O álbum com o melhor timbre de baixo do Black Sabbath, segundo Geezer Butler

Músico revelou como conseguiu som característico por acidente e discutiu importância do volume alto para chegar a resultado desejado

O baixo de Geezer Butler é um ingrediente fundamental na construção da sonoridade única do Black Sabbath. Em entrevista de 2004 à Bass Player, o músico falou sobre seu timbre no instrumento e citou o álbum em que soa melhor, na sua opinião, além de dividir mais uma história divertida envolvendo Ozzy Osbourne.

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Butler começou explicando como obteve seu timbre característico. No fim das contas, foi totalmente por acidente. Seu modelo de instrumento Fender Precision era usado com um amplificador de guitarra com alto-falantes queimados e sempre ligado “no talo”.

Essa foi a receita para o que se ouve no álbum homônimo de 1970, a estreia do Sabbath. No entanto, esse não é o disco com a sonoridade de instrumento predileta de Geezer.

“Muita gente me pergunta como eu consegui o timbre do baixo no primeiro álbum. Foi por acidente! Às vezes eu odeio meu som e tento plugar em qualquer coisa que soe moderna na época. Nunca funcionou. Lembro de tentar soar como Chris Squire (baixista do Yes). A reação de Ozzy foi ‘o que diabos é isso?’ Eu estava tentando ter um som que eu gostasse de ouvir, mas não se encaixava com meu estilo de tocar. Meu timbre favorito provavelmente está em ‘Master of Reality’ (1971).”

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Geezer Butler, Ozzy Osbourne e o volume no talo

Em seguida, o artista comentou sobre a importância do volume no amplificador para que chegasse à distorção desejada naquela época. O problema é que Osbourne não gostava nada disso e, como os membros do Sabbath viviam em uma constante competição de “pegadinhas” um com o outro, é claro que isso virou motivo para “zoeira”.

“É praticamente impossível conseguir um som de distorção natural no baixo, especialmente hoje, com amplificadores tão bem feitos. Tudo se resume absolutamente ao volume. Quando estávamos gravando, tínhamos que colocar as caixas do baixo em um estúdio completamente diferente. Era ensurdecedor. Você tinha que colocar no talo, mas Ozzy não entendia isso – ele ficava louco. Ele nunca ficava na frente dos amplificadores do baixo. Ele me disse para baixar o volume uma noite, então para dar risada, eu aumentei.”

Black Sabbath e “Master of Reality”

Terceiro álbum de estúdio do Black Sabbath, “Master of Reality” é lembrado pelo peso. Riffs arrastados como os de “Lord of this World” e “Into The Void” deram origem ao que seria definido como doom metal. Teve como único single a faixa “Children of the Grave”, presença constante nos shows.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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