Quando Pata, do X Japan, reuniu grandes nomes do hard rock americano

O guitarrista Pata entrou para o X, posteriormente conhecido como X Japan, em 1987, um ano antes do lançamento do primeiro disco do grupo, “Vanishing Vision”. Em cinco anos, a banda se tornou uma das maiores do Japão, com a aposta em uma sonoridade que mescla speed metal a pitadas orquestradas visual kei – uma espécie de resposta ao glam ocidental.

Em 1993, o X Japan lançou “Art Of Life”, mas pouco o promoveu, visto que os membros já estavam dedicados, desde 1992, a projetos solo. Um dos trabalhos mais curiosos foi, justamente, o de Pata, que parece ser o músico mais ligado ao rock ocidental entre todos os seus colegas.

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Em sua primeira empreitada solo, Pata montou, praticamente, uma banda de hard rock com influência do blues. Dois discos foram lançados: “Pata”, em 1993, e “Raised On Rock”, em 1995. E para tornar isto realidade, reuniu músicos de currículo pesado (e ocidentais) para o projeto.

Para seu primeiro disco, Pata contou com James Christian (House Of Lords) nos vocais, Tommy Aldridge (Whitesnake, Ozzy Osbourne, House Of Lords e outros) na bateria e colaborações pontuais de músicos como Mike Porcaro e Simon Philips (Toto), Tim Bogert (Cactus, Vanilla Fudge), entre outros.

O músico chegou a fazer uma pequena turnê para divulgar seu primeiro álbum. Levou consigo James Christian e Tommy Aldridge, entre outros músicos, para datas em casas de shows no Japão.

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No posterior “Raised On Rock”, de 1995, Pata fez quase uma franquia oriental do House Of Lords: além de James Christian nos vocais, contou com Chuck Wright (também ex-Quiet Riot) no baixo e Ken Mary na bateria, além de Daisuke Hinata nos teclados. A formação é mais enxugada, visto que não houve tantas participações especiais.

Em ambos os discos, Pata aposta, como dito anteriormente, em um hard rock de influência bluesy, mas que também soava moderno e concatenado com a sonoridade praticada por grandes bandas americanas. Gosto mais do primeiro álbum, de 1993, apesar do segundo ser mais sóbrio em sua produção.

Ambos os trabalhos alternam entre faixas instrumentais e canções com a voz de James Christian, que é um grande cantor. Nas músicas onde a guitarra de Pata é o destaque, a veia bluesy emerge. Quando Christian está no “comando”, a pegada é mais hard rock.

O X Japan continuou pouco movimentado até o fim de 1995, quando Pata já havia lançado seus dois discos solo. O grupo retornou para divulgar “Dahlia”, já em 1996, e encerrou suas atividades em 1997.

Após o fim do X Japan, Pata seguiu a investir em outros grupos, como o P.A.F., o Ra:IN e o Dope HEADz, mas, na minha opinião, nenhum chega aos pés de sua dupla de álbuns solo, que nunca mais foi revisitada. O X retomou atividades em 2007 e, desde então, não parou mais.

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Pata – “Pata” (1993)

Faixas:

01. 6 Hours To Minute
02. East Bound
03. 5 O’ Clock
04. All The Way
05. So Far
06. Road Of Love
07. Little Iron Waltz
08. Story Of A Young Man
09. Psychedelic Jam
10. Positively Unsure
11. Strato Demon

Músicos:

Pata – guitarra, violão
James Christian – vocal nas faixas 4, 6, 8 e 9
Tim Bogert – baixo em 2, 4, 9 e 11
Gerald Johnson – baixo nas faixas 3, 5 e 6
Mike Porcaro – baixo nas faixas 10
Tommy Aldridge – bateria nas faixas 3, 4, 5, 6 e 9
Simon Phillips – bateria nas faixas 2, 10 e 11
Daisuke Hinata – teclados nas faixas 1, 2, 5, 6, 8, 10, 11
Rafael Padilla – percussão nas faixas 5, 8 e 10
Mike Finegen – órgão Hammond nas faixas 2

Ouça:

Pata – “Raised On Rock” (1995)


Faixas:

01. Raised On Rock
02. Weirdo
03. You’re My Everything
04. Silence Before The Storm
05. World Gone Insane
06. Tea For One
07. Fly Away
08. Blues For My Baby
09. Remind You

Músicos:

Pata – guitarra, violão
James Christian – vocal nas faixas 1, 3, 5 e 8
Chuck Wright – baixo
Ken Mary – bateria
Daisuke Hinata – teclados

Ouça:

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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