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O álbum definitivo do metal extremo segundo Tobias Forge (Ghost)

Papa Emeritus acredita que quando o assunto é música pesada e raivosa, quanto mais jovem, melhor

O Ghost não pratica metal extremo, mas o líder do grupo, Tobias Forge, conhece bem essa sonoridade. O músico teve bandas de death metal antes de usar as máscaras das várias versões do Papa Emeritus e, para ele, há um álbum que define esse tipo de som como nenhum outro.

Forge revelou o disco em questão durante conversa em 2019 com a Metal Hammer. Trata-se do trabalho mais famoso de uma banda da Bay Area, em San Francisco.

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Quem espera uma referência ao Metallica, Slayer, Exodus ou um dos medalhões do thrash metal oitentista, vai se surpreender ao ler Tobias comentar sobre a obra-prima do Possessed.

O artista disse:

‘Seven Churches’ (1985) é o perfeito encapsulamento da raiva juvenil. A produção pode soar pouco refinada para o público atual, mas é assim que eu gosto que meu metal soe. Quando a produção do death metal começou a mudar na metade dos anos 90, foi quando eu comecei a ficar ‘ugh!’, eu odiei, e é por isso que eu me pego retornando a álbuns como esse.”

Considerado um marco do death metal, o disco de estreia do Possessed foi gravado por músicos ainda muito jovens: o vocalista e baixista Jeff Becerra e o guitarrista Larry LaLonde tinham apenas 16 anos na época do lançamento. Para Forge, a pouca idade é um ingrediente importante na criação de música extrema.

“A maior parte da boa música no metal, especialmente no metal extremo, é feita por indivíduos muito jovens. Há algo muito diferente no fogo e na empolgação de uma mente jovem que você não vê muito em pessoas que amadureceram e, eu diria, ficaram mais tranquilas.”

O jovem fã Tobias Forge

Foi ainda na juventude que Forge teve contato com vertentes mais pesadas do rock e do metal. Em 2023, também em entrevista para a Metal Hammer, o líder do Ghost falou de como teve acesso a esse som e uma das bandas responsáveis por “virar a chave”: o Twisted Sister, que chamou a atenção pelo aspecto teatral – algo que Tobias explora em seu trabalho. Ele contou:

“Eu tinha um irmão adolescente, então tive um passe livre para a cultura adolescente. O que quer que eles consumissem, eu sentia o cheiro – como eles se vestiam, o que assistiam na TV, que filmes alugavam… O estilo de vida e a expressão que mais significaram para mim foi o shock rock. Twisted Sister foi uma bola de demolição na minha vida com ‘I Wanna Rock’. Essa música me fazia querer pular!”

Mas a porta de entrada para o metal extremo veio através de alguns clássicos e da influência dos conterrâneos do Candlemass e também de King Diamond, mais uma vez mostrando a preferência de Forge por artistas teatrais. O músico concluiu:

“Quando ouvi Candlemass pela primeira vez, eu tinha oito anos e fiquei maravilhado. Já gostava de Black Sabbath, Metallica e Motörhead por causa do meu irmão, mas o Candlemass era local e soava tão pesado que era como o dia do juízo final. King Diamond e Candlemass foram as bandas que me fizeram ter vontade de descobrir o death metal e o black metal no início. Virou minha vocação. Dos 12 aos 22 anos, passei minha vida em bandas de death e black metal.”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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