O Abba pode não estar totalmente ativo, mas uma das mentes por trás do grupo certamente está. O cantor e guitarrista Björn Ulvaeus confirmou que está compondo um novo musical usando uma ferramenta de inteligência artificial não especificada.
Ulvaeus comentou a nova empreitada durante participação no evento de tecnologia SXSW London (via Variety), ocorrido na capital da Inglaterra. Segundo o músico de 80 anos, cerca de 75% do projeto está finalizado e a experiência até agora tem sido bastante satisfatória.
Nas palavras de Björn:
“É fantástico. [Inteligência artificial] É uma ótima ferramenta. É como ter outro compositor na sala, com uma grande base de referências. É realmente uma extensão da sua mente. Você tem acesso a coisas que nunca tinha pensado antes.”
Ulvaeus reconhece que a ferramenta ainda tem muitas limitações, principalmente na composição de letras. Para o artista, a IA funciona como um guia para os próximos passos em vez de um substituto completo para o compositor.
Ele disse:
“Você pode inserir uma letra que escreveu sobre alguma coisa, e talvez esteja travado, e você quer que a canção seja em um certo estilo. Você pode perguntar isso: como você poderia estender [a letra]? Para onde iria a partir daqui? Geralmente a resposta é um lixo, mas às vezes, há algo ali que te dá outra ideia.”
Björn Ulvaeus, tecnologia e os direitos dos artistas
Tecnologia não é novidade para Björn Ulvaeus. O artista foi o responsável pela criação do show “Abba Voyage”, uma série de apresentações realizadas com o uso de hologramas. Com direito a uma arena própria em Londres, o espetáculo está em cartaz desde 2022.
Além disso, ele faz parte da Confederação de Cancionistas e Compositores (CISAC, na sigla em inglês). Realizar experimentos com inteligência artificial faz parte de seu trabalho.
Tanto Björn quanto o Abba sempre se interessaram por tecnologia na hora de criar música. O músico lembrou que o grupo foi pioneiro no uso de ferramentas digitais de gravação em estúdio, entre outras inovações. Ao mesmo tempo, Ulvaeus se mantém firme no que diz respeito à interferência de IA e créditos dos compositores:
“Esses modelos de IA não existiriam sem as canções que nós compusemos.”
O uso de IA por Ulvaeus é parte da parceria entre o Abba e a Pophouse Entertainment, a mesma empresa responsável pelos hologramas de “Abba Voyage” — e desenvolvedora do vindouro espetáculo “Kiss Avatar”, do Kiss. O artista acredita que companhias como essa ajudarão a manter o legado dos músicos vivo para as próximas gerações através do uso de tecnologia de ponta.
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