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10 álbuns lançados em março de 2021 que merecem a sua atenção

Na lista a seguir, apresento 10 álbuns de rock e metal lançados em março de 2021 que chamaram a minha atenção - e que merecem ser ouvidos por você.

Na lista a seguir, apresento 10 álbuns de rock e metal lançados em março de 2021 que chamaram a minha atenção – e que merecem ser ouvidos por você.

Em meio aos destaques, há apenas duas bandas realmente famosas: Evanescence e Kings of Leon. Alguns citados são músicos conhecidos, mas em projetos paralelos, como Smith/Kotzen, que reúne Adrian Smith (Iron Maiden) e Richie Kotzen (The Winery Dogs), ou em carreira solo, como Serj Tankian (System of a Down).

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Temos, ainda, a jovem banda brasileira Ego Kill Talent e alguns veteranos que não costumam decepcionar, como Ronnie Atkins (Pretty Maids) e Thunder. A lista não está tão repleta de boas novidades como a de fevereiro, mas vale a pena conferir.

Antes, não se esqueça de seguir minha playlist de lançamentos, que já trouxe músicas de todos esses discos citados em diferentes momentos do mês. A playlist é atualizada sempre às sextas-feiras.

E, depois, não deixe de visitar os artigos a seguir:

Álbuns de destaque em março de 2021

Smith/Kotzen — “Smith/Kotzen

É curioso observar que o rock ainda não tem a cultura de “collabs” e “feats” que já existe em outros estilos, especialmente o pop e o hip hop. Felizmente, Adrian Smith e Richie Kotzen não se intimidaram por isso e gravaram juntos um trabalho solto e despojado, que reflete o ponto de encontro da amizade deles: a paixão por blues, classic rock e guitarras.

A colaboração gerou um bom álbum, que carrega o mesmo nome do projeto – “Smith/Kotzen”. Os dois parecem ter colaborado bem juntos e deixaram suas marcas, seja como cantores, guitarristas ou compositores. Além do bluesy hard rock habitual, eles ainda flertaram com funk e R&B em momentos isolados e trouxeram o baterista Nicko McBrain, colega de Adrian no Iron Maiden, para uma parceria explosiva em “Solar Fire”.

Noora Louhimo Experience — “Eternal Wheel of Time and Space

“Eternal Wheel of Time and Space” é o primeiro trabalho solo de Noora Louhimo, vocalista finlandesa conhecida pelo trabalho com a banda de power metal Battle Beast. A sonoridade, porém, foge bastante de seu projeto principal.

O fio condutor desse disco é o classic rock do fim dos anos 1960 e início da década de 1970. Há, ainda, pitadas de blues, country e até funk distribuídas ao longo da tracklist. Além das boas composições, o material cativa pelo vozeirão de Noora, que canta muito.

Ego Kill Talent – “The Dance Between Extremes

Banda paulistana com ex-integrantes do Sepultura e Reação em Cadeia, o Ego Kill Talent apostou alto em seu segundo álbum. “The Dance Between Extremes” foi gravado no estúdio do Foo Fighters, o 606, em Los Angeles, e seria promovido em turnês (adiadas) com Metallica e System of a Down.

As tours não rolaram ainda, mas o disco está entre nós e mostra que o Ego Kill Talent amadureceu. A banda investiu em uma pegada mais arena rock, com músicas que grudam fácil na mente, mas sem abrir mão de seu tradicional peso. Como resultado, consolidou a identidade do projeto – talvez, o que faltava no trabalho de estreia homônimo, de 2017.

Ronnie Atkins – “One Shot

Não sei se eu estava esperando um álbum desse nível por parte de Ronnie Atkins. O vocalista do Pretty Maids decidiu trabalhar em sua primeira empreitada solo enquanto lida com um câncer no pulmão, agora em estágio 4, o mais avançado.

“One Shot” até poderia soar como um amargo álbum de despedida, mas não é o caso. Soa como uma celebração da carreira de Atkins, que apostou em uma forte pegada AOR e caprichou na composição dos ganchos melódicos e das letras reflexivas.

Evanescence – “The Bitter Truth

Após uma década sem lançar um álbum de inéditas, o Evanescence estava, de certo modo, em dívida com os fãs. “The Bitter Truth”, que marca a estreia da guitarrista Jen Majura no grupo em um trabalho 100% novo, parece ter quitado esse débito.

Nesse disco, a banda de Amy Lee adota uma pegada mais contemporânea, com influências que vão de Bring Me The Horizon a Billie Eilish. Além disso, o grupo parece estar mais amarrado e entrosado. Há mais guitarra e menos piano, o que deixou a sonoridade encorpada. Serviu para posicionar o Evanescence no ano de 2021.

Sunstorm — “Afterlife

O vocalista Ronnie Romero voltou a cruzar seus caminhos com os de Joe Lynn Turner. Após tornar-se vocalista da reunião do Rainbow, banda que já teve Turner no passado, o chileno ocupou a vaga deixada pelo próprio veterano no Sunstorm, projeto AOR/melodic rock da gravadora Frontiers.

Apesar das polêmicas, o Sunstorm seguiu em frente com “Afterlife”, que até surpreende, embora não seja exatamente memorável. Romero parece ter, enfim, encontrado um “lar” para sua voz, já que o competente artista soa deslocado em outros projetos. Menos genéricas, as composições ganharam peso com o canto mais rasgado do cantor e soaram mais intensas.

Kings of Leon – “When You See Yourself

O Kings of Leon fez de “When You See Yourself” seu álbum mais contemplativo até hoje. Não é exatamente experimental, pois ouve-se, claramente, os elementos que fizeram a banda se tornar tão famosa: as referências de southern rock, country e outros gêneros tão difundidos em Nashville misturadas a uma vibe alternativa, talvez até contemporânea.

Desta vez, porém, eles parecem ter criado o material sem pensar em rádios, singles, formatos de streaming. Só criaram o que queriam. Talvez não dê para definir isso como uma “evolução sonora”, como eles anunciaram em comunicado, mas é uma boa característica. Só pode levar algum tempo a mais para ser digerido.

The Dust Coda — “Mojo Skyline”

Os britânicos do The Dust Coda dizem integrar a nova onda do classic rock, ou New Wave of Classic Rock. O título pode ser pretensioso, mas ajuda a definir o que se encontra no segundo álbum da banda, “Mojo Skyline”.

Há, claro, influências do rock clássico, que vão de AC/DC a Lynyrd Skynyrd, de Led Zeppelin a Bad Company. Tudo isso com uma ponta relevante de peso, que os aproxima até do stoner rock em alguns momentos, especialmente pelos riffs de guitarra diretíssimos. Quem gosta de Monster Truck, Mustasch e outros nomes atuais do segmento, vai aprovar o The Dust Coda.

Thunder – “All The Right Noises”

E já que estamos falando de hard rock britânico, o Thunder segue mantendo seu patamar de qualidade em “All The Right Noises”. Trata-se do quarto álbum lançado pela banda desde seu retorno, em 2015 – ou seja, temos disco novo dos caras sempre a cada 2 anos.

A influência do blues no hard rock do quinteto segue como o seu grande fio condutor. As composições carregam um charme e até uma versatilidade que são raras no segmento. A performance individual de cada integrante também não decepciona. “All The Right Noises” dificilmente desagradará.

Serj Tankian — EP “Elasticity

Ainda que não seja um álbum cheio, propriamente dito, vale mencionar o EP “Elasticity” nessa lista por trazer o momento mais rock da carreira solo de Serj Tankian em muito tempo. E há motivo: o vocalista gravou, aqui, faixas que apresentaria para um disco do System of a Down, que nunca foi gravado por discordâncias internas.

As músicas apresentam, de fato, essa proximidade com a sonoridade do System of a Down, ainda que falte aquela pitada visceral oferecida pelo guitarrista Daron Malakian. “Elasticity” serviu para mostrar que Serj Tankian ainda está em forma, seja em voz (ao menos em estúdio) ou em composição.

Bônus: 10 singles de destaque lançados em março de 2021

The Moon City Masters – “Where You Wanna Run Into

Mammoth WVH – “Don’t Back Down

Dirty Honey – “California Dreamin’

Gojira – “Amazonia

St. Vincent – “Pay Your Way In Pain

Ida Mae + Marcus King – “Click Click Domino”

Greta Van Fleet – “Broken Bells

Myles Kennedy – “The Ides of March

Billy Gibbons – “West Coast Junkie

Blackberry Smoke – “Hey Delilah

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

1 COMENTÁRIO

  1. O Ego Kill talent é uma banda jovem no cenário mundial mas seus integrantes já sao experientes, já vem de outras bandas consolidadas no rock brasileiro ou lá fora. E com certeza, ainda farao um sucesso ainda maior com esse novo álbum The Dance Beetween Extremes.

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