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Glenn Hughes vai se aposentar mesmo? Guitarrista responde

Søren Andersen, que acompanha o artista em shows, comentou fato de passagem da turnê "The Chosen Years" pelo Brasil ter sido divulgada como uma despedida

Quando novas apresentações de Glenn Hughes no Brasil foram anunciadas em fevereiro, o público ficou surpreso com um detalhe em específico. As produtoras locais divulgaram a agenda no país marcada para novembro como parte de uma turnê de despedida do músico — algo que ele próprio ainda não havia confirmado publicamente.

Nas redes, Hughes compartilhou flyers em português que diziam “turnê de despedida”. Todavia, não fez qualquer declaração a respeito de ser sua excursão derradeira.

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Durante o show no festival Bangers Open Air, realizado no último dia 2 de maio, o artista de 73 anos revelou que aquela noite marcava o fim do longo giro em que revisitava sua fase no Deep Purple, entre 1973 e 1976 — abrindo espaço para explorar outros momentos da carreira nos próximos compromissos. Novamente, porém, não comentou sobre a suposta saideira.

O assunto chegou a Søren Andersen, guitarrista dinamarquês que acompanha Glenn em suas performances solo. Quando perguntado a respeito em recente conversa com o jornalista Marcelo Vieira, o músico adiantou que o novo giro, chamado de “The Chosen Years”, pode ser, de certa forma, considerado uma despedida dos palcos.

Segundo o artista, o motivo é a idade avançada do patrão. De qualquer forma, é possível que a excursão ainda ganhe outras etapas e dure anos, como explicou: 

“Pode-se dizer que sim [é uma turnê de despedida]. O Glenn completa 74 anos este ano. E acho que essa é a primeira etapa de uma turnê de despedida que pode se estender por anos — quem sabe? Mas entendo que ele precisa cuidar de si mesmo. A voz dele está em plena forma, mas o corpo já tem 74 anos. Então, acho que essa é a forma que ele encontrou de nos dizer que talvez não teremos muitas outras turnês. Dizer que é o ‘capítulo um da turnê de despedida’ me parece bem apropriado.”

Søren Andersen (Foto: André Tedim)

Em sua opinião, Glenn nunca vai parar de fazer música — apenas não sustentará o ritmo intenso da estrada por muito mais tempo. É por isso que diz compreender a despedida: 

“Acho que ele nunca vai se aposentar de verdade. Glenn vai fazer música enquanto tiver forças. Mas uma coisa é fazer dois ou três shows; outra é encarar uma turnê de três meses — como será agora entre setembro e novembro. Isso é muita estrada. E eu entendo completamente. São hotéis, ônibus, voos, trens; tudo isso pesa.”

Glenn Hughes no Brasil

Neste ano, Glenn Hughes foi uma das atrações do primeiro dia do Bangers Open Air, festival que aconteceu no Memorial da América Latina, São Paulo, em 2, 3 e 4 de maio. Outras cinco apresentações, solo, estão confirmadas em datas e locais listados a seguir:

  • 11/11: Porto Alegre (Opinião) – ingressos na Sympla
  • 13/11: Belo Horizonte (Mister Rock) – ingressos na DDTickets
  • 14/11: Rio de Janeiro (Circo Voador) – ingressos na Eventim
  • 16/11: São Paulo (VIP Station) – ingressos na DDTickets
  • 18/11: Curitiba (Tork ‘n’ Roll) – ingressos na Bilheto

Os compromissos fazem parte da turnê “The Chosen Years”, que, segundo as empresas locais, será a excursão derradeira do músico inglês de 73 anos. Como mencionado, ele, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente a respeito de uma aposentadoria dos palcos ou mesmo das longas viagens.

Sobre o músico

Nascido em Staffordshire, Inglaterra, Hughes começou a se destacar no início dos anos 1970, como integrante do Trapeze.

A seguir, foi convidado a participar do Deep Purple, registrando os clássicos álbuns “Burn” (1974), “Stormbringer” (1974) e “Come Taste the Band” (1975) – este último com o guitarrista Tommy Bolin no lugar de Ritchie Blackmore. Logo a seguir, a banda encerrou atividades, voltando apenas na década seguinte com a formação posterior.

Nos anos 1980, participou de projeto como o Phenomena, além de parcerias com nomes como Gary Moore e Pat Thrall. Ainda integrou por um breve período o Black Sabbath, gravando o álbum “Seventh Star” (1986) e realizando os primeiro shows da turnê de divulgação.

Após uma série de problemas com drogas, ressurgiu na metade da década seguinte, passando a ser mais consistente com a frequência de lançamentos. Integrou ainda os supergrupos Black Country Communion e The Dead Daisies.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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