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Festival gratuito em Cordeirópolis terá Roland Grapow, Garotos Podres, Cólera e mais

Foto: André Tedim

Acontece entre os dias 13 e 14 de julho em Cordeirópolis, cidade no interior de São Paulo a 160 km da capital, o Motor Rock Fest. Além de bandas brasileiras como Garotos Podres, Cólera e Mercenárias, o evento com entrada gratuita contará com uma atração internacional: o guitarrista Roland Grapow, famoso pelos trabalhos com Helloween e Masterplan, que tem outras datas agendadas para o Brasil.

Acompanhado de João Luiz (Golpe de Estado) nos vocais, Affonso Júnior (Revenge) na outra guitarra, Fabio Carito no baixo e do baterista Marcus Dotta (ambos integrantes do Metalium e ex-membros da banda de Warrel Dane), Grapow toca no primeiro dia, 13 de julho, um sábado. Dividirá o palco com Dynasty (cover de Kiss), Tributo a Raul Seixas, LPK7, Dies Killers e Forget Everything.

A segunda data do festival é orientada ao punk, ainda que não exclusivamente. Garotos Podres, Mercenárias, Cólera, DZK, Alabama (tributo Lynyrd Skynyrd), It’s Dead (tributo Ramones), Audição Studio Guitar, Dois de Casa, United Rock e Texas Boys são as atrações.

O Motor Rock Fest tem ainda encontro de carros antigos, gaiolas, expo tattoo, aula de power combat, trilha de motos, feira do produtor, exposições, além do evento de anime/cultura geek “Motor Geek Fest” no Salão Social. O evento será beneficente em prol da entidade Ação Social e Educativa da Paróquia de Santo Antonio (Acesac) e da ONG Patas Sujas, a partir da arrecadação de leite + venda de doces e cachorro quente.

Confira abaixo a programação completa.

Sábado, dia 13 de julho, a partir das 14h30 (som eletrônico e praça de alimentação):

  • Forget Everyting
  • Dies Killers
  • LPK7
  • Tributo a Raul Seixas
  • Roland Grapow
  • Kiss Cover – Dynasty

Domingo, dia 14, com início às 9h:

  • Texas Boys
  • Dois de Casa
  • United Rock
  • Alabama
  • Audição Studio Guitar
  • It’s Dead (Ramones Cover)
  • DZK
  • Cólera
  • Mercenárias
  • Garotos Podres

Outras atrações disponíveis:

  • Exposição de Carros Antigos (sábado e domingo)
  • Exposição de Jeep e Gaiolas (sábado e domingo)
  • Expo Tattoo Salão Cordeiro Clube (Tattoo Rock Fest)
  • Aulão aberto de Power Combat c/ Professora Tina Carini
  • Cervejeiros Running (Trajeto / Trilha de corrida)
  • Contain Bike (Trajeto / Trilha – rolê de Bike)
  • Off Road (Trilha de motos)
  • Presença e participação de Moto Clubes
  • Mississipi (MC = Moto Clubes)
  • Praça de alimentação – Feira do Produtor
  • Estúdio Guitar (Escola de música Cadú Bocatto)
  • Expositores e Feira Temática
  • Exposição da Revolução de 32
  • Espaço Kids

Roland Grapow no Brasil

O show no Sesc Catanduva marca o início da turnê de Roland Grapow pelo Brasil. O guitarrista alemão, nascido em Hamburgo, iniciou a carreira na banda Rampage, ainda na década de 1970. Com o grupo, gravou os álbuns “Victim of Rock” (1980) e “Love Lights Up the Night” (1982), até sair em 1983.

Nos anos seguintes, permaneceu inativo na música e trabalhava como mecânico automotivo quando o também guitarrista Michael Weikath lhe convidou para entrar no Helloween, substituindo Kai Hansen. Permaneceu no grupo entre 1989 e 2000, durante um período marcado pela saída do vocalista Michael Kiske e a chegada de Andi Deris.

Roland gravou com o Helloween os álbuns de estúdio “Pink Bubbles Go Ape” (1991), “Chameleon” (1993), “Master of the Rings” (1994), “The Time of the Oath” (1996), “Better Than Raw” (1998) e “The Dark Ride” (2000). Também tocou no disco ao vivo “High Live” (1996) e no trabalho de covers “Metal Jukebox” (1999).

Paralelamente, desenvolveu uma carreira solo que rendeu dois álbuns: “The Four Seasons of Life” (1997) e “Kaleidoscope” (1999). Com sua saída do Helloween, montou com o baterista Uli Kusch, também fora do grupo, um projeto próprio: o Masterplan. Embora não tenha sido encerrada, a banda não lança um novo trabalho completo de inéditas desde “Novum Initium” (2013). Este ano, saiu o single “Rise Again”, que pode ser conferido aqui.

Grapow também tem carreira como produtor. Exerceu a função em trabalhos do Lords of Black, Anthology, X-Core, Daedalus, entre outros.

Com um setlist que promete focar em músicas do Helloween e do Masterplan, o artista tem as seguintes datas confirmadas no Brasil:

  • 11/07 – Catanduva (Sesc)
  • 13/07 – Cordeirópolis (Motor Rock)
  • 14/07 – São Bernardo do Campo (Rock Club)
  • 19/07 – Itaí (Itaí Rock Fest)
  • 20/07 – São Paulo (Manifesto Bar)
  • 21/07 – Franco da Rocha (Festival Franco do Rock – com Golpe de Estado)

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A bizarra forma como Gilby Clarke soube que estava fora do Guns N’ Roses

Gilby Clarke entrou para o Guns N’ Roses em 1991, no lugar de Izzy Stradlin. Durante sua passagem pela banda, o guitarrista integrou a turnê “Use Your Illusion” e também participou da gravação do álbum de covers “The Spaghetti Incident?” (1993).

Poucos anos depois, em 1994, o músico saiu do grupo. No fim das contas, ele acabou desligado de uma maneira bizarra.

Como relembrou para a Guitar World, tudo começou quando compôs algumas músicas e as ofereceu para os colegas, já desgastados pela rotina. À época, o vocalista Axl Rose negou o material, que virou o primeiro álbum solo do instrumentista, “Pawnshop Guitars” (1994).

Enquanto terminava as gravações do projeto, o clima passou a mudar. Certo dia, o guitarrista Slash ligou para Gilby, dizendo que ele estava fora da banda por causa de Axl, mas não demorou para que o telefonasse novamente e explicasse que a decisão não passava de um mal-entendido. 

“Quando eu estava encerrando o disco, Slash me ligou e disse: ‘ei, Axl mudou os planos. Ele quer ir em uma direção diferente, não quer soar com as primeiras músicas e não quer mais você na banda. Pensei, ‘ok, o que eu fiz?’. Uma semana depois, Slash liga de volta, dizendo: ‘esqueça tudo isso, está tudo bem, não se preocupe, conversei com Axl’.”

Contudo, o músico parou de receber o pagamento e logo ligou os pontos: não integrava mais o Guns. Em suas palavras, simplesmente não houve uma demissão ou um comunicado formal:

“Depois, os meus cheques pararam de chegar. Pensei ‘ah, tudo bem, acho que estou fora da banda’. Então eu nunca fui demitido do Guns, meus cheques simplesmente pararam de chegar, e foi muito estranho. Eu não sei… Axl só queria ir em uma direção diferente, e foi isso.”

Ao podcast Cathouse Hollywood (via Ultimate Guitar), em 2019, Gilby forneceu outros detalhes, como o desgaste da banda antes mesmo de sua saída ser cogitada:

“Quando a turnê acabou, a banda acabou. Foi minha conclusão honesta. Duff, fisicamente, estava terrível. Seu alcoolismo era terrível. Não acho que ele tinha muito tempo restante. Axl e Slash não se encaravam olho no olho. Axl via a banda de um jeito e Slash, de outro. Não era algo como eu tentando estar no meio: estava ‘fraturado’, sabe?. Daí, Slash marcou uma reunião comigo e me disse: ‘Axl não te quer mais na banda, não sei o motivo, de verdade, então apenas lide com isso – não digo que será permanente, mas é isso’. Axl também não curtia o material de Slash, mas Axl não estava tirando Slash da banda por isso. Basicamente, eles não me demitiram, só pararam de me pagar.”

Sobre Gilby Clarke

Nascido em Columbus, Ohio, Estados Unidos, Gilbert J. Clarke gravou com bandas como Candy, Kill For Thrills e The Loveless no início da carreira. O grande momento nos holofotes ocorreu quando substituiu Izzy Stradlin no Guns N’ Roses. Fez a turnê dos álbuns “Use Your Illusion” (1991) e participou do disco de covers “The Spaghetti Incident?” (1993).

Lançou uma série de discos solo. O mais bem-sucedido foi “Pawnshop Guitars” (1994), de quando ainda fazia parte do coletivo de Axl Rose e companhia. Já o mais recente, “The Gospel Truth”, saiu em 2021.

Na primeira década do século participou do supergrupo Rockstar Supernova, que também contava com o baixista Jason Newsted (ex-Metallica) e o baterista Tommy Lee (Mötley Crüe). O projeto lançou apenas um trabalho de estúdio.

Gravou e excursionou com nomes como Slash’s Snakepit, MC5, Nancy Sinatra e Heart. Ainda produziu L.A. Guns e Vains Of Jenna, entre outros.

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Rob Halford revela como era trabalhar em sex shop quando entrou para o Judas Priest

Foto: Jeff Marques

Antes da fama, Rob Halford chegou a trabalhar em um sex shop para se sustentar. O período acabou o ajudando em termos de inspiração, já que a temática influenciou o visual de couro adotado pelo Judas Priest após os primeiros anos de carreira – e que se tornariam sinônimo de vestuário heavy metal para todas as gerações posteriores.

Em entrevista de 2020 à revista Kerrang!, o Metal God recordou o período. Sem qualquer sinal de constrangimento ao abordar o assunto, deu até um panorama dos produtos que vendia em um período da história onde entrar em uma loja do tipo era um tabu ainda maior que atualmente.

Ele disse, conforme resgate do Ultimate Guitar:

“Vendia consolos, anéis penianos, revistas para o pessoal se masturbar, esse tipo de coisa. E também trabalhei no Grand Theatre em Wolverhampton, que era… Eu ia dizer mais respeitável, mas acho que ambos são bem respeitáveis. Você tem que se virar.”

Rob também faz questão de garantir que o local não era frequentado apenas por figuras excêntricas.

“Havia uma clientela interessante que ia com frequência até lá, de todos os ambientes sociais. A verdade é que todo mundo precisa desse tipo de diversão.”

Muito trabalho para Rob Halford

Ao contrário do que o leitor possa imaginar, Halford garante que a rotina era puxada como o de qualquer trabalhador, sem diversões fora dos padrões. Especialmente quando era preciso conciliar com a carreira musical.

“Às vezes tocávamos, chegávamos em casa de madrugada e às quatro da manhã tinha que levantar para ir trabalhar. Mas era necessário, especialmente quando você acredita no que está fazendo e precisa pagar as contas.”

O modus operandi seguiu por anos, até que a banda se tornasse a única fonte de renda.

“Levou cerca de 10 anos e centenas de shows por ano, mas nos tornou o que somos. E ainda é uma luta. Não estou nem um pouco amargurado, mas por trás de hotéis, aviões particulares e tudo mais, ainda é um trabalho duro. Nós nunca relaxamos, sempre estivemos na estrada ou no estúdio por quase 50 anos, mesmo durante meu êxodo nos anos 90.”

Judas Priest e “Invincible Shield”

Atualmente, o Judas Priest segue em turnê divulgando seu álbum mais recente, “Invincible Shield” (2024). O grupo excursiona pela Europa junto de Uriah Heep e Saxon. A seguir, será a vez da América do Norte. O ano se encerra com alguns shows no Japão, em dezembro.

O 19º disco de estúdio da banda alcançou o Top 20 em 26 paradas internacionais. Destaque para os 1ºs lugares obtidos na Alemanha, Áustria, Croácia, Suécia, Suíça, Escócia e Finlândia, além do 2º no Reino Unido.

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Entrevista: Mike Muir fala sobre Suicidal Tendencies no Brasil, Jay Weinberg e mais

Foto: @melhummel

No título e refrão de uma das músicas mais conhecidas do Suicidal Tendencies, Mike Muir já avisava: “you can’t bring me down”. Você não pode derrubá-lo. Não pode nem mesmo pará-lo: o vocalista, ícone do crossover thrash e também líder do Infectious Grooves, simplesmente concedeu uma entrevista de quase 25 minutos a este site sem parar de andar. Enquanto respondia às perguntas em uma videochamada, deu várias voltas no que parecia ser um quarto de hotel. Não se sentou em momento algum.

A personalidade “imparável” de Muir ajuda a explicar, também, a decisão de agendar uma turnê de seu grupo principal pelo Brasil em meio a compromissos na Europa e Estados Unidos, no que seria uma semana de folga. Atualmente excursionando por festivais no velho continente, o Suicidal viajará diretamente de lá para uma série de cinco apresentações em nosso país: Rio de Janeiro (12/07, Sacadura 154), São Paulo (13/07, Esquenta Rockfun Fest, gratuito, mas com retirada de ingressos esgotada), Curitiba (14/07, Tork n’ Roll), Florianópolis (16/07, John Bull) e Belo Horizonte (17/07, Mister Rock). Antes, no dia 11, o cantor ainda participará da gravação do novo DVD do Planet Hemp na capital paulista.

Mike, porém, garante ser um prazer. Afinal de contas, ele já esteve por aqui outras nove vezes só com o Suicidal, com direito a shows gratuitos com o Infectious Grooves e sua banda principal no intervalo de um mês, entre novembro e dezembro de 2019. Fora visitas estendidas que deixavam até pessoas próximas um pouco confusas.

“Antes da pandemia, fui ao Brasil umas 4 ou 5 vezes a ponto de ficar uns 3 meses. Fiz grandes amigos. A covid atrapalhou vários planos para 2020, mas quanto mais eu estava aí, mais as pessoas perguntavam: ‘O que Mike está fazendo aqui? Ele está em turnê com o Suicidal? Por que está aqui?’ [Risos]. Perguntavam por que eu estava sempre aí. ‘Ele arrumou uma namorada brasileira?’ [Risos]. Quando a resposta era negativa, sempre diziam: ‘Esse é o primeiro cara que fica vindo para o Brasil sem ser por causa de mulher’ [Risos]. Conheci pessoas incríveis aí. Há muitas semelhanças com relação ao skate, ao surf, à música, essa cultura.”

O frontman garantiu não ter um repertório definido para as apresentações — até porque há mudanças entre os shows, como tem sido feito pela Europa. Há, porém, a expectativa de que sejam tocadas várias músicas do álbum homônimo de estreia, lançado em 1983 e celebrado com uma turnê especial ano passado. Ainda de acordo com Mike, os demais integrantes — Dean Pleasants (guitarra), Tye Trujillo (baixo) e Jay Weinberg (bateria), não contando com Ben Weinman (guitarra) somente nesta tour nacional — têm buscado aprender novas músicas nos quartos de hotel por onde passam.

“Nós Somos Família”

A visita conta ainda com um atrativo adicional: uma música gravada com a participação de vários brasileiros, não apenas artistas, como também atletas e outras personalidades. “Nós Somos Família”, releitura em português de “We Are Family” (original do álbum “Freedumb”, 1999) traz vocais gravados por João Gordo, Fernanda Lira (Crypta), Badauí (CPM22), BNegão (Planet Hemp), Rodrigo Lima (Dead Fish), Supla, Mayara Puertas (Torture Squad), os campeões mundiais de skate Sandro Dias e Pedro Barros, além dos guitarristas Marcão Britto e Thiago Castanho (Charlie Brown Jr), entre outros músicos da cena alternativa nacional. Sobre a faixa, a ser disponibilizada em breve, Muir comenta:

“Sempre conversamos sobre fazer uma música com pessoas do Brasil. Colocamos Jay no estúdio, gravamos e falamos com algumas pessoas. Colocamos essa galera toda no estúdio e gravamos. Foi ótimo ver todo mundo fazendo isso por meio do FaceTime. Todos estavam empolgados e foram muito gentis. Anos atrás, seria muito difícil de se fazer, pois teria as gravadoras, precisaria assinar contratos. Agora dá para fazer. Só foi difícil encaixar os horários para colocar todos no estúdio ao mesmo tempo. Mas isso me deixa ainda mais grato. Ter essas pessoas participando de uma música sua é algo que eu nunca teria sonhado quando tudo começou.”

Chama atenção o fato já destacado de a letra ser em português. Isso significa que Mike não compreende uma palavra sequer do que está sendo cantado — a não ser, claro, algumas expressões em inglês que foram mantidas da letra original. Para ele, contudo, não é problema.

“Não entendo português, mas quando ouço a música, é como se desse para perceber o tipo de individualidade de cada pessoa. Há diferenças, mas tudo funciona junto. Às vezes quando ouço projetos desse tipo com pessoas diferentes, não parece certo, não encaixa, mas essa música soa incrível para mim. Muito emocionante e enérgico.”

Tye Trujillo e Jay Weinberg

Nos próximos shows, os fãs brasileiros terão a oportunidade de conferir, pela primeira vez, Tye Trujillo e Jay Weinberg em ação com o Suicidal Tendencies. O baixista, membro desde 2021, ocupa a vaga que foi de seu pai, Robert Trujillo (Metallica), entre 1989 e 1995. Também tocou com o Korn, durante a ausência de Fieldy. O baterista, integrado neste ano após também ter se apresentado com o Infectious Grooves, se notabilizou pelo trabalho com o Slipknot de 2014 a 2023.

Hoje com 19 anos, Tye fez sua estreia com o Suicidal aos 17, mas realizou jams e participações ainda antes disso. Provando mais uma vez que ninguém pode derrubá-lo — neste caso, literalmente —, Mike Muir relembra com bom humor a apresentação inaugural, no festival americano Blue Ridge Rock, em Danville.

“Robert estava lá todo nervoso, era o roadie nervoso. O cara toca para 60 mil, 70 mil pessoas e estava preocupado com o filho, tipo: ‘Tye, você entendeu isso? Tye, seu baixo está conectado?’. [Risos] Logo no começo, eu estava correndo pelo palco e Tye, que estava no praticado da bateria, resolveu sair e pular justamente no momento em que eu estava passando. Sou grande demais para frear tão rápido, então acabei o derrubando. Logo pensei: alguém vai me colocar na prisão por 10 ano! [Risos] Robert e sua esposa, Chloe, estavam logo ali. Não sabia nem o que fazer: se eu levantava Tye, se pedia desculpas para os pais… mas Tye só se levantou e continuou tocando. Normalmente eu não paro, mas depois que vi isso, eu parei por um segundo e pensei: ‘uau, impressionante’. Foi a iniciação ao punk rock à la Suicidal.”

Ter alguém tão jovem em sua banda não é algo novo para Muir. Além de Tye, outros músicos que se juntaram bem cedo ao grupo foram relembrados pelo cantor.

Thundercat tinha 16 anos quando começou a tocar baixo com a gente. Tocamos agora com o Avenged Sevenfold em Portugal e Brooks Wackermann, baterista do Avenged, tinha 14 anos quando começou no Infectious Grooves e 16 no Suicidal. No Hellfest, tocamos com o Foo Fighters e o baterista é Josh Freese, que começou a tocar com a gente quando tinha 17 anos. Tye será um desses músicos que, daqui 20 anos, o mundo será dele. Já é dele, na verdade.”

Já com relação a Jay, Mike disse ter conhecido seu trabalho antes mesmo do Slipknot, pois soube que o baterista havia substituído o próprio pai, Max Weinberg, na E Street Band de Bruce Springsteen em 2009. Porém, a indicação veio de uma pessoa inusitada: o próprio filho de Muir, Tyson.

“Robert sinalizou que teria um período para fazer shows com o Infectious Grooves. Chamamos Brooks, mas ele estava com o Avenged Sevenfold, então tivemos que contratar um baterista. Meu filho, Tyson, é um grande fã de Jay e ficou falando para eu ligar para ele. Na época, ele havia feito uma cirurgia (no quadril e fêmur) e estava voltando a andar, então achei que ele não iria conseguir, fisicamente falando. Mas meu filho falou para ligar e descobrir. Eu nem tinha o número, mas Robert tinha, então mandei uma mensagem para saber como estava. Acabou dando tempo de ele se recuperar.”

O frontman está muito satisfeito com o novo integrante. Em sua opinião, Jay “se encaixa no Suicidal, abraça e entende quem nós somos, de onde viemos e para onde queremos ir”.

“Quando fizemos o primeiro ensaio, foi muito divertido. Acho que foi ótimo para ele também, pois ele conseguiu misturar muitas coisas do que faz. Ele gosta dessa liberdade. Pedimos para ele tocar do jeito dele. Mesmo que tenhamos tocado várias dessas músicas centenas de vezes, vejo filmagens depois e percebo o quão incrível tem ficado. Amo o jeito que ele toca e tenho muita sorte por tê-lo conosco.”

Novo álbum?

Com tantos elogios à formação atual, talvez falte apenas algo para eternizá-la de vez na história do Suicidal Tendencies: um novo álbum. O grupo não disponibiliza um trabalho de inéditas desde “World Gone Mad”, de 2016 — o sucessor, “Still Cyco Punk After All These Years” (2018), traz regravações do disco solo de Mike Muir, “Lost My Brain! (Once Again)” (1996).

Todos querem registrar novo material, exceto o próprio Muir. O motivo? Aos 61 anos de idade, o cantor prefere dedicar seu tempo à família.

“A única ironia de tudo isso não é fazer o disco, mas tudo que é feito depois do disco, todas as entrevistas, esse tipo de coisa. A questão é o tempo. Gosto de estar com minha família. Por outro lado, adoro música. Temos nosso próprio estúdio e literalmente centenas de músicas do Suicidal e de projetos diferentes.”

O vocalista recorreu a uma comparação com a gastronomia para explicar por que não deve sentir-se obrigado a gravar material novo.

“Não gosto de fazer música para ser adorado. Muita gente faz música para ser adorada ou esperando que as pessoas gostem. É como ser um cozinheiro e colocar bastante açúcar ou manteiga, deixando com um sabor doce, para que as pessoas gostem, mas no fim das contas aquilo será ruim para sua saúde. Prefiro ser mais desafiador.”

Por outro lado, há indícios de que o momento certo para gravar material novo esteja chegando. A formação atual, em sua opinião, está com os “motivos certos” para desenvolver um trabalho nesse sentido.

“Ben Weinman toca com a gente há 6 anos e sempre diz que quer gravar um disco com a gente. Ele conta que não se encaixava quando mais novo até descobrir o Suicidal aos 12 anos. Então, ele quer gravar um disco para o filho dele for poder ouvir, quando mais velho, junto dos amigos, descobrindo a banda também. Jay disse algo nesse sentido, lembrando-se de como adorou ouvir Suicidal pela primeira vez. Então, ele quer tocar em um disco que as pessoas ouçam e vejam: ‘esse é o Suicidal’. E temos Tye, que quer fazer seu próprio legado e não estar somente associado ao pai. Todos eles estão com razões certas para se fazer música. Sei que poderíamos fazer um disco do qual eu ficaria muito orgulhoso. E eu provavelmente me arrependeria se não aproveitasse a oportunidade de estar com essas pessoas para tentar fazer um disco.”

Em função disso, a agenda do Suicidal Tendencies está aberta após os shows que sucedem a turnê brasileira — serão poucas datas nos Estados Unidos, Bulgária e Romênia entre este mês e setembro. É intencional, segundo Mike: o cantor quer deixar tudo mais solto para que a banda consiga encontrar o que fazer em seguida, incluindo a possibilidade de um novo disco. Seja qual for o próximo passo, o Suicidal Tendencies não será derrubado.

Serviço – Suicidal Tendencies no Brasil

Rio de Janeiro

  • Data: 12 de Julho de 2024 (sexta-feira)
  • Local: Sacadura 154
  • Endereço: R. Sacadura Cabral, 154 – Saúde, Rio de Janeiro – SP, 20081-262
  • Abertura da Casa: 20h
  • Classificação Etária: 16 anos
  • Ingressos: a partir de R$130,00
  • Compre aqui

São Paulo

  • Data: 13 de Julho de 2024 (sábado)
  • Evento: Esquenta Rockfun Fest 
  • Local: Centro Esportivo Tietê
  • Endereço: Av. Santos Dumont, 843 – Luz, São Paulo – SP, 01101-000
  • Abertura dos Portões: 10h
  • Classificação Etária: 16 anos
  • Ingressos: Esgotados

Curitiba

  • Data: 14 de Julho de 2024 (domingo)
  • Local: Tork n’ Roll
  • Endereço: Av. Mal. Floriano Peixoto, 1695 – Rebouças, Curitiba – PR, 82590-300
  • Abertura da Casa: 18h
  • Classificação Etária: 16 anos
  • Ingressos: a partir de R$140,00
  • Compre aqui

Florianópolis

  • Data: 16 de Julho de 2024 (terça-feira)
  • Local: John Bull Floripa
  • Endereço: Av. das Rendeiras, 1046 – Lagoa da Conceição, Florianópolis – SC, 88062-400
  • Abertura da Casa: 20h
  • Classificação Etária: 18 anos
  • Ingressos: a partir de R$120,00
  • Compre aqui

Belo Horizonte

  • Data: 17 de Julho de 2024 (quarta-feira)
  • Local: Mister Rock
  • Endereço: Av. Teresa Cristina, 295 – Prado, Belo Horizonte – MG, 30410-620
  • Abertura da Casa: 18h
  • Classificação Etária: 16 anos
  • Ingressos: a partir de R$140,00
  • Compre aqui

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Geddy Lee (Rush) revela sua maior missão enquanto baixista em um trio

Foto: Richard Sibbald

Revistas destinadas a instrumentistas e aspirantes sempre acabam destinando boa parte do seu conteúdo a oferecer dicas e instruções. Não apenas dos integrantes das redações, mas especialmente dos músicos que são entrevistados. Sendo assim, em 2020, a Bass Player resolveu compilar uma série de recomendações presentes em suas edições.

O material completo pode ser lido – em inglês, mas nada que o tradutor automático não resolva – clicando aqui. Mas salta aos olhos uma fala de Geddy Lee. O vocalista, baixista e eventual tecladista do Rush ofereceu uma perspectiva interessante de sua função, levando em consideração o fato de tocar em um trio.

Ele disse, conforme resgate da Guitar World:

“A liberdade do trio é que você tem permissão para estar tão ocupado quanto a coisa pode suportar. Obviamente, você tem que usar o bom gosto e a discrição onde e quando você está ocupado. Realmente tem que servir a música da melhor maneira possível. Se serve para a música estar ocupado, tudo bem, mas se serve melhor para a música ser um pouco mais fundamental e orientada para o groove, então você tem que fazer isso.”

Em outra entrevista, de 2023, à Vulture, ele se aprofundou na reflexão.

“Meu trabalho como baixista em um trio era criar de alguma forma um tom que tivesse graves suficientes para ser satisfatório. Supõe-se que um baixista forneça a extremidade inferior – faz você roncar e se mover. Eu tinha que ter certeza de que estava farto disso. Ao mesmo tempo, sou uma espécie de instrumentista desagradável. Eu quero ser ouvido. Não quero ficar satisfeito apenas em fazer cócegas nas pessoas que estão nos escutando. Quero triturar, fazer uma declaração.

Isso levou a muitas experiências. O truque do Rush sempre foi ser capaz de encontrar um som orgulhoso para o baixo que ainda funcionasse com os outros instrumentos e não ocupasse muito os holofotes. Tentamos compartilhar as luzes. Ser agressivo e ficar fora do caminho quando era necessário sempre foi um desafio para mim.”

Geddy Lee, Alex Lifeson e a volta do Rush

Desde a morte do baterista Neil Peart, ocorrida em 2020, Geddy Lee e o guitarrista Alex Lifeson fizeram poucas aparições conjuntas. As mais destacadas foram no evento em celebração aos 25 anos da animação “South Park” e o tributo do Foo Fighters a Taylor Hawkins e o recente show em homenagem a Gordon Lighfoot.

Nos últimos tempos, em várias entrevistas, os dois aventaram a possibilidade de realizar algum trabalho juntos novamente. E a situação começou a se desenrolar na prática recentemente. Em declaração ao Ultimate Classic Rock, Alex confirmou ter feito jams com o amigo. Porém, o resultado não empolgou.

“Decidimos que tocaríamos algumas músicas do Rush. Porque, você sabe, não tocamos essas músicas há 10 anos. Começamos isso há algumas semanas. Nos reunimos um dia por semana na casa dele. Escolhemos um material e começamos a tocar. Acabamos soando como uma banda tributo muito, muito ruim.”

Lifeson confessou que o processo foi difícil por conta do ritmo “enferrujado” após tanto tempo. Some a isso a complexidade do repertório criado pelo trio.

“Fiquei pensando: ‘Por que criamos isso de um jeito tão difícil? Por que é tão complicado de tocar?’ Depois de cerca de três repetições de cada canção, a memória muscular entra em ação e sua mão simplesmente segue o percurso. A propósito, as músicas do Rush são muito difíceis! Nossos dedos estão ficando flexíveis e nossos calos estão se acumulando novamente.”

Em outra entrevista, desta vez à Rolling Stone, o instrumentista descartou a possibilidade de retomar o nome que o consagrou para voltar à estrada. O motivo é óbvio: sem Neil Peart, não há chance de ser a mesma coisa.

“Não há possibilidade de arranjarmos um baterista e voltarmos à estrada como o ‘renascimento do Rush’ ou algo parecido. E se quisermos escrever material novo, ninguém se importa mais. Eles só querem ouvir coisas antigas de caras como nós.”

A reportagem tentou contra-argumentar, dizendo que os fãs do Rush se importariam. Mas nem isso convenceu Lifeson.

“Sim, eles são especiais. Mas talvez a sensação seja que se trata apenas de levar as pessoas de volta a uma época anterior de suas vidas, da qual elas têm lembranças muito boas e vívidas, e eu entendo e isso é ótimo. E então, você faz isso por dinheiro. E não é isso que sempre fizemos ou o que gostaríamos de fazer. Ofertas chegam o tempo todo, mas não sei. Não acho que seja algo em que estejamos realmente interessados.”

Apesar da expectativa do público, Alex Lifeson não garante que voltará à estrada. O músico enfrenta uma série de problemas de saúde, incluindo o avanço da artrite e questões estomacais que o levaram à mesa de cirurgia recentemente.

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Gene Simmons toca música do Van Halen em versão demo durante show

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Durante mais um show de sua banda solo, Gene Simmons realizou um tributo ao Van Halen, banda que ajudou a revelar nos anos 1970. O vocalista e baixista do Kiss resgatou a música “House of Pain”. Embora tenha entrado apenas no sexto álbum do grupo, “1984” (1984), ela havia sido registrada nas demos produzidas pelo músico em 1976.

A versão tocada durante a apresentação da última quarta-feira (3) resgatava a abordagem do período original. O concerto aconteceu durante a inauguração de mais uma unidade do restaurante Rock & Brews, franquia que o artista mantém com seu colega de banda, Paul Stanley. A nova loja é sediada no Potawatomi Casino Hotel, em Milwaukee, Estados Unidos.

Confira um registro amador da execução.

De acordo com o Setlist.fm, o repertório da noite foi o seguinte:

  1. Deuce (Kiss)
  2. Shout It Out Loud (Kiss)
  3. I Love It Loud (Kiss)
  4. Are You Ready
  5. Communication Breakdown (Led Zeppelin)
  6. House Of Pain (Van Halen)
  7. Parasite (Kiss)
  8. Weapons Of Mass Destruction
  9. War Machine (Kiss)
  10. Ace Of Spades (Motörhead)
  11. Calling Dr. Love (Kiss)
  12. Cold Gin (Kiss)
  13. Rock And Roll All Nite (Kiss)

As demos do Van Halen e “House of Pain”

Antes da fama, entre 1974 e 1978, o Van Halen já era uma força a ser reconhecida nos palcos. As gravações daqueles tempos, ainda que amadoras, mostram que a banda estava pronta para o estrelato.

Gene Simmons assistiu a um show do quarteto pela primeira vez em 1976, na boate Starwood, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Na época, o integrante do Kiss estava saindo com Bebe Buell, que depois teria um relacionamento com Steven Tyler, do Aerosmith – juntos, inclusive, Bebe e Steven tiveram como filha a atriz Liv Tyler.

Em entrevista de 2021 à Guitar World, o músico relembrou a impressão que a banda lhe causou, com o óbvio destaque para Eddie Van Halen e David Lee Roth. O músico não estava esperando, já que o grupo era o antepenúltimo da noite, bem distante da posição de “atração principal”.

“Era como uma sinfonia. Olhei e só tinha um cara (Eddie) no palco, fazendo aquele tapping de duas mãos que eu nunca havia visto alguém fazer antes. Eles fizeram o show e eu sabia que tinha que contratá-los. Havia um cara (David Lee Roth) sem camisa pulando e fazendo acrobacias. Eu os levei a Nova York e produzi uma demo deles.”

Em relação a “House of Pain”, Gene não escondeu ter reprovado a versão que entrou em “1984”, considerando aquela em que esteve envolvido como superior.

“Abra o YouTube, pesquise por ‘Gene Simmons Van Halen House of Pain’ e me diga se há algo errado com essa música. Soa como um rolo compressor. Mas eles nunca usaram.”

Chama atenção, ao escutar o registro, que o baixo de Michael Anthony aparece um pouco mais na mix final da demo. Nos álbuns da banda, em geral, o som do instrumento não obtinha tanto destaque.

O próprio Eddie Van Halen não teria ficado feliz com o resultado da demo, já que o grupo não pôde gravar com seu equipamento – tiveram que usar o que estava disponível em estúdio. Talvez seja por isso que o material nunca tenha sido lançado oficialmente, nem como uma coletânea de raridades ou algo do tipo.

A parceria acabaria não durando por conta dos compromissos de Simmons com o Kiss. Sem intenção de atrapalhar o grupo, o Demon os liberou de quaisquer obrigações para procurar uma gravadora e decolar rumo ao sucesso – o que, efetivamente, aconteceu.

Posteriormente, Eddie e Alex ainda contribuiriam com demos do disco “Love Gun” (1977), que serviu como uma despedida não-oficial do momento de maior popularidade do quarteto mascarado original.

Gene Simmons no Brasil em 2024

A estreia da nova etapa da Gene Simmons Band aconteceu no Brasil, durante a edição mais recente do festival Summer Breeze.

Na resenha – que pode ser lida na íntegra clicando aqui –, Igor Miranda ressaltou:

“Por mais marqueteiro que seja, Gene sequer parece estar preocupado com o futuro. Obviamente, houve o cuidado de montar um bom espetáculo, com músicos competentes e um repertório que, mesmo sem as tão solicitadas canções lado B do Kiss, teve sentido na maior parte do tempo. Fora isso, o músico de 74 anos só quer curtir um pouco de seu legado fazendo o que fez a vida toda.”

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Quando MTV lançou competição cujo prêmio era apartamento de Axl Rose

A MTV costumava fazer algumas promoções bastante peculiares em seus dias de glória – e muito dinheiro. Em uma delas, realizada no ano de 1991, um espectador sortudo ganharia um prêmio que parece quase inacreditável nos dias atuais: o apartamento onde Axl Rose morava à época, localizado em Los Angeles, Estados Unidos.

A residência fazia parte de um condomínio na Curson Avenue, situada por perto de onde acontecia toda a ação da Sunset Strip, sede oficial do hard rock oitentista. Lá, o vocalista do Guns N’ Roses havia sido preso em 1990 e acusado de agressão com arma letal após supostamente bater na cabeça de uma vizinha com uma garrafa de vinho vazia.

À época, segundo a Classic Rock, o cantor chegou a dizer ao MTV News que morava “ao lado de uma psicopata”. A situação inspirou a música “Right Next Door to Hell”, faixa de abertura do álbum “Use Your Illusion I” (1991).

Com esse cenário, surgiu a ideia do canal e do rockstar. Intitulada “Evict Axl” (“Despeje Axl” em português), a promoção oferecia a moradia a alguém que seria contemplado em sorteio. Um vídeo foi feito com o frontman mostrando alguns detalhes e trazendo o endereço para o qual cartas deveriam ser enviadas.

Confira o registro no player abaixo. Dada a figura reservada e quase mística que Axl se tornou posteriormente, chega a ser bizarro vê-lo tão eloquente e acessível às câmeras. Ele diz, conforme transcrição da Classic Rock:

“Esta bela propriedade da Sunset Strip tem tudo o que um roqueiro poderia querer. Um bar. Uma churrasqueira. E uma piscina a uma curta distância. Nunca dormiram na cama. Não estou dizendo que não foi usada — apenas que não dormiram!”

Quem ficou com o apartamento de Axl Rose

Mais de 400 mil cartas foram recebidas. A vencedora foi Erika Alden, uma estudante de 21 anos da Universidade de Akron, em Ohio. A ideia era que ela viajasse até Los Angeles, em setembro de 1991, para pegar as chaves do próprio Axl durante uma festa oficial de despejo.

São escassas as evidências de que a transferência realmente tenha ocorrido. É possível encontrar algumas pessoas online com o nome da contemplada. Porém, não há nenhuma indicação de que se trate da figura em questão.

Atualmente, Rose é um sujeito extremamente recluso, do tipo que jamais se envolveria em uma ação do gênero novamente. Inclusive, quanto menos bisbilhoteiros souberem de sua moradia, melhor para ele.

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O conselho sobre solos que Eddie Van Halen deu para o filho Wolfgang

Foto: Travis Shinn

Wolfgang Van Halen traçou seu próprio caminho na música. O filho de Eddie Van Halen, que integrou o Van Halen como baixista em 2006, vem liderando o projeto Mammoth WVH nos últimos anos. Na banda, ele assume vocais e todos os instrumentos — incluindo a guitarra, com a qual seu saudoso pai fez história.

Até hoje, o artista leva em consideração um importante conselho recebido de Eddie. Conversando com a Music Radar, o músico opinou que, diante do ensinamento familiar, é muito mais interessante criar um solo melodicamente memorável do que um extremamente rápido.

Ele declarou: 

“Acho que toco guitarra mais como produtor e como baterista do que como guitarrista. O ritmo é sempre a primeira coisa para mim e a melodia é a segunda. Tocar um solo com uma única nota pode ser muito mais impressionante do que um solo com várias notas. Não é sobre a velocidade com que você toca. Uma coisa realmente essencial para mim que meu pai sempre me ensinou é que um solo deve ser melodicamente memorável.”

Para exemplificar a questão, Wolfgang mencionou Aaron Marshall. O guitarrista descrito como o seu favorito faz parte do Intervals, banda responsável pela abertura dos shows do Mammoth WVH na América do Norte neste ano, como mencionado:

“Um bom exemplo é Aaron Marshall, do Intervals. Sempre vou falar o quanto amo esse guitarrista. Nós excursionamos com eles nos últimos tempos e ele é um ótimo exemplo do que meu pai e eu amamos em solos. Ele é muito melódico, é basicamente um cantor como guitarrista. Mas tem aqueles momentos em que ele faz shreds realmente impressionantes.”

Sobre Wolfgang Van Halen

Nascido em Santa Monica, Califórnia, Wolfgang William Van Halen é filho do guitarrista Eddie Van Halen e da atriz Valerie Bertinelli. Seu nome é uma homenagem ao compositor clássico Wolfgang Amadeus Mozart.

Autodidata, domina todos os instrumentos convencionais de uma banda de Rock desde a adolescência, como comprovou ao gravar sozinho o primeiro álbum do Mammoth WVH. Lançado em 11 de junho de 2021, o play chegou ao 12º lugar na Billboard 200, principal parada americana.

Em 2006 assumiu o baixo do Van Halen, posição que sustentou até o final da banda. Gravou o álbum “A Different Kind of Truth”, além do ao vivo “Tokyo Dome Live In Concert”.

Em 2012 se tornou o baixista do Tremonti, projeto do guitarrista Mark Tremonti (Alter Bridge, Creed). Registrou os discos “Cauterize” (2015) e “Dust” (2016).

Participou de “God Bless the Renegades”, trabalho solo do guitarrista Clint Lowery (Sevendust), registrando bateria e algumas passagens de baixo.

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Como o machismo fez Polly Samson evitar envolvimento com o Pink Floyd

David Gilmour iniciou um namoro com a escritora Polly Samson em 1992. Dois anos mais tarde, em 1994, o eterno guitarrista do Pink Floyd casou-se com a companheira, com quem tem quatro filhos e permanece até hoje. Desde o começo, o relacionamento envolveu uma parceria profissional. 

Polly, por exemplo, coassinou algumas músicas de The Divison Bell, álbum lançado pelo Pink Floyd em 1994. Segundo a própria em entrevista à Uncut, sua colaboração veio por incentivo do marido quando passaram a morar juntos.

Ela contou:

“A questão é que [o relacionamento] envolve a relação de David com as palavras. E se estende para sua primeira tentativa de me fazer compor letras para suas músicas. Tínhamos acabado de começar a morar juntos. Eu era uma mãe solteira que tinha acabado de contrair mononucleose [conhecida como doença do beijo], então David teve que cuidar de mim.”

À época, como a esposa estava doente, o músico trabalhava nas mixagens do disco e então voltava para casa para fazê-la companhia. Durante o período, trocavam ideias, e ela, mesmo com febre e acamada, dava sugestões:

“Ele murmuraria alguma música e eu diria: ‘bem, tem uma maneira melhor de cantar essa parte, seria melhor desse jeito aqui’. Ele anotava e então cantava para mim, até que eu dissesse: ‘não acho que isso funcione, você provavelmente deveria acrescentar aquela rima ali em vez de apenas uma palavra com três sílabas’. E foi assim.”

Receio com machismo

Porém, havia um certo receio por parte de Polly Samson quanto a colaborar com o Pink Floyd. Devido ao machismo presente na indústria da música, a escritora acreditava que não seria levada a sério, como também sofreria julgamentos. Por isso, em suas palavras, não queria receber os créditos pelas composições:

“É uma indústria dominada pelos homens. As mulheres têm sido vistas como ‘menininhas’ e ‘bobinhas’ e não como colaboradoras. Quando comecei a compor para David, eu só queria ser paga, mas não queria meu nome nos créditos, porque já conseguia sentir a misoginia antes mesmo que acontecesse. Implorei para que não me creditasse.”

Mesmo assim, os créditos vieram. Os dois continuaram compondo juntos. Polly é citada como coautora nos álbuns solo “On an Island” (2006) e “Rattle That Lock” (2015), como também na faixa “Louder than Words”, presente no disco final do Pink Floyd, “The Endless River” (2014).

Polly Samson e David Gilmour

Entre 1975 e 1990, David Gilmour foi casado com outra mulher: a artista Virginia “Ginger” Hasenbein. Juntos, também tiveram quatro filhos.

Em contrapartida, no passado, Polly Samson viveu um relacionamento com o poeta e dramaturgo Heathcote Williams, de quem ficou grávida do filho Charlie. No entanto, o guitarrista do Pink Floyd assumiu a paternidade da criança.

Pink Floyd e “The Division Bell”

“The Division Bell” foi lançado em 28 de março de 1994. O título é uma referência aos sinos do parlamento do Reino Unido, que são tocados quando é o momento de uma votação. As letras lidam com o conceito da comunicação enquanto mecanismo para resolver diferenças.

Vendeu mais de 7 milhões de cópias em todo o mundo, tendo chegado ao topo de diversas paradas, incluindo Estados Unidos e Inglaterra. No Brasil, ganhou disco de platina.

As esculturas da capa, desenvolvidas pelo artista Storm Thorgerson, estão atualmente na sede do Rock and Roll Hall of Fame, em Cleveland, Estados Unidos.

A turnê foi vista por mais de 5 milhões de espectadores e rendeu o álbum/vídeo P.U.L.S.E. (1995), que trouxe a execução de “The Dark Side Of The Moon” (1973) na íntegra.

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Planet Hemp gravará DVD de show em SP com Mike Muir, Pitty, Mercenárias e mais

Foto: Rodrigo Braga

O Planet Hemp anunciou a gravação de um DVD em São Paulo. Comemorando os 30 anos de carreira, a banda subirá ao palco do Espaço Unimed, no dia 11 de julho (quinta-feira), em uma apresentação que ganhará um registro profissional.

Uma série de convidados especiais cantarão com os músicos — incluindo um nome internacional. Mike Muir, vocalista do Suicidal Tendencies que estará no país com a turnê “Nós Somos Família”, está entre as participações divulgadas. 

Em vídeo nas redes sociais, BNegão declarou a respeito:

“Primeiro hardcore que eu ouvi na vida foi o Suicidal. Para mim, o Mike Muir é um cara diferente, canta de um jeito só dele. A banda é sensacional, tinha o primeiro guitarrista preto que eu vi na época. O DNA do Planet tem muito do rap, do punk e do skate e o Suicidal nos marcou muito. Poder cantar junto com o cara vai ser f#da.”

Além do americano, Pitty, Black Alien, BaianaSystem, Zegon (Tropkillaz), Seu Jorge, Emicida, Rodrigo Lima (Dead Fish), Major RD e As Mercenárias marcarão presença. Inicialmente vendidos pela Ticket360, os ingressos encontram-se esgotados. 

Para a performance, intitulada “Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça”, o Planet Hemp promete ainda outras surpresas. Segundo comunicado, será um “show totalmente inédito” e “imersivo”, com cenário inspirado nos Jardins Suspensos da Babilónia, além de exibição de registros históricos em áudio e vídeo. 

Planet Hemp e Suicidal Tendencies 

A colaboração entre o Planet Hemp e o Suicidal Tendencies não ficará restrita ao show. A banda internacional convocou uma série de artistas brasileiros para a gravação de um single – entre eles, BNegão. A música, que também contará com Fernanda Lira (Crypta), Fernando Badauí (CPM 22), Supla, João Gordo (Ratos de Porão) e mais, deve chegar às plataformas digitais nesta quinta-feira (4). 

Neste mês, o Suicidal Tendencies vem ao Brasil pela décima vez em sua carreira. Com a turnê exclusiva “Nós Somos Família”, a banda realizará quatro shows no país.

Devido às enchentes que castigam há dias o Rio Grande do Sul, a apresentação prevista anteriormente para Porto Alegre precisou ser cancelada, com Florianópolis ocupando a data. O itinerário ficou o seguinte:

  • 12/07: Rio de Janeiro (RJ) – Sacadura 154 – com D.F.C., Eskröta e atração a confirmar;
  • 13/07: São Paulo (SP) – Centro Esportivo Tietê – Esquenta Rockfun Fest (festival gratuito), com Oitão, Korzus, Rockfun Legends, Inocentes e Cali;
  • 14/07: Curitiba (PR) – Tork n’ Roll – com Bayside Kings, Eskröta e atração a confirmar;
  • 16/07: Florianópolis (SC) – John Bull;
  • 17/07: Belo Horizonte (MG) – Mister Rock – com Black Pantera.

Ingressos à venda no site Showpass, exceção feita a São Paulo, onde os bilhetes gratuitos foram esgotados.

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