Ira lança seu novo álbum autointitulado, o primeiro em 13 anos, ouça e leia resenha

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O Ira! lançou, nesta sexta-feira (5), seu 12° álbum de estúdio. O trabalho, autointitulado ‘Ira’, chega a público com distribuição da Ditto Music.

‘Ira’ é o primeiro álbum do Ira! em mais de uma década. O mais recente até então, ‘Invisível DJ’, havia chegado a público em março de 2007.

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O grupo encerrou atividades naquele mesmo ano, voltando apenas em 2014, reeditando a parceria entre o vocalista Nasi e o guitarrista Edgard Scandurra junto dos novos integrantes Evaristo Pádua (bateria) e Johnny Boy (baixo e teclados).

– Lançamentos: os álbuns de rock e metal de 2020

Ouça ‘Ira’ a seguir, via Spotify ou YouTube (playlist):

Resenha: Ira ‘respira’ em seu necessário novo álbum

Não dá para negar que o trabalho de bandas como Ira! e outras do rock brasileiro que tinham algo a dizer soa um pouco mais necessário no momento atual. Em tempos de incertezas e intolerâncias, é de uma raivosa precisão ouvir músicas como ‘O amor também faz errar’, ‘Mulheres à frente da tropa’, ‘O homem cordial morreu’ e ‘Respostas’, só para citar algumas que são bem compostas e vão além do esperado.

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Claro, nem todas as letras ou músicas trazem proposta reflexiva. ‘Você me toca’, por exemplo, traz versos e arranjos tipicamente rock and roll, sem grandes inovações. Porém, o simples fato de adotar essa fórmula também soa como uma declaração de intenções.

Também chama atenção os trabalhos do baixista e (antes, apenas) tecladista Johnny Boy e do baterista Evaristo Pádua, que conseguiram dar coesão à voz de Nasi (já bem desgastada, mas soando bem por aqui) e, especialmente, às guitarras e majoritárias composições de Edgard Scandurra. O álbum é um trabalho de Nasi e Scandurra, com destaque ao segundo, que merecia maior reconhecimento como um dos grandes músicos do segmento. Ainda assim, não daria para obter esse resultado sem bons coadjuvantes.

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‘Ira’ é um daqueles álbuns que o rock do Brasil precisava para ter algum gás em 2020. Mostra que dá para soar renovado sem demandar grandes alterações estéticas. Entre os destaques, cito a bela ‘Mulheres à frente da tropa’, com vocais de Edgard Scandurra e coro feminino; a sórdida e quase bluesy ‘Respostas’; e, curiosamente, as duas faixas que concluem a tracklist: ‘O homem cordial morreu’, com seus arranjos de corda sensacionais, e a quase experimental ‘A torre’. Vale o play.

O álbum está representado na minha playlist de lançamentos, atualizada semanalmente. Siga e dê o play:

Veja, abaixo, a capa e a tracklist de ‘Ira’:

1. O amor também faz errar
2. A nossa amizade
3. Respostas
4. Mulheres à frente da tropa
5. Você me toca
6. Efeito dominó (com Virginie)
7. Chuto pedras e assobio
8. Eu desconfio de mim
9. O homem cordial morreu
10. A torre

* Foto da matéria: Carina Zaratin / divulgação

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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