CD ainda vende mais que vinil no Brasil, mas streaming engole ambos

Vendas de mídia física representaram menos de 1% das receitas da indústria fonográfica brasileira em 2022, segundo relatório da Pró-Música Brasil

Diferente do observado nos Estados Unidos, o CD ainda é a mídia física mais rentável no Brasil quando se trata de música. Um relatório da Pró-Música Brasil, órgão que representa as principais empresas do mercado fonográfico do país, comparou o faturamento de diferentes formatos e apresentou essa conclusão.

O comércio de CDs gerou R$ 6,7 milhões no ano passado. Em contrapartida, os discos de vinil arrecadaram menos, R$ 4,7 milhões, enquanto os DVDs ficaram muito abaixo dos outros dois, com R$ 400 mil.

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Juntos, porém, esses números caracterizam apenas 0,5% do total das receitas da indústria fonográfica brasileira – hoje totalmente dominada pelo streaming. De acordo com o relatório, 86,2% do valor recebido em 2022 (ou seja, R$ 2,2 bilhões) veio de tais plataformas.

Ao todo, o mercado fonográfico brasileiro arrecadou R$ 2,526 bilhões no ano passado, 15,4% mais do que no ano anterior. Com esse crescimento, o Brasil subiu duas posições no ranking geral da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) – instituição responsável por monitorar a indústria fonográfica em todo o mundo – e ocupa agora o 9º lugar, atrás dos Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha, China, França, Coréia do Sul e Canadá.

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CDs x discos de vinil nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a história foi outra. O relatório anual da Recording Industry Association of America (RIAA) revelou que, pela primeira vez desde 1987, discos de vinil superaram CDs em termos de unidades vendidas em 2022.

Foram 41 milhões de unidades de vinil vendidas no país, comparado a 33 milhões de CDs. Além disso, o formato mais antigo gerou US$ 1,2 bilhão para a indústria, um crescimento de 17% comparado a 2021 e 71% da renda total de vendas físicas em 2022.

Segundo a empresa de monitoramento de mercado Luminate, o disco de vinil mais vendido nos EUA no ano passado foi “Midnights”, de Taylor Swift, com 945 mil cópias vendidas – quase o dobro do segundo colocado, “Harry’s House”, de Harry Styles, com 480 mil. O pódio fecha com a estreia de Olivia Rodrigo, “Sour”, com 263 mil unidades vendidas. “Good kid, m.A.A.d city”, de Kendrick Lamar, esteve em quarto, com 254 mil. “Rumours”, álbum lançado pelo Fleetwood Mac em 1977, pegou a quinta colocação, com 243 mil.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

2 COMENTÁRIOS

  1. Lembro na época dos CDs…algumas pessoas diziam que o som não era igual do Vinil, som com alma era o que essas pessoas diziam!!!! Com o tempo o CD era aceito por ser encontrado em qualquer loja de discos e afins, Vinil era encontrada em algumas lojas especializadas e lojas de utensílios usados!!!! Já tive muitos bolachões aqui, tive que vender por precisar de dinheiro…meus melhores momentos de vida no Rock foi por causa do Vinil e fitas cassetes, sem contar as fitas de video cassete também!!!! Conheço pessoas que jogaram Cds e vinil fora por causa de espaço e poeira, essas pessoas são adeptos do quesito streaming e outros meios de comunicação na Nuvem!!!! Já sou do tempo de ir em lojas de discos, locadoras e fliperamas…gostava de sentir o produto, folhear e até mesmo experimentar o produto ali na loja em si!!!! Sem contar que antigamente vc tinha mais interação com amigos e pessoas e não essa coisa de comprar produto pela a internet!!!! Por isso eu entendo por que pessoas ainda mechem com Vinil, Mídias físicas e ainda Video Cassete, aqui perto de casa tem gente que tem um grande acerto de fitas e Vinil!!!! Só quem vivem bem aquela época dos anos 80 e 90 sabe o que foi bom e que ainda é bom!!!! valeu!!!

    • Eu sou dessa época. Era bom? Era, mas hoje é muuuuuito melhor. Abandonei por completo essa ideia de viver no passado e abracei de vez o streaming. Sinto falta da mídia física? Nem um pouco!

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