Tony Iommi detona Forbidden, do Black Sabbath, e produtor se defende

O guitarrista Tony Iommi falou, em entrevista à revista Classic Rock, sobre o álbum “Forbidden”, lançado pelo Black Sabbath em 1995. Foi o último trabalho do grupo com Tony Martin nos vocais, além de Cozy Powell na bateria e Neil Murray no baixo.

Lembrado por muitos como o pior álbum do Black Sabbath, “Forbidden” contou com produção de Ernie “C” Cunnigan, guitarrista do Body Count. O disco contou até com a participação de Ice-T, frontman do grupo de Ernie C, na música “The Illusion Of Power”.

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Iommi destacou, à Classic Rock, que “os anos 90 não foram muito divertidos” para ele. “No fim da década de 80, o Sabbath fez músicas que considero boas, inculindo ‘The Eternal Idol’ (1987) e ‘Headless Cross’ (1989), mas ‘Forbidden’ é, realmente, uma merda”, afirmou.

O músico disse que não houve liberdade para trabalhar em “Forbidden”. “Alguém na gravadora sugeriu que trabalhássemos com Ice-T. Minha reação foi: ‘quem diabos é ele?’. Porém, nós o conhecemos e ele era um cara legal, além de fã do Sabbath. Ernie C acabou produzindo, o que foi um erro terrível. Ele tentou fazer Cozy Powell tocar umas linhas de hip hop, o que, com razão, o ofendeu. Não se deve dizer a Cozy Powell como tocar bateria”, pontuou.

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Iommi reconheceu que as diversas mudanças na formação do Black Sabbath complicaram uma melhor definição da banda. “Porém, sou muito determinado. Não se acaba uma banda porque alguém saiu. Encontre um substituto. Eu ainda acreditava na banda”, afirmou ele, que, na mesma entrevista, também disse que adoraria restaurar a mixagem do álbum “Born Again” (1983), único com vocais de Ian Gillan – porém, as fitas originais desapareceram.

A opinião de Ernie B

Em entrevista ao podcast do músico Danko Jones, transcrita pelo Blabbermouth, Ernie C também falou “Forbidden”. Ele apontou que Iommi, de fato, conhecia Ice-T e afirmou que o próprio guitarrista lhe convidou para produzir o álbum.

“No primeiro álbum do Ice-T, ele usou samples de ‘War Pigs’. Tony ouviu e disse que gostou. Ele soube que eu produzi os primeiros discos do Body Count e nos ligou. […] Foi uma boa experiência. Posso dizer que fiz um álbum do Black Sabbath. E também me fez notar que eu não queria produzir bandas já consagradas. É melhor produzir pessoas mais jovens, que te ouvem”, disse.

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Apesar da situação aparentemente incômoda, Ernie C não se sentiu pressionado a trabalhar em um novo clássico do Black Sabbath. “Eu sempre curti mais Led Zeppelin. Adorava Sabbath, mas não era um grande fã. Não me senti intimidado. Quando lançamos, o vinil já estava em desuso, então, avisei que deixaria o som mais seco. Os discos dos anos 80 soavam grandes, como tocar em um túnel. O vinil era mais seco, é o que faz o som. […] Quando o Nirvana veio, o som ficou mais pessoal, como se estivesse na garagem da banda”, afirmou.

Segundo Ernie, Tony Iommi já conhecia Ice-T, mas não veio dele a ideia para a participação “Veio de mim. Eu perguntei se ele queria trazer Ice para fazer o rap ali. E ele respondeu que sim. Tony estava aberto a testar coisas diferentes”, disse.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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