Zak Starkey está novamente fora do The Who. Em abril, o vocalista já havia sido demitido da banda após um desentendimento com o vocalista Roger Daltrey sobre a qualidade de sua performance, mas acabou recontratado poucos dias depois que a notícia veio a público.
Como publicado pelo filho de Ringo Starr no último domingo (18), o segundo desligamento aconteceu duas semanas após a anunciada volta. Em suas palavras, a decisão não partiu de sua parte – embora o grupo preferisse que essa fosse a versão divulgada:
“Fui demitido duas semanas após minha reintegração e me pediram para fazer uma declaração dizendo que havia deixado The Who para seguir meus outros projetos musicais. Isso seria mentira. Eu amo The Who e nunca teria saído. Então, não fiz a declaração. Sair do The Who também teria decepcionado as inúmeras pessoas incríveis que me apoiaram (obrigado a todos um milhão de vezes e mais) durante as semanas de caos em que eu entrava e saía, entrava e saía, entrava e saía como uma caixa de compressão.”
Agora, The Who compartilhou um comunicado detalhando o motivo por trás da demissão. Uma nota assinada por Roger e pelo guitarrista Pete Townshend afirma que, diante da turnê de despedida “The Song is Over – The North American Farewell Tour” e do desejo de aposentadoria para um futuro próximo, a melhor solução era dispensar Zak, “que é 20 anos mais novo e tem um grande futuro pela frente”:
“The Who está caminhando para a aposentadoria, enquanto Zak é 20 anos mais novo e tem um grande futuro pela frente com sua nova banda e outros projetos empolgantes. Ele precisa dedicar toda a sua energia para que tudo isso seja um sucesso. Nós dois desejamos a ele toda a sorte do mundo.”
Em substituição ao músico, entrará para a formação Scott Devours, como já vinham indicando rumores desmentidos anteriormente por Townshend. O baterista toca com Roger desde 2009 e excursionou com The Who no passado. Assim, o texto conclui:
“Scott Devours – que os fãs do Who já conhecem dos shows solo do Roger – vai substituir Zak. Esperamos que todos os nossos fãs o recebam de braços abertos.”
À Rolling Stone anteriormente, após a saída inicial, Zak revelou a vontade de focar em outros projetos. Isso inclui terminar sua autobiografia e trabalhar nos lançamentos do supergrupo Mantra of the Cosmos, do qual faz parte.
A saída de Zak Starkey do The Who — e a volta
No dia 15 de abril, veio à tona a notícia de que The Who havia demitido o baterista Zak Starkey após quase três décadas. Rumores a respeito dos possíveis motivos começaram a ganhar repercussão na internet, até que, no dia 19, o grupo voltou atrás e confirmou que o músico continuava na formação.
De início, circulava o boato de que o desligamento do artista teria ocorrido por causa de um desempenho aquém do esperado, além de erros, nas apresentações realizadas no Royal Albert Hall, em Londres, na Inglaterra, no fim de março. Segundo uma fonte ao The Mirror, a situação nos bastidores teria sido “um pouco tensa, para dizer o mínimo”.
Um vídeo da performance de “The Song is Over” mostrava Roger Daltrey irritado por não conseguir ouvir o tom em seu retorno por causa da bateria. Diante do momento, e até mesmo de uma postagem irônica de Zak, o vocalista foi atribuído como o responsável pela decisão.
Por meio de um longo texto publicado nas redes sociais no dia 19 de abril, Pete Townshend comunicou o retorno de Zak Starkey. E explicou o motivo.
Segundo o guitarrista, de fato houve “problemas de comunicação” e um certo desconforto com o estilo de tocar que Zak vinha adotando desde o fim da turnê com orquestra “The Who Hits Back!” em 2023 — questões que, em suas palavras, já foram resolvidas. Ele também reconheceu que o baterista “cometeu alguns erros” nas apresentações mais recentes, mas deixou claro que ambos os lados conversaram a respeito, e assumiu a culpa pelo pouco tempo de ensaio para os espetáculos.
Diz a primeira parte da postagem:
“Zak não vai deixar o The Who. Houve alguns problemas de comunicação, pessoais e privados de todos os lados, que precisavam ser resolvidos, e isso foi feito da melhor maneira. Roger e eu gostaríamos que Zak ajustasse um pouco seu estilo de bateria mais recente, que evoluiu, para se adequar à nossa performance sem orquestra e ele concordou prontamente. Eu assumo a responsabilidade por parte da confusão. Nossos shows do Teenage Cancer Trust no Royal Albert Hall foram um pouco complicados pra mim. Achei que quatro semanas e meia seriam tempo suficiente para me recuperar completamente de um problema no joelho e eu estava errado. Talvez não tenhamos dedicado tempo suficiente às passagens de som, o que causou problemas no palco. É sempre mais difícil de lidar com o som no centro do palco. Roger não fez nada de errado, só tentou ajustar seu retorno in-ear. Zak cometeu alguns erros e pediu desculpas. Ainda que com [um vídeo de] um pato de borracha.”
Em seguida, Pete destacou que todos são uma “família” e que agora vão seguir em frente “com otimismo e fogo no coração”. Por fim, mencionou o falso boato de que Scott Devours, colaborador de Daltrey que já excursionou com o The Who, iria substituir Zak e pediu desculpas ao colega de profissão pela confusão:
“Somos uma família. Isso tudo explodiu muito rápido e recebeu atenção demais. Já passou. Seguimos em frente agora com otimismo e fogo no coração. Quanto ao Roger, os fãs podem curtir seus próximos shows solo com seu baterista incrível, Scott Devours — sobre quem circularam boatos de que poderia substituir Zak no The Who —, e que sempre foi um grande apoiador da banda. Devo um pedido de desculpas ao Scott por não ter desmentido esse boato antes que ele se espalhasse. Ele ficou magoado com isso. Prometo pagar uma bebida bem grande pra ele e dar um abraço.”
Por sua vez, Zak republicou o pronunciamento e escreveu na legenda:
“Muito grato por fazer parte da família The Who. Obrigado, Roger e Pete.”
Sobre Zak Starkey
Filho de Ringo Starr, Zak Starkey juntou-se ao The Who em 1996, durante turnê celebrando o álbum “Quadrophenia” (1973), e acabou permanecendo na formação por mais tempo do que o saudoso Keith Moon. Além do trabalho na banda, o artista é conhecido por integrar o grupo indie Mantra of the Cosmos e por ter sido baterista do Oasis entre 2004 e 2009, substituindo Alan White.
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