Tracii Guns relembra Ole Beich e Rob Gardner, membros esquecidos do Guns N’ Roses

O guitarrista Tracii Guns, um dos líderes do L.A. Guns e membro das primeira encarnação do Guns N’ Roses em 1985, falou sobre o período em entrevista ao Ultimate Guitar. O músico comentou, em especial, a respeito de dois integrantes que raramente são abordados quando se fala da história do grupo: o baixista Ole Beich (falecido em 1991) e o baterista Rob Gardner.

O músico comentou que Ole Beich veio da Dinamarca para Los Angeles, Estados Unidos, em 1982. “Ele tocou com o Mercyful Fate e acho que em material solo do King Diamond. Eu o conheci por um amigo em comum. Ele queria fazer parte do L.A. Guns porque éramos uma banda mais pesada na época. Axl cantava conosco e Rob Gardner estava conosco, o conheci na escola e começamos a banda juntos em 1983”, afirmou.

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Quando o L.A. Guns mudou de nome para Guns N’ Roses, a formação já contava com o guitarrista Izzy Stradlin, além de Axl, Tracii, Ole e Rob. “Acho que Ole foi o primeiro a sair. Ele queria tocar metal, enquanto nós estávamos tocando um rock pesado com influência do blues, com um pouco de glam rock. Ele não queria fazer isso, mas nunca achou o que procurava. Quando saí do Guns N’ Roses e formei o L.A. Guns, as duas bandas estavam indo bem”, disse.

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O sucesso das duas bandas que integrou evidenciou os problemas pessoais de Ole Beich, que começou a lutar contra a depressão. “Ele morreu afogado na Dinamarca no início dos anos 90. Eu amava aquele cara. Ele era muito sério, tinha um grande senso de humor, me ajudou com muitas coisas. Era uns 10 anos mais velho que eu”, afirmou.

Com relação a Rob Gardner, Tracii Guns disse que ele era um “ótimo baterista”. “Porém, sua namorada lhe deu um ultimato quando ele estava no Guns N’ Roses: era a banda ou ela. Então, não rolou”, comentou.

‘Appetite For Destruction’

Tracii Guns também deixou o Guns N’ Roses e retomou o L.A. Guns, que, embora tenha feito sucesso na década de 1980, nunca chegou ao patamar do grupo liderado por Axl Rose. O músico relembrou qual foi a sua primeira reação ao ouvir o álbum “Appetite For Destruction” (1987), de seus ex-colegas.

“Estávamos gravando o primeiro álbum do L.A. Guns e alguém da Geffen nos trouxe uma fita do ‘Appetite For Destruction’. Fui a uma sala separada, ouvi e pirei. Amei aquilo. Era como um novo Aerosmith com mais ‘bolas’. […] Chamei os caras da banda para darem uma pausa e ouvirem o material. Eles não curtiram, porque foi algo como ‘você só liga porque era sua banda’. Eu disse que não, que era ótimo, e eles não deram a mínima até que o álbum explodiu. Não é apenas um disco ótimo: ele é devastador. É incrível. Eu o ouço até hoje”, disse.

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Tracii Guns disse, ainda, que sair do Guns N’ Roses soou uma boa ideia para ele na época. “Slash tocava com o Hollywood Rose na mesma época do L.A. Guns. Eles já estavam firmes e Slash era fã do Guns N’ Roses. Ele fez nossa logo e um flyer para nós. Fez sentido para mim. Ele trouxe um contraste maior em comparação a Axl. Já eu era muito parecido com Axl. A imagem dele também era forte, de um alien vindo salvar a Terra, sabe?”, pontuou.

Outro ponto curioso da entrevista é que Tracii Guns considera ter demorado mais tempo para ficar “pronto” enquanto músico. “Quando eu estava na banda, ainda tinha forte influência de Randy Rhoads e estava tentando descobrir como incorporar aquilo ao som. E Slash já tocava daquele mesmo jeito de sempre, como um ótimo guitarrista de blues rock com peso. Era o que a banda precisava. Acho que a banda não seria o que é hoje se eu tivesse ficado”, disse.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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