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Tom Morello vai a protesto contra política de imigração nos EUA

Guitarrista do Rage Against the Machine participou das manifestações realizadas em Los Angeles e mandou recado: “destrua o fascismo americano”

É comum que Tom Morello participe de eventos políticos e marque presença em protestos. No último domingo (8), o guitarrista do Rage Against the Machine foi em duas manifestações contra as operações em massa de prisão e deportação de imigrantes nos Estados Unidos, conduzidas pela agência federal Immigration and Customs Enforcement (ICE) por ordem do presidente Donald Trump

Por meio das redes sociais, o músico publicou uma série de imagens nas ruas de Los Angeles, onde estava o recente foco do ICE, utilizando uma camiseta com os dizeres “destrua o fascismo americano” e um cartaz com as palavras “defenda Los Angeles”. Na legenda, ele escreveu:

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“Fiz alguns amigos no bairro de Boyle Heights e no Centro de Los Angeles.”

A publicação também incluiu um vídeo, no qual o músico contou que a multidão de manifestantes fez os “policiais se virarem e recuarem, porque sentiram o que ia rolar”. Como compartilhado pelo g1, o presidente republicano enviou 700 fuzileiros navais para a cidade, no intuito de conter os movimentos.  

Anteriormente, durante a participação no festival Boston Calling Music Festival no dia 25 de maio, o músico já havia colado um papel escrito “f#d@-se o ICE” em sua guitarra, segundo a Rolling Stone. Também vem falando ativamente do assunto no X/Twitter, compartilhando notícias sobre o tema. 

Morello não foi o único músico de rock a pronunciar-se a respeito do assunto. Nomes como Billie Joe Armstrong, vocalista e guitarrista do Green Day, e Alex Skolnick, guitarrista do Testament, também mostraram repúdio pelos recentes acontecimentos envolvendo o ICE. 

Tom Morello e política

Tom Morello nunca escondeu seus posicionamentos. O guitarrista do Rage Against the Machine sempre falou abertamente a respeito de seus ideais socialistas, principalmente em seu trabalho. Apesar disso, o próprio afirma que durante toda a sua vida só manifestou apoio para uma única pessoa na política americana.

O assunto surgiu no fim do ano passado devido às eleições presidenciais nos Estados Unidos. O músico sempre criticou presidente americano novamente eleito Donald Trump, mostrando por diversas vezes o desprezo quanto à figura, mas, à época, não disse nada sobre votar na adversária democrata Kamala Harris.

Assim, respondendo a um internauta que apagou a postagem original, o artista resolveu esclarecer a sua posição. Também formado em ciência política pela Universidade de Harvard, o músico afirmou que ambos os lados atuam como “criminosos de guerra”.

Por meio do X/Twitter, ele declarou:

“Passei dois anos nos anos 80 trabalhando diariamente como secretário de agenda do senador democrata americano Alan Cranston. Embora fosse progressista em várias questões, vi de perto como o dinheiro dos elitistas controla e molda a política de maneira criminosa. Ninguém tem uma visão mais clara que a minha sobre este assunto. Democratas são criminosos de guerra. Republicanos são criminosos de guerra.”

Em seguida, deixou claro que sempre faz questão de votar. Todavia, disse acreditar que a mudança não vem só por meio das eleições e, sim, de uma luta constante, pensando nos menos favorecidos.

“Embora eu sempre vote, porque racistas e a classe dominante não querem que eu vote, acredito que a verdadeira mudança vem de fortalecer quem está embaixo. Assim, é preciso trabalhar e lutar antes, durante e depois de uma eleição na base, independentemente de quem ganhe, e não apenas cruzando os dedos e pedindo migalhas à elite.”

Por fim, destacou ter endossado apenas uma candidata ao longo de todos esses anos: Cindy Sheehan. Conhecida como ativista no movimento de oposição à guerra contra o Iraque, a chamada “mãe pacifista” passou a lutar ativamente após ter perdido o filho Casey Sheehan no conflito.

O guitarrista decidiu apoiá-la em 2008, quando ela tentou presidir o Congresso. Ele explicou:

“A única candidata que já apoiei, publicamente ou de maneira particular, foi Cindy Sheehan, uma ativista antiguerra cujo filho foi morto na Guerra do Iraque. Ela foi uma verdadeira guerreira.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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