Por que “Another Brick in the Wall” não é antieducação, segundo Roger Waters

Compositor afirma que composição busca incentivar a rebeldia juvenil; ele define o refrão da música como uma peça de sarcasmo

Apesar de claramente contestador, o refrão de “Another Brick in the Wall”, traduzido abaixo, não é um manifesto contra todo tipo de educação. Quem garante é Roger Waters, o próprio autor da música do Pink Floyd.

“Nós não precisamos de educação
Nós não precisamos de controle de pensamento
Sem sarcasmo velado na sala de aula
Professores deixem as crianças em paz
Hey! Professores! Deixem as crianças em paz!”

A música foi criada como uma composição de três partes. Na primeira, o protagonista Pink começa a construir um muro metafórico ao seu redor após a morte do pai. A segunda se concentra no sistema educacional rigoroso e nos professores abusivos. Na derradeira, o personagem se livra de todos.

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Em 29 de fevereiro de 2016, o vocalista e baixista participou do The Travis Smiley Show no Public Broadcasting Service (PBS) e explicou seu objetivo na criação (com transcrição do Rock Celebrities).

“É um equívoco popular interpretar a música como antieducação. A educação é a coisa mais importante na vida de qualquer pessoa, na minha opinião. É algo em que deveríamos investir muito mais dinheiro. A frase ‘We don’t need no education’ é uma passagem satírica dentro de um contexto de narrativa muito mais amplo. As pessoas simplesmente interpretaram mal, mas as crianças adoraram.

Acho importante que os jovens se rebelem. Não há nada pior do que uma geração de jovens que aceitam o status quo sem questionar. O que eu tento encorajar é que eles pensem sobre as coisas e abordem o que está acontecendo na sociedade em que vivem, tentem descobrir como podem melhorar as coisas para seus futuros filhos para que possamos progredir como sociedade.”

Pink Floyd e “The Wall”

Um dos álbuns conceituais mais conhecidos de todos os tempos, “The Wall” foi lançado em 1979 e conta a história de Pink, personagem criado por Roger Waters. Ele é baseado em seus traumas, medos e lembranças, além também contar com traços da personalidade do seu antigo colega de banda, Syd Barrett.

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Foi o último disco da banda como um quarteto. O tecladista Richard Wright acabou sendo demitido e recontratado como músico assalariado posteriormente.

A turnê contou com a execução do disco na íntegra, além de uma representação dramatizada da história. Posteriormente, também viraria filme.

“The Wall” chegou ao primeiro lugar na Billboard 200 e vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo até hoje.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. A música tem o poder de influênciar, emocionar e até mesmo educar as pessoas!!!! Pink Floyd é um show de cultura e letras cativantes, acredito que tudo tem o seu jeito de ser interpretado de forma diferente e dessas formas diferentes é que surgem questionamentos sobre determinado assunto!!!! Para ser um grande músico também é exigido disciplina, treino e muita leitura…acima de tudo vc tem que gostar do que está fazendo!!!! Vendo as músicas de Pink, com certeza existiu muita dedicação, controle e aprendizado para criarem músicas e letras com respectivo assunto e tema!!!! Se vc cria, imagina, pensa…logo vc está estudando para algo e sempre se questionando sobre ter ou não ter a possibilidade de isso ser aquilo ou não!!!! Valeu!!!!

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