir, apresento 10 álbuns de rock e metal lançados em abril de 2021 que chamaram a minha atenção – e que merecem ser ouvidos por você.

Jovens bandas foram as protagonistas do mês, com novos discos de Dirty Honey, Royal Blood, Gojira, Heavy Feather, Greta Van Fleet e The Vintage Caravan entre os destaques. A maior parte delas está ancorada em sonoridades retrô, mas tem (ou busca) algum tipo de originalidade.

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Entre os veteranos, cabe mencionar os trabalhos do Cheap Trick, que nunca envelhece, e The End Machine, com integrantes famosos por seus trabalhos com Dokken e Warrant. O novo álbum do brasileiro Daniel Santiago, que trouxe ninguém menos que Eric Clapton para uma participação, também merece ser citado.

Antes, não se esqueça de seguir minha playlist de lançamentos, que já trouxe músicas de todos esses discos citados em diferentes momentos do mês. A playlist é atualizada sempre às sextas-feiras.

E, depois, não deixe de visitar os artigos a seguir:

Álbuns de destaque em abril de 2021

Dirty Honey — “Dirty Honey

O álbum de estreia desta promissora banda de hard rock é o mesmo do EP, também homônimo: hard rock de pegada clássica, que transita por referências dos anos 1970, como Aerosmith e AC/DC, e 1980, como Guns N’ Roses.

A sonoridade é direta e reproduz uma estética tipicamente “ao vivo”, já que aposta na trinca guitarra-baixo-bateria e nos vocais rasgados de Marc LaBelle, um Axl Rose com esteroides e com mais técnica. Eles não querem reinventar a roda, mas há uma ponta de originalidade que torna essa banda muito atrativa.

Royal Blood – “Typhoons

Citado como uma “pequena reinvenção” pelos próprios integrantes, “Typhoons” traz o Royal Blood em uma pegada mais dançante. As influências de Daft Punk são notórias, assim como o aprendizado com a produção de Josh Homme (Queens of the Stone Age) em algumas das faixas.

Poderia ter se tornado o melhor trabalho do duo até aqui, mas não tem problema: há mais acertos do que erros nesse disco. O uso mais evidente de sintetizadores, para contornar as canções, trouxe uma energia diferente para o som visceral da dupla, que, sempre importante lembrar, não usa guitarra em momento algum.

Gojira – “Fortitude

O Gojira é um fenômeno dentro do metal, com seu som que mistura diversos subgêneros: groove, thrash, progressivo e até post-metal. Ainda assim, sempre me pareceu ter maior aprovação da crítica do que do público em geral. Não dá para saber ao certo o motivo, mas “Fortitude” deve resolver tal problema.

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O novo álbum dessa banda francesa soa incrivelmente conciso, mas sem perder a visceralidade. Muitas músicas foram feitas para grandes arenas e festivais lotados. O som pesado do grupo, que já era bem original, ganhou em qualidade.

Greta Van Fleet – “The Battle at Garden’s Gate

Ninguém nega que o Greta Van Fleet é promissor. “The Battle of Garden’s Gate”, segundo álbum full-length do quarteto, veio para transformá-los em realidade. Não foi dessa vez, mas esse trabalho com ares de megaprodução tem bons momentos.

Aqui, a banda dos irmãos Kiszka adota mais teclados e menos guitarras, com presença forte de baladas e influência nítida do soft rock da década de 1970. Soa menos Led Zeppelin, o que já é bom. “Heat Above”, “My Way, Soon”, “Light My Love”, “Caravel” e “Trip the Light Fantastic” são os destaques da tracklist.

The Vintage Caravan — “Monuments

Diretamente da Islândia, o The Vintage Caravan chega a seu quinto álbum sem mudar tanto sua fórmula, que aposta em um heavy rock com influência de psicodelia, stoner, blues e até progressivo. “Monuments” é vintage como os trabalhos anteriores e a aceitação do público a esse tipo de registro mostra que não está na hora de grandes mudanças.

O diferencial, como esperado, está na consistência. O novo álbum tem um repertório mais forte, com pegada e “presença”. Uma evolução natural e muito bem-vinda.

Heavy Feather — “Mountain of Sugar”

Na esteira do movimento retrô cada vez mais presente no rock, o Heavy Feather é uma daquelas bandas que conquista seu espaço aos poucos, com bons trabalhos. As influências desse quarteto sueco percorrem heavy rock, blues e southern com maestria, sempre com o brilho da talentosa cantora Lisa Lystam.

Em “Mountain of Sugar”, essa estética é aprimorada com alguams composições mais sólidas que o bom álbum de estreia, “Débris & Rubble” (2019). Percebe-se, especialmente, que Lisa está mais solta em sua performance, além do instrumental a acompanhar de forma mais entrosada.

The End Machine – “Phase2

O projeto que une o vocalista Robert Mason, do Warrant, a dois ex-integrantes do Dokken – o guitarrista George Lynch e o baixista Jeff Pilson -, mirou em sons mais clássicos dessa vez. “Phase2” perdeu o tom contemporâneo do álbum de estreia, autointitulado, e apostou numa pegada que poderia representar o Dokken se seu respectivo cantor ainda tivesse voz.

Em entrevistas, os envolvidos contam que o álbum foi gravado à distância, o que reduziu a margem para arriscar. Talvez seja isso que os fãs estejam esperando e trouxe resultado em músicas isoladas, ainda que o disco, como um todo, não supere o debut de 2018.

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Cheap Trick — “In Another World

O Cheap Trick chega a seu vigésimo álbum com raro ímpeto entre as bandas veteranas de rock. “In Another World” mostra o quarteto se divertindo e, como consequência, envolvendo os fãs em uma grande festa rock and roll.

Em comparação ao antecessor “We’re All Alright”, o novo trabalho soa um pouco mais melódico, até com mais baladas. Os ganchos de harmonia ganharam destaque, o que deu brilho aos vocais conservadíssimos de Robin Zander. Fora isso, nada muda.

Daniel Santiago — “Song for Tomorrow

Dono de uma carreira versátil, que vai do jazz a trabalhos com O Teatro Mágico, Daniel Santiago diz que “Song for Tomorrow” é seu álbum mais nostálgico. Em diversos pontos, ele está correto.

O trabalho reúne participações de seus ídolos de juventude Eric Clapton e Kurt Rosenwinkel (que também assume produção) e explora vertentes sonoras que o músico curtia quando mais novo. O disco vai rock progressivo à MPB a-la Clube da Esquina, passando até pelo synthpop e muito mais. O resultado é extremamente satisfatório.

The Treatment — “Waiting for Good Luck”

Em meio ao som retrô que está sendo cada vez mais explorado no rock, há uma vertente que implora por simplicidade. É o caso do The Treatment, grupo britânico que tem conseguido se segurar mesmo com as mudanças de formação – a mais recente no microfone principal, com a chegada do vocalista Tom Rampton.

“Waiting for Good Luck” mantém a sonoridade mais simples, inspirada no AC/DC, de outros momentos. Há, porém, um ingrediente adicional que tem deixado tudo mais envolvente: maior atenção às melodias, com influências que vão de Def Leppard em início de carreira ao auge do Tesla.

Bônus: 10 singles de destaque lançados em abril de 2021

Blackberry Smoke – “Ain’t the Same

Mammoth WVH – “Feel

Helloween – “Skyfall

Thundermother – “You Can’t Handle Me”

Ayron Jones – “Free”

Fantastic Negrito – “Root City”

The Cold Stares – “In the Night Time”

The Struts – “Low Key in Love” (com Paris Jackson)

Black Pantera – “Seis Armas

Myles Kennedy – “Get Along

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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