Dia Mundial do Rock: entenda origem de data comemorativa

O Dia Mundial do Rock é celebrado, anualmente, no dia 13 de julho. É uma data comemorativa que tem ganhado cada vez mais importância em realização de eventos, evidência midiática, entre outros aspectos.
Mas você conhece a origem da comemoração? A data passou a ser celebrada a partir de 1985, após um evento que moveu quase 200 mil pessoas em duas localidades diferentes, na Inglaterra e nos Estados Unidos, além de ter, aproximadamente, 1,5 bilhão de telespectadores pelo mundo.
O Live Aid foi um festival beneficente ocorrido justamente em 13 de julho de 1985, simultaneamente em dois estádios: Wembley, em Londres, Inglaterra, e John Kennedy, na Filadélfia, Estados Unidos. Uma pequena quantidade de músicos também se apresentou em Sydney (Austrália), Moscou (Rússia) e Tóquio (Japão).
O impacto do Live Aid na cultura rock foi tão grande que, a partir do ano em questão, a data foi convencionada como o Dia Mundial do Rock de forma natural.
O evento, criado e liderado pelos músicos Bob Geldof e Midge Ure, tinha grandes intenções. O objetivo principal era angariar fundos para as famílias com necessidades da Etiópia, país africano de origem pobre.
Inovador, o festival foi o primeiro a reunir tantos nomes de peso. Entre as atrações de maior destaque, estavam The Who, Queen, David Bowie, Paul McCartney, Bob Dylan, Elton John, Phil Collins (que foi da Inglaterra aos Estados Unidos no mesmo dia), Dire Straits, B.B. King, Tom Petty, Eric Clapton, Mick Jagger, INXS, entre outros.
Duas reuniões, inclusive, ocorreram no evento. Mas ambas tiveram caráter exclusivo para apenas aquele dia. O Black Sabbath se apresentou com sua formação original, enquanto o Led Zeppelin tocou com Phil Collins e Tony Thompson se revezando na bateria, além do baixista Paul Martinez para a música “Stairway To Heaven”.
Algumas ausências também foram notáveis. O Deep Purple, recém-reunido em 1984, foi convidado para se apresentar, mas o guitarrista Ritchie Blackmore se recusou a participar. O Def Leppard tocaria, mas na época, o baterista Rick Allen sofreu um acidente de carro que amputou seu braço.
Outros grupos e músicos como AC/DC, Frank Zappa, Talking Heads e Bruce Springsteen também não estiveram no evento, por motivos diversos. Existe, também, uma polêmica de que o Thin Lizzy, uma das maiores bandas de rock da Irlanda, não foi convidada para o evento, mesmo estando separada à época. Isso teria sido o começo do fim para o líder do grupo, Phil Lynott, que se afundou ainda mais nas drogas.
As doações também atingiram o objetivo principal. Mas não foi tão fácil. Horas depois do início do concerto, Bob Geldof precisou subir ao palco. Possesso, disse: “pessoas estão morrendo neste momento, nos dê o dinheiro agora; foda-se o endereço, aqui está o telefone, ligue”. Antes do momento, apenas 1,2 milhão de libras foram arrecadadas. Ao fim, mais de 40 milhões estavam nos cofres para doação.
Grande parte das apresentações está em um box set do Live Aid, com quatro DVDs, lançado em 2004. Mesmo quase vinte anos depois, a renda do lançamento também foi revertida para o combate à fome, mas de uma forma mais geral.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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